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A parceria do INPI é absolutamente fundamental para a estratégia da REPICT. Procuramos sempre articular as ações, evitando repetições e objetivando sua otimização. Queria destacar também que na tarde da segunda-feira foi realizada uma Oficina de Trabalho com os responsáveis pelas atividades de propriedade intelectual e comercialização de tecnologia das entidades brasileiras. Na verdade, esta foi uma oportunidade histórica, pois pela primeira vez a maior parte dos representantes daquele conjunto de instituições mencionadas reuniu-se para discutir os principais entraves com os quais se defrontam e as possíveis soluções vislumbradas. Este espaço contou com cerca de 50 representantes de universidades, centros de pesquisa, agências de fomento e órgãos do governo. Diversos entraves e algumas possíveis soluções foram mencionados em algumas das palestras já proferidas durante este Encontro. Citarei apenas dois pontos. Um deles refere-se à importância de uma estratégia junto ao Judiciário, junto às procuradorias jurídicas das instituições públicas, para discussão e sensibilização sobre as questões que envolvem a política nacional de ciência, tecnologia e inovação. O segundo ponto, amplamente falado e proposto, referese à formação de um grupo de trabalho que terá como missão estudar o Projeto de Lei de Inovação e estabelecer um conjunto de emendas. Uma das questões identificadas como entrave ao Projeto de Lei foi a sobreposição entre o direito público e o direito privado, que, de fato, impede o Brasil de vender e licenciar tecnologias de propriedade e titularidade de suas instituições públicas para a grande empresa do setor industrial. Como último comentário, tendo em vista que estou aqui também representando a Fiocruz, fiquei muito contente com a palestra de Elza Moreira Marcelino de Castro, do Ministério das Relações Exteriores, sobre a posição brasileira em incluir vacinas no âmbito das negociações da Declaração de Doha. Há um mês foi realizada uma reunião do BNDES em conjunto com diversos Ministérios, e ainda com a participação da Fiocruz, sobre um projeto nacional de inovação em saúde. Sugeri, na ocasião, a estratégia de incluir as vacinas naquele escopo de negociação, tendo em vista a característica deste setor industrial nos últimos tempos, que se assemelha enormemente às características da grande indústria farmacêutica no tratamento da propriedade intelectual. E o grupo que está sendo formado para analisar o Projeto de Lei de Inovação, Secretário Roberto Jaguaribe, poderá atender a sua demanda em facilitar a interlocução com esse conjunto de instituições. Debate Luiz Otávio Beaklini Duas perguntas foram direcionadas a mim. A primeira foi feita por Ricardo Molinari que gostaria de saber sobre o próximo concurso de agentes de propriedade industrial. Ele reclama que o INPI, até o momento, fez um único concurso, e para atuar como agente é necessário ser aprovado nele, a menos que seja um advogado. O primeiro concurso, que se iniciou anos atrás e terminou este ano, já se encerrou. A lista de aprovados já foi publicada. No entanto, já foi determinada a formação de uma comissão, composta por membros do INPI e da Associação Brasileira dos Agentes de Propriedade Industrial (ABAPI), que está finalizando o 188 6º Encontro de Propriedade Intelectual e Comercialização de Tecnologia
edital. A idéia é que dentro dos próximos três a quatro meses, a segunda prova seja realizada. Acredito que, a partir de agora, o INPI terá, pelo menos, um concurso anual para credenciamento de novos agentes. A segunda pergunta foi feita por Margarete Friedrich. Ela gostaria de saber sobre o Curso de Pós-Graduação Lato Sensu de Propriedade Intelectual oferecido pelo CEFET/RJ que, por falta de recursos, está atrasando a próxima turma. Lamentavelmente, o INPI não tem como fornecer recursos para subsidiar nenhum curso no momento. O INPI tem apoiado com recursos indiretos, na forma de pessoal e assistência técnica. Além do mais, a situação de contingenciamento de recursos da União existe para todos os órgãos do País, o que deve estar influenciando diversas instâncias. Maria Estér Dal Poz Gostaria de colocar uma provocação bastante genérica, que provavelmente poderia ser discutida num próximo encontro, e também que seja direcionada à mesa em geral ou para quem melhor julgar respondê-la. É sobre a questão de indicadores de ciência e tecnologia, que parece ter saído da moda no Brasil, mas não nos países da OCDE. Estes indicadores, principalmente em países que não podem ser perdulários, porque não têm recursos financeiros em abundância para ciência, tecnologia e inovação, são os principais instrumentos de tomada de decisão, de formulação e implementação de pesquisas. Isso porque o foco está no setor de pesquisa de produção de conhecimento, que é altamente dinâmico. As demandas por pesquisa e inovação são constantemente variáveis e flexíveis. A demanda por patenteamento, por apropriação das inovações, também é muito dinâmica, fluida, portanto a tomada de decisão é uma jornada de fôlego a ser atacada. Por esses motivos não se deve esquecer que a questão dos indicadores de ciência e tecnologia no Brasil, talvez, seja um grande tema para que se alcance eficientes padrões de apropriação, tanto setoriais quanto institucionais, para que se consiga algum retorno positivo, real, sistêmico, em termos federais. Isso não exclui a possibilidade de cada instituição também construir seus próprios indicadores, o que é absolutamente necessário, mas que seja realizado um planejamento realmente estratégico. Gostaria, portanto, de saber como está essa idéia de indicadores de ciência, tecnologia e inovação no âmbito da OCDE e do Mercosul. Vale destacar que a RECyT, Reunião Especializada de Ciência e Tecnologia do Mercosul, que tem como objetivo promover o desenvolvimento científico e tecnológico dos países membros do Mercosul, já elaborou um trabalho sobre indicadores que pretende adaptar à responsabilização institucional e governamental no âmbito da América do Sul. Enfim, é um tema que parece ser paralelo, mas é, na verdade, o centro da tomada de decisão política, que é o tema central da mesa de hoje. Lourença Francisca da Silva Em primeiro lugar, gostaria de dizer ao Luiz Otávio Beaklini sobre o porquê do avanço da Coréia. O Brasil até tomou o bonde antes, mas ele tomou um trem parador, e a Coréia foi de carona no trem bala do Japão. Logo, não temos como alcançar. A via da Coréia foi expressa, a nossa sempre parou de programas em programas de desenvolvimento. 6º Encontro de Propriedade Intelectual e Comercialização de Tecnologia 189
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A parceria do INPI é absolutamente fundamental para a estratégia da<br />
REPICT. Procuramos sempre articular as ações, evitando repetições e objetivando<br />
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Queria destacar também que na tarde da segunda-feira foi realizada uma<br />
Oficina de Trabalho com os responsáveis pelas atividades de propriedade intelectual<br />
e comercialização de tecnologia das entidades brasileiras. Na verdade,<br />
esta foi uma oportunidade histórica, pois pela primeira vez a maior parte dos<br />
representantes daquele conjunto de instituições mencionadas reuniu-se para<br />
discutir os principais entraves com os quais se defrontam e as possíveis soluções<br />
vislumbradas. Este espaço contou com cerca de 50 representantes de universidades,<br />
centros de pesquisa, agências de fomento e órgãos do governo.<br />
Diversos entraves e algumas possíveis soluções foram mencionados em<br />
algumas das palestras já proferidas durante este Encontro. Citarei apenas dois<br />
pontos. Um deles refere-se à importância de uma estratégia junto ao Judiciário,<br />
junto às procuradorias jurídicas das instituições públicas, para discussão e<br />
sensibilização sobre as questões que envolvem a política nacional de ciência,<br />
tecnologia e inovação. O segundo ponto, amplamente falado e proposto, referese<br />
à formação de um grupo de trabalho que terá como missão estudar o Projeto<br />
de Lei de Inovação e estabelecer um conjunto de emendas. Uma das questões<br />
identificadas como entrave ao Projeto de Lei foi a sobreposição entre o direito<br />
público e o direito privado, que, de fato, impede o Brasil de vender e licenciar<br />
tecnologias de propriedade e titularidade de suas instituições públicas para a<br />
grande empresa do setor industrial.<br />
Como último comentário, tendo em vista que estou aqui também representando<br />
a Fiocruz, fiquei muito contente com a palestra de Elza Moreira Marcelino de<br />
Castro, do Ministério das Relações Exteriores, sobre a posição brasileira em incluir<br />
vacinas no âmbito das negociações da Declaração de Doha. Há um mês foi realizada<br />
uma reunião do BNDES em conjunto com diversos Ministérios, e ainda com a<br />
participação da Fiocruz, sobre um projeto nacional de inovação em saúde. Sugeri,<br />
na ocasião, a estratégia de incluir as vacinas naquele escopo de negociação, tendo<br />
em vista a característica deste setor industrial nos últimos tempos, que se assemelha<br />
enormemente às características da grande indústria farmacêutica no tratamento<br />
da propriedade intelectual. E o grupo que está sendo formado para analisar o<br />
Projeto de Lei de Inovação, Secretário Roberto Jaguaribe, poderá atender a sua<br />
demanda em facilitar a interlocução com esse conjunto de instituições.<br />
Debate<br />
Luiz Otávio Beaklini<br />
Duas perguntas foram direcionadas a mim.<br />
A primeira foi feita por Ricardo Molinari que gostaria de saber sobre o<br />
próximo concurso de agentes de propriedade industrial. Ele reclama que o INPI,<br />
até o momento, fez um único concurso, e para atuar como agente é necessário ser<br />
aprovado nele, a menos que seja um advogado.<br />
O primeiro concurso, que se iniciou anos atrás e terminou este ano, já se<br />
encerrou. A lista de aprovados já foi publicada. No entanto, já foi determinada a<br />
formação de uma comissão, composta por membros do INPI e da Associação<br />
Brasileira dos Agentes de Propriedade Industrial (ABAPI), que está finalizando o<br />
188 6º Encontro de Propriedade Intelectual e Comercialização de Tecnologia