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miolo_mercocidades.cópia p65 - Redetec

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se precisa para suprir as necessidades atuais. O orçamento está hoje na ordem<br />

de US$ 26 milhões para custeio e investimento, de um total de cerca de R$ 82<br />

milhões. Para que o INPI funcione efetivamente, contamos com total apoio do<br />

MDIC, Ministério ao qual o órgão está vinculado. E como já foi dito aqui pelo<br />

Secretário Roberto Jaguaribe, sinto-me muito feliz, como representante do INPI,<br />

pelo apoio que está sendo dado por parte do governo e pela boa vontade de<br />

muitos setores envolvidos.<br />

Para os próximos quatro anos, o INPI está trabalhando com um acréscimo<br />

de cerca de 400 a 600 servidores, cuja maioria será destinada ao exame de<br />

patentes e marcas. O número real só poderá ser determinado mais adiante. Ao<br />

serem incorporados, serão analisados seu comportamento e o acréscimo no número<br />

de pedidos recebidos. Se há dez anos, o INPI recebia muito menos que a<br />

metade do que atualmente, proporcionalmente o número de examinadores é<br />

muito inferior, como já foi inclusive colocado por nosso Ministro de Estado Luiz<br />

Fernando Furlan.<br />

Com relação ao quadro comparativo entre a Coréia e o Brasil, já vastamente<br />

divulgado, pode-se tirar algumas importantes conclusões. Em 1980, os dois países<br />

tinham comportamentos bastante similares com relação às suas economias.<br />

Cada um obtinha cerca de 30 depósitos de patentes nos Estados Unidos. Nos<br />

dias de hoje a situação é incrivelmente diferente. O Brasil aumentou o número de<br />

depósitos de 30 para 113, enquanto que a Coréia, no mesmo período, passou<br />

dos mesmos 30 para 3.500 depósitos. Isso mostra uma série de questões, mas há<br />

uma fundamental, sobre a visão da importância da inovação na economia coreana<br />

e na economia brasileira: Durante 20 anos, a Coréia desenvolveu uma política de<br />

exportação. Seu produto precisava ser aceito pelo exigente consumidor americano.<br />

Isso obrigou cada empresa a procurar um produto cada vez melhor, mais<br />

barato, mais competitivo e mais adequado àquele consumidor. Enquanto isso, o<br />

Brasil, por ter um mercado muito maior e, também, por ter as fronteiras cerradas à<br />

importação, não via necessidade de desenvolver um produto melhor. É claro que<br />

o que estou falando é um dos pontos da complexa economia brasileira. Havia<br />

uma hiperinflação, inúmeros problemas conjunturais, mas um dos fatores é que o<br />

industrial coreano precisou desembolsar recursos financeiros para pesquisar um<br />

produto melhor, caso contrário ele não teria ao mercado externo. Já o industrial<br />

brasileiro não precisou e nem teve como fazer isso. A ausência de necessidade,<br />

devido à concorrência externa de outros setores, somada ao problema da<br />

hiperinflação, pode-se simplificar dizendo que a política de desenvolvimento industrial<br />

não levava ao aumento da tecnologia embutida no produto.<br />

O atual cenário brasileiro é totalmente diferente daquele de alguns anos<br />

atrás. É preciso agregar valor à economia. Já foi mencionado pelo Secretário Roberto<br />

Jaguaribe que a transferência de direitos de propriedade intelectual dos países<br />

pobres para os países que concentram tecnologia está na ordem de US$ 42 bilhões<br />

ao ano. Isso nos mostra que a importância do valor da tecnologia, do conhecimento<br />

agregado no mercado mundial, só tende a crescer, o que significa que não<br />

há outra opção para um país, como o Brasil, em voltar a ter sua economia baseada<br />

em produtos primários. Ou o Brasil faz bem seu dever de casa, como o feito pela<br />

Coréia, e acrescenta, de forma absolutamente efetiva, valor agregado ao seu produto,<br />

ou o País só tem a perder. Não vou ser o primeiro aqui a dizer o quão é<br />

primordial agregar tecnologia ao produto nacional para aumentar as exportações,<br />

diminuir as importações e, com isso, gerar mais atividade econômica no país, mais<br />

6º Encontro de Propriedade Intelectual e Comercialização de Tecnologia 183

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