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miolo_mercocidades.cópia p65 - Redetec

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Voltando à posição da FINEP para a questão da propriedade intelectual,<br />

particularmente acho que, muito embora, ao longo dos anos, a FINEP tenha criado<br />

alguns mecanismos sobre o tema, ela ainda está muito longe de responder à<br />

sociedade com a propriedade que é necessária para uma instituição de financiamento<br />

à pesquisa, ao desenvolvimento e à inovação. Em termos de convênios<br />

que a FINEP celebra com diversas entidades, existe um capítulo que versa sobre<br />

confidencialidade, titularidade e participação na criação intelectual. É um capítulo<br />

até bastante intenso, com diversos itens, mas nunca foi implementado, mesmo<br />

porque contém alguns problemas conceituais que devem ser melhor discutidos.<br />

Eu não quero incorrer em propriedades, até porque estou aqui substituindo o<br />

presidente da FINEP, Sergio Machado Rezende, e esse assunto ainda não foi<br />

discutido oficialmente, mas em particular acho que uma instituição financiadora<br />

de projetos não tem de se reservar direitos sobre a propriedade do processo que<br />

foi produzido. No entanto, há uma cláusula que determina o repasse de, no mínimo,<br />

1/3 das receitas decorrentes da comercialização da licença de uso da criação<br />

intelectual para terceiros, o que acho não estar de acordo. Há uma série de questões<br />

desse âmbito que devem ser trabalhadas. Existem determinadas pessoas<br />

dentro da FINEP que são estudiosas e gostam do assunto, e outras que passaram<br />

por cargos e encargos na área de propriedade intelectual e têm um interesse<br />

particular. Estou juntando todo esse pessoal da FINEP, formando um grupo de<br />

estudo sobre a situação, dentro da consciência de que uma instituição como esta<br />

precisa ter uma inserção importante no sistema de inovação nacional e, sobretudo,<br />

desempenhe um papel fundamental em promover a utilização do sistema da<br />

propriedade intelectual como uma ferramenta importante no desenvolvimento<br />

científico e tecnológico do País.<br />

A FINEP possui várias linhas de atuação, como a promoção do Prêmio<br />

FINEP de Inovação Tecnológica. Caso tenham interesse, estão disponíveis alguns<br />

folders sobre o Prêmio na mesa da secretaria do evento. Vocês podem<br />

verificar que na categoria produtos e processos, quando se fala da relevância da<br />

inovação e do desenvolvimento tecnológico, um dos critérios é o estágio da proteção<br />

da tecnologia para a concessão de direitos de propriedade intelectual.<br />

Estas são ações que a FINEP tem de abraçar para consolidar-se como agente do<br />

sistema de inovação nacional, para que a cultura da propriedade intelectual perpasse<br />

todas as instituições brasileiras.<br />

Sou otimista ao dizer que o Brasil já avançou bastante. Fui reitor da Universidade<br />

Federal de Santa Maria (UFSM) de 1993 a 1997, e naquele tempo não se<br />

falava sobre propriedade intelectual, não porque a universidade era no sul do<br />

País, mas por essa questão não ser preponderante. No entanto, hoje existe uma<br />

rede em que as universidades brasileiras estão envolvidas. Tive grande satisfação<br />

de ver no programa que hoje à tarde a professora Nádia Schneider da UFSM<br />

apresentará suas experiências iniciais de propriedade intelectual.<br />

Gostaria de sair um pouco do tema e apresentar a FINEP e alguns de seus<br />

marcos importantes.<br />

A FINEP foi criada em 1967, em substituição ao Fundo de Financiamento<br />

de Estudos, Projetos e Programas, e a primeira presidência foi exercida por José<br />

Pelúcio Ferreira. Em 1969, foi criado o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico<br />

e Tecnológico (FNDCT), do qual a FINEP passou a exercer a função de<br />

Secretaria Executiva. De 1971 a 1990, a Financiadora foi responsável pela implantação<br />

de uma infra-estrutura de C&T no País. Diversas instituições de grande<br />

6º Encontro de Propriedade Intelectual e Comercialização de Tecnologia 179

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