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miolo_mercocidades.cópia p65 - Redetec

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de políticas públicas que permitam gerar um ambiente saudável capaz de resultar<br />

numa modificação desse quadro. É um claro desafio e, da minha parte, encontro,por<br />

enquanto, somente um culpado: este Secretário. Não tenho que buscar outros<br />

culpados e nem atribuir culpas. É muito fácil compreender como o Brasil chegou<br />

a esta situação. O passado nos serve como referência, a visão tem de ser voltada<br />

para o futuro e os pés têm de estar no presente com ações definitivas. Percebi que<br />

o Secretário Roberto Jaguaribe, do MDIC, falou de maneira bastante clara durante<br />

sua palestra. Conheço sua ação, por isso tenho certeza de que ele falou do<br />

ponto de vista do setor produtivo, da relevância da transferência de tecnologia<br />

para o desenvolvimento industrial. Já o MCT deve ter, necessariamente, um ponto<br />

de vista diferente. Enquanto o governo, integrado que é, visa aos mesmos objetivos,<br />

o ponto de partida de cada ator é necessariamente distinto, senão haveria<br />

uma redundância e uma sobreposição. A idéia é, olhando desse ponto de vista<br />

distinto, compreender exatamente a imprescindibilidade da Lei de Inovação Tecnológica<br />

no Brasil. O país não pode mais viver sem a Lei de Inovação, projeto este<br />

que está tramitando no Congresso Nacional. A lei deve ser de verdade, não é o<br />

governo dizer que fez se passar 10 anos sem resultados. É preciso ser audacioso<br />

em fazer propostas que são modificadoras de um arcabouço legal do Estado, que<br />

limita desde a mobilidade acadêmica até a transferência de recursos públicos<br />

diretamente para o setor produtivo.<br />

As experiências são múltiplas, conhecemos a legislação francesa, toda hora<br />

citada. Gostaria de fazer aqui um parêntesis rapidamente. Françoise Férat é a responsável<br />

no governo francês pela condução da discussão da nova Lei de Inovação.<br />

Parece que o governo está completamente insatisfeito com a Lei de Inovação e<br />

Pesquisa, de 1999, que inclusive é uma referência no projeto do Senador Roberto<br />

Freire, no governo brasileiro passado. Françoise está exatamente nesse momento<br />

conduzindo os debates, e ela me deixou um rico exemplo, aquilo que já venho<br />

dizendo, não é possível ter uma lei covarde, frágil, que trata de uma porção de temas<br />

importantes, mas que não resolve o problema e não desata os nós. Espero não estar<br />

sendo grosseiro, mas é assim que vejo o projeto de lei que está no Congresso<br />

Nacional. É por isso que estamos tratando do tema com base em uma metodologia<br />

bastante concisa, sabendo da pressa que o país tem para ter uma Lei de Inovação em<br />

vigor. O MCT já convidou um conjunto bastante representativo de entidades e instituições<br />

no mês de maio passado, recebeu uma série de sugestões em junho, e está, no<br />

âmbito da Secretaria de Política de Informática e Tecnologia, com grupos de trabalho<br />

profissionais, dedicados fortemente a vencer os desafios, a identificar soluções criativas<br />

e formas de desatar os nós. Repito, então, que essas soluções estão sendo<br />

buscadas, desde a mobilidade acadêmica, passando pela possibilidade de transferência<br />

de tecnologia efetiva à formulação de diretrizes para a lei de compras governamentais,<br />

que está sendo gerida pelo Ministério do Planejamento, de maneira que a<br />

FINEP tenha condições de ser ainda mais útil. Todos os países, aos quais gostamos<br />

tanto de nos referir, utilizam compras governamentais como um instrumento propulsor<br />

definitivo do desenvolvimento tecnológico. E por que o Brasil tem que usar esse<br />

mesmo instrumento para comprar desses países? Por que podemos comprar o Sivan<br />

e não podemos comprar um outro software ou encomendar o desenvolvimento de<br />

um software no Brasil? A questão está claramente posta, e é até possível identificar os<br />

“porquês não”. Mas agora é a hora dos “porquês sim”, hora de enfrentar corajosamente<br />

esse debate e gerar soluções criativas que preparem a base de um novo quadro de<br />

geração de tecnologia, de transferência de tecnologia e de geração da inovação no<br />

seio do setor produtivo. O MCT imagina que, por volta do final de agosto, já se tenha<br />

6º Encontro de Propriedade Intelectual e Comercialização de Tecnologia 175

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