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miolo_mercocidades.cópia p65 - Redetec

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Marli Elizabeth Ritter dos Santos<br />

É uma satisfação estar aqui, vendo tantas pessoas participando desta<br />

discussão sobre propriedade intelectual. Tratarei do primeiro tema, levando em<br />

consideração um pouco da experiência do escritório (EITT) da UFRGS, acumulada<br />

ao longo de seis anos.<br />

O tema que apresentarei diz respeito aos entraves relacionados às políticas<br />

institucionais de propriedade intelectual: do discurso à prática.<br />

Quais os pontos envolvidos na política institucional de propriedade intelectual?<br />

Este tema está vinculado a uma contraposição: a missão tradicional das<br />

universidades e instituições de pesquisa versus a necessidade de inserção de<br />

novas funções em sua rotina diária.<br />

Os principais pontos envolvidos são:<br />

Em primeiro, a questão dos direitos de propriedade intelectual. A experiência<br />

brasileira mostra que isso é muito recente. A maioria dos resultados de pesquisas<br />

desenvolvidas através de projetos de parceria entre instituições e empresas<br />

privadas era de propriedade intelectual da empresa. Esta relação está começando<br />

a mudar no cenário das instituições de ensino e pesquisa. É uma questão nova<br />

que deve ser inserida no âmbito da política institucional.<br />

A segunda questão refere-se à introdução de uma nova dinâmica no tratamento<br />

da pesquisa universitária, na qual se insere a da busca de informação<br />

tecnológica em bases de patentes. Os pesquisadores universitários, de um modo<br />

geral, quando estabeleciam seus projetos de pesquisa, buscavam suas referências<br />

bibliográficas em periódicos e livros, e dificilmente consultavam bases de<br />

patentes. Na maioria dos casos ainda acontece dessa forma. Portanto, é fundamental<br />

que esta questão também seja tratada na política institucional.<br />

Um outro elemento, também novo – e diria que este, sim, desencadeou o<br />

maior interesse das universidades, no sentido de estabelecerem suas políticas –<br />

é o compartilhamento dos ganhos econômicos com os pesquisadores. Sem dúvida,<br />

no momento em que foi firmado o Decreto n.º 2.553, de 1998, as universidades<br />

sentiram necessidade de se organizarem internamente para, efetivamente,<br />

fazerem uso daquela prerrogativa concedida.<br />

O sigilo e os acordos de confidencialidade também constituem questões<br />

recentes, particularmente nas instituições públicas, onde o conhecimento é público.<br />

Falar em sigilo e confidencialidade é algo que precisa ser bem delimitado na<br />

política institucional.<br />

Em decorrência da intensificação da propriedade intelectual, o<br />

licenciamento de tecnologias e patentes tornou-se um desafio. Exatamente por<br />

introduzir uma nova função na universidade, que é a possibilidade de comercializar<br />

os resultados de pesquisa. Isto também precisa ser contemplado na política institucional,<br />

levando-se em consideração a necessidade da construção de um equilíbrio<br />

que represente o consenso dentro da instituição.<br />

Entre os desafios envolvidos no contexto da propriedade intelectual, o estabelecimento<br />

de regras institucionais sobre publicação e o patenteamento são prérequisitos<br />

para que outros entraves também possam ser resolvidos. Todos nós sabemos<br />

que este é um dilema do dia a dia. A primazia da publicação sobre o<br />

patenteamento ocorre, principalmente, porque os sistemas adotados pelas agênci-<br />

1 6 6º Encontro de Propriedade Intelectual e Comercialização de Tecnologia

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