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miolo_mercocidades.cópia p65 - Redetec

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negócio. Vocês saíram, buscaram a universidade, buscaram financiamentos públicos<br />

para pesquisa e depois vocês voltaram para a própria empresa. Como você<br />

explica essa simbiose com a empresa?<br />

Marcelo de Almeida Socorro<br />

Não sei se fui bastante claro. O que ocorreu, na verdade, foi um negócio<br />

complementar da empresa. Não era um core business da empresa. Se fosse uma<br />

empresa fabricante de pneus, ela não montaria um carro todo para fabricar pneus.<br />

Mas se a empresa fosse investir naquilo, ela teria que criar uma área de desenvolvimento<br />

e sairia do seu foco. De repente, aquele nicho se tornou uma oportunidade.<br />

Saímos da empresa e depois voltamos com essa parceria. No entanto, vale<br />

ressaltar que a parceria que fizemos com essa empresa não tem exclusividade e<br />

também está sendo firmada com outras. O que poderia ter acontecido era a empresa<br />

ter apostado em outros inovadores, mas nós nos antecipamos, porque<br />

percebemos que aquele era um negócio, uma tecnologia que conhecíamos. Essa<br />

empresa fomentou o negócio através de um spin off.<br />

Sobre a questão de royalties, diria que são desenvolvimentos diferentes. O<br />

que foi desenvolvido pela empresa é dela. Ela possui o direito de exploração. E o<br />

que foi desenvolvimento na Globaltrac é nosso. Isso está muito claro nas bases<br />

contratuais e, portanto, não existem royalties em cima disso.<br />

Antonio Cláudio Correa Meyer Sant’anna<br />

Queria complementar dizendo que quando se discute inovação é prática<br />

comum a inovação numa grande empresa acabar sendo prejudicada pelo seu<br />

porte. Para quem gosta do assunto, indico o livro “Paradoxo da Inovação”, em que<br />

se discute essa quase necessidade de uma grande empresa fazer um spin off<br />

para que ela possa inovar num produto. Eu não sei se esse foi o caso específico<br />

da Globaltrac, se a visão da grande empresa foi gerar um ambiente onde a empresa<br />

inovadora não estivesse tolhida pela sua burocracia.<br />

Marcelo de Almeida Socorro<br />

Esse ponto foi muito bem colocado. O porte da empresa quebra um pouco<br />

o processo da inovação, e o spin off é o que faz isso acontecer. E depois a grande<br />

empresa usa do benefício de ter gerado o nome do negócio.<br />

Maria Beatriz Amorim Páscoa<br />

Gostaria de fazer uma pergunta ao Marcelo de Almeida Socorro. Houve<br />

algum estudo, alguma estratégia de conhecimento para utilizar mecanismos de<br />

proteção da propriedade intelectual? Você mencionou rapidamente que houve<br />

uma divisão. Isso foi uma base contratual? A Globaltrac lançou mão de algum tipo<br />

de proteção para esse sistema desenvolvido?<br />

Marcelo de Almeida Socorro<br />

Com relação à primeira parte da pergunta, sim, foi feito um plano de negócios<br />

e um estudo de mercado. É um pré-requisito para entrar numa incubadora.<br />

Com relação à segunda pergunta, foi exatamente uma base contratual. Está tudo<br />

definido no contrato que temos com a empresa. O processo de inovação é muito<br />

grande, e optamos apenas por registrar marca.<br />

6º Encontro de Propriedade Intelectual e Comercialização de Tecnologia 157

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