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miolo_mercocidades.cópia p65 - Redetec

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am no sentido de se azeitar a relação universidade-empresa através de colocação<br />

de recursos públicos na universidade.<br />

Essa questão sobre até que ponto o papel da universidade estaria se<br />

desvirtuando é sempre levantada. Pessoalmente acho que a virtude está no meio,<br />

quer dizer, se ficarmos apenas na pesquisa tecnológica, a universidade teria vida<br />

curta. Esse é o dilema do centro de pesquisa da universidade. Se ficarmos atrelados<br />

sempre à necessidade do cliente no campo, não conseguimos fazer o que<br />

chamamos de “projeto blue sky”, ou seja, não conseguimos jogar a bola depois<br />

do horizonte. Enfim, acho que existe espaço tanto para a universidade, quanto<br />

para a empresa. Diria que os bolsos de onde saem os recursos é que são diferentes,<br />

não devem se misturar.<br />

Rodrigo Maia de Oliveira<br />

Na semana passada, tivemos um caso interessante na Universidade Federal<br />

de São Carlos (UFSCar) de identificar uma possível empresa interessada<br />

em comercializar um determinado invento que havia sido desenvolvido dentro de<br />

um departamento da universidade. A idéia foi tentar evitar passar por todo o<br />

processo e depois arcar com a despesa da patente sem ter alguma empresa<br />

interessada na comercialização. Sondamos o interesse de uma empresa antes<br />

de fazer o depósito da patente, evidentemente tomando o cuidado de não oferecer<br />

nenhuma informação estratégica ou relevante a respeito do invento. Gostaria<br />

de saber, principalmente da Petrobras, em que momento se buscou a empresa<br />

para fazer a negociação?<br />

Antonio Cláudio Correa Meyer Sant’anna<br />

Normalmente essas parcerias acontecem depois da patente depositada. Agora,<br />

não é necessária a patente para se fazer essa reunião com o potencial licenciado. Se<br />

for elaborado um acordo de sigilo ou um instrumento adequado, pode-se estabelecer<br />

determinado nível de negociação sem ter a patente depositada.<br />

Alfredo Marques Vianna Filho<br />

Minha pergunta é para o Antonio Cláudio Sant’Anna. O senhor disse que<br />

os contratos de licenciamento da Petrobras não dão exclusividade. Isso é prática<br />

comum? Isso não dificulta a negociação?<br />

Antonio Cláudio Correa Meyer Sant’anna<br />

Sendo a Petrobras uma empresa de capital misto, não sendo efetivamente<br />

governo ou empresa privada, o licenciamento exclusivo poderia caracterizar que<br />

estaríamos beneficiando uma determinada empresa em detrimento de outras. Para<br />

evitar esse tipo de questionamento, o processo é bastante aberto. No entanto,<br />

nenhum dos casos de licenciamentos já realizados pela Petrobras teve uma segunda<br />

empresa licenciada. Por isso entendo que não é só a patente que representa<br />

uma barreira de entrada, existem outras características específicas da empresa ou<br />

do negócio. Por exemplo, quando a Pipeway licenciou a segunda tecnologia de pig,<br />

um equipamento que caminha por dentro do oleoduto e coleta determinadas medidas,<br />

essa empresa já tinha cinco anos de estrada com a tecnologia de pig anterior.<br />

Ou seja, é difícil para um novo entrante encarar uma empresa que já tem cinco anos<br />

de experiência de fabricação e prestação de serviço. Não é exatamente a patente<br />

que cria o monopólio ou a barreira. Na verdade, é a maturidade e experiência da<br />

empresa. Portanto, não concordo que uma negociação seja sempre dificultada pela<br />

154 6º Encontro de Propriedade Intelectual e Comercialização de Tecnologia

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