miolo_mercocidades.cópia p65 - Redetec
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mente o Professor Aranha, depois de tudo organizado, foi convocado para uma<br />
reunião no BNDES, e pediu para que eu o representasse.<br />
Eu e o Professor Aranha começamos a trabalhar na PUC-Rio há 10 anos,<br />
na mesma sala e com o mesmo empenho: discutir novas estratégias que levassem<br />
à busca de recursos para sustentar a pesquisa. A PUC-Rio é uma universidade<br />
privada na sua gestão, mas também é uma universidade de pesquisa que<br />
utiliza recursos públicos. Nesses mesmos 10 anos, os recursos públicos para<br />
pesquisa foram reduzidos, e a PUC-Rio não queria deixar que sua área de pesquisa,<br />
que tem um forte componente no Centro Técnico-Científico (CTC), se<br />
desestruturasse. Basta dizer que o peso da atividade de pesquisa na PUC-Rio é<br />
alto, em termos de dedicação dos professores de tempo integral apenas deste<br />
centro: 70% do tempo é dedicado à pesquisa e 30% à atividade de ensino.<br />
Nós tentamos materializar idéias já nascentes na Universidade. Uma<br />
delas foi a incubação de empresas. Os esforços começaram naquela época,<br />
mas a Incubadora foi efetivamente implantada em 1997. A PUC-Rio já apresentou<br />
um caso de sucesso em comercialização de tecnologia de uma de suas<br />
empresas, a Pipeway, hoje já graduada. Isso ocorreu no 4.º Encontro da REPICT,<br />
em 2001. Hoje será abordado um novo caso que nos proporciona muita satisfação,<br />
porque originalmente a tecnologia não nasceu dentro da Universidade. De<br />
modo geral, pensamos que o espinho das empresas de base tecnológica surge<br />
com conhecimentos científicos, além de tecnologia, gerados dentro de uma<br />
universidade. A maioria sim, e certamente é uma grande motivação mostrar um<br />
círculo virtuoso no qual o conhecimento que nasce na universidade vai para o<br />
mercado e depois retorna à universidade sob a forma de novas demandas de<br />
desenvolvimento tecnológico. Mas este caso que será apresentado é uma exceção:<br />
a tecnologia é que estava no mercado e foi para a universidade. Não quero<br />
adiantar os detalhes, porque gostaria que os senhores tivessem todo o impacto<br />
da apresentação que será feita pelo próprio sócio-diretor da empresa Marcelo<br />
de Almeida.<br />
Marcelo de Almeida Socorro<br />
É uma satisfação enorme estar aqui apresentando a Globaltrac, uma empresa<br />
muito jovem, com apenas um ano de mercado. Nesse período já obtivemos diversas<br />
conquistas. Acreditamos que grande parte delas não ocorreu só pela equipe de<br />
profissionais, mas também pelo ambiente no qual estamos inseridos, interagindo<br />
com uma universidade e formando parcerias com o setor privado e o governo. Pretendo<br />
nesta apresentação dar uma visão de como tudo isso aconteceu.<br />
“Não importa o lugar e nem o meio de transporte. Nós localizamos.” Este é<br />
o lema da Globaltrac.<br />
Dividi a apresentação em quatro partes. Na primeira, abordarei a visão da<br />
empresa, como surgiu a idéia que se transformou num negócio e como esse negócio<br />
gera lucro, emprego e retorno para a sociedade. A segunda parte refere-se à<br />
tecnologia em si e aos parceiros envolvidos. Na terceira parte falarei dos resultados<br />
obtidos até o momento. E, por último, uma conclusão em cima do que Shirley Coutinho<br />
comentou sobre o círculo virtuoso da tecnologia colocada em prática.<br />
A Globaltrac surgiu dentro de uma empresa do setor privado, uma multinacional<br />
de satélites onde eu e um dos meus sócios, Gilson Silva, começamos a<br />
conhecer um pouco mais desse mercado e verificar que existia um nicho especí-<br />
144 6º Encontro de Propriedade Intelectual e Comercialização de Tecnologia