parque estadual xixová-japuí plano de manejo - Secretaria do Meio ...

2.3.3.8. Fitoplâncton
Os dados secundários sobre fitoplâncton foram inicialmente pesquisados em uma
extensa revisão bibliográfica, que incluiu além de publicações científicas, relatórios
públicos e privados (quando possível). Os dados foram organizados em planilhas em
ordem temporal crescente. Estes foram correlacionados com os dados das águas
costeiras e marinhas, subsidiando a caracterização do fitoplâncton.
Os dados organizados no tempo foram agrupados em seis subáreas de estudo, a
saber: BS; BSV, ES, e ESV, PG e GUA. As análises foram feitas por meio do cálculo das
médias dos valores obtidos de acordo com a época do ano, assumindo verão (janeiro
a março), outono (abril a junho), inverno (julho a setembro) e primavera (outubro a
dezembro). Tendências foram observadas pelo agrupamento dos dados disponíveis
por décadas. Ressalte-se, que essas médias representam uma base de dados
excessivamente descontínua no tempo.
Há mais de dez anos , a comunidade científica dispõe de vasta base de dados biológicos
(concentração de clorofila-a superficial) obtidas por sensores a bordo de satélites.
A BSV, local de entorno da UC, foi detalhada em estudo recente (Aquarela/DiPeCo)
de fevereiro a setembro de 2008, com coletas realizadas semanalmente, em maré alta
e baixa (num único dia). A água coletada em superfície foi processada para
identificação e contagem do fitoplâncton. Para a avaliação da composição taxonômica,
os dados foram organizados em grandes grupos, de acordo com cada estudo realizado
(células totais, diatomáceas totais, diatomáceas cêntricas, diatomáceas penadas,
dinoflagelados, fitoflagelados). Cabe ressaltar que devido a limitações de equipamento,
não foi possível separar os fitoflagelados entre autotróficos e heterotróficos.
A espécie Skeletonema cf. costatum é de grande relevância ecológica local,
apresentando-se com alta freqüência e potencial para florações (Moser, 2002), sendo,
portanto, selecionada para uma avaliação específica. Por fim, foi apresentada listagem
das espécies potencialmente tóxicas, e o período em que foram encontradas.
2.3.3.9. Zooplâncton
As seis amostras foram coletadas na manhã de 8 de abril de 2009, durante a maré
enchente, em seis pontos na área marinha do PEXJ, a bordo da embarcação Danda II,
de 13,40m. Para os arrastos foi utilizada uma rede cilíndrico-cônica de 0,30 m de
diâmetro de boca e 1 m de comprimento, de malha equivalente a 180 μm. Os
arrastos foram horizontais, subsuperficiais, à velocidade aproximada de 1 m-s, com a
duração de 3 minutos (exceto Estação 1, na qual o arrasto durou 5 minutos).
Em cada estação de coleta foi medida a profundidade da zona eufótica por meio do
disco de Secchi; a temperatura à superfície, utilizando um termômetro de laboratório
comum; tendo sido também observadas as condições do mar, cobertura de nuvens e
intensidade e direção dos ventos. A salinidade não foi medida devido à ocorrência de
problemas com o refratômetro.
Logo após a coleta, cada amostra foi fixada em formol neutralizado, na concentração
final de 4%.
Metodologia 58