parque estadual xixová-japuí plano de manejo - Secretaria do Meio ...

Todos os microhabitats visualmente acessíveis, incluindo sítios reprodutivos (e.g.
poças, riachos, bromélias, serapilheira), foram examinados no campo. Eventualmente,
troncos, pedras e a serapilheira foram revirados à procura de animais abrigados. Para
cada espécime ou grupo de espécimes encontrados, foram registradas as seguintes
informações em formulários: data, local, horário, espécie, coordenada geográfica (com
auxílio de GPS), hábitat (e.g. floresta, clareira, bananal), microhabitat (e.g. chão,
vegetação, riacho) e número de indivíduos, para agrupamentos reprodutivos
(estimativa do número de machos em atividade de vocalização). Quando possível, pelo
menos um indivíduo de cada espécie em cada localidade (espécime-testemunho), foi
coletado para confirmação da determinação taxonômica. Para a coleta dos espécimes
foram utilizadas as seguintes licenças emitidas pelo Ibama: licença permanente para
coleta de material zoológico, nº 10423-1; e autorização para atividades com finalidade
científica, nº 14858-1. Todos os animais foram mortos com anestésico (xilocaína 5% e
10% em pomada ou spray, respectivamente), fixados pelos métodos correntes (Pisani,
1973) e conservados em álcool a 70%. Também foram realizadas gravações das
vocalizações e fotografias da maior parte das espécies encontradas.
Os resultados aqui apresentados devem ser interpretados com cautela, pois limitamse
à um período de cerca de um mês de amostragem, apenas no último mês da
estação chuvosa 2008-2009. As espécies registradas em coleções (dados secundários)
não puderam ser conferidas. Assim, os dados secundários devem ser considerados
como dados preliminares. Portanto, amostragens intensivas ao longo de períodos mais
extensos, devem revelar espécies adicionais da herpetofauna da região.
A nomenclatura utilizada para os anfíbios anuros é baseada em Frost (2009) e a
utilizada para os répteis em Bérnils (2009). O status de conservação de cada espécie
foi verificado na lista vermelha mundial da IUCN (2008), Nacional (Ibama, 2003), lista
de anfíbios ameaçados do estado de São Paulo (Garcia et al., no prelo) e a lista de
répteis ameaçados do estado de São Paulo (Marques et al., no prelo).
2.3.3.5. Ictiofauna
O levantamento das espécies de peixes do PEXJ foi baseada na AER, com as devidas
adaptações para o grupo estudado, e levou em conta duas fontes de informação: a
consulta de dados pretéritos existentes em literatura científica e a coleta de campo.
Para complemento de informações de ictiofauna foram utilizados artigos científicos,
relatórios, dissertações, teses, monografias, livros e coleções didáticas regionais, que
tinham informações sobre ocorrências de peixes no PEXJ ou nas suas proximidades.
As coletas e observações em campo foram realizadas de três maneiras distintas, de
modo a abranger os principais habitats: arrastos de fundo (marinho e estuarino),
observações subaquáticas nos costões rochosos e parceis; e coleta direta com puçá
(córregos e riachos). A Figura 18 apresenta a localização dos pontos de amostragem.
Ictiofauna marinha e estuarina
Para os arrastos de fundo, foi utilizada uma rede de portas de arrasto de fundo do
tipo Otter-Trawl de 7,5 m de comprimento com 15 mm entre nós na panagem
Metodologia 55