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parque estadual xixová-japuí plano de manejo - Secretaria do Meio ...

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Iniciou-se o processo <strong>de</strong> ocupação da região projetan<strong>do</strong> o primeiro estaleiro, um<br />

porto <strong>de</strong> escravos indígenas, um empório abastece<strong>do</strong>r da navegação costeira, além da<br />

edificação <strong>de</strong> sua gran<strong>de</strong> casa com uma torre <strong>de</strong> pedra e <strong>de</strong> outras em estilo europeu.<br />

Seu <strong>de</strong>sempenho foi tal que nessa época a região foi reconhecida na Europa como<br />

eficiente ponto <strong>de</strong> reabastecimento <strong>de</strong> mantimentos e tráfico <strong>de</strong> escravos índios.<br />

Mas foi com a ameaça <strong>de</strong> invasões por missões francesas que a expedição <strong>de</strong> Martim<br />

Afonso <strong>de</strong> Souza foi enviada ao Brasil para dar início à colonização oficial das novas<br />

terras e garantir a soberania <strong>de</strong> Portugal. Assim, em 22 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1532, Martim<br />

Afonso fun<strong>do</strong>u oficialmente a vila <strong>de</strong> São Vicente, a primeira Vila <strong>do</strong> Brasil. Logo após<br />

sua chegada, instalou a primeira Câmara <strong>de</strong> Verea<strong>do</strong>res das Três Américas, o<br />

Pelourinho, a Ca<strong>de</strong>ia e a Igreja, símbolos da colonização e bases da administração<br />

portuguesa <strong>do</strong> perío<strong>do</strong>.<br />

Também em 1532, Ana Pimentel, esposa <strong>de</strong> Martim Afonso <strong>de</strong> Souza, ce<strong>de</strong>u o trecho<br />

<strong>de</strong> terra situa<strong>do</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o morro <strong>do</strong> Xixová até além <strong>do</strong> Rio Itinga a quatro<br />

portugueses, inician<strong>do</strong>-se a colonização <strong>do</strong> atual município <strong>de</strong> Praia Gran<strong>de</strong>. O acesso<br />

se dava por batéis e canoas. Em 1532, na região su<strong>do</strong>este, foi construí<strong>do</strong> o primeiro<br />

trapiche alfan<strong>de</strong>gário <strong>do</strong> Brasil, o Porto das Naus, monumento nacional <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1952.<br />

Dentre os fidalgos que acompanharam Martim Afonso <strong>de</strong> Sousa na empreitada <strong>de</strong><br />

fundação <strong>do</strong> povoa<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Vicente, Brás Cubas foi o mais bem-sucedi<strong>do</strong>. Recebeu a<br />

maior sesmaria, a nor<strong>de</strong>ste da ilha <strong>de</strong> São Vicente, com terra e clima favoráveis à<br />

plantação <strong>de</strong> cana; implantou um <strong>do</strong>s primeiros engenhos <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açucar da<br />

capitania; conseguiu a instalação <strong>de</strong> um novo “porto” próximo a capela Santa<br />

Catarina, por ser local mais abriga<strong>do</strong> para a atracação das caravelas; e construiu um<br />

hospital, a Santa Casa <strong>de</strong> Misericórdia <strong>de</strong> To<strong>do</strong>s os Santos. O <strong>de</strong>senvolvimento local<br />

permitiu o nascimento da atual cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Santos, transformada em Vila em 1545.<br />

A região compreendida pelo PEXJ no município <strong>de</strong> Praia Gran<strong>de</strong> estava situada entre<br />

as duas principais vilas da época: São Vicente e Conceição <strong>de</strong> Itanhaém. Chamada <strong>de</strong><br />

Piaçabuçu (Porto Gran<strong>de</strong>), primeiro nome da<strong>do</strong> pelos indígenas à Praia Gran<strong>de</strong>, era<br />

conhecida também como "Caminho <strong>de</strong> Conceição”, região percorrida por missões<br />

jesuíticas formadas no primeiro colégio da Capitania, o Colégio <strong>do</strong>s Meninos <strong>de</strong> Jesus,<br />

construí<strong>do</strong> em 1551. Por quase três séculos essa região caracterizou-se pela presença<br />

<strong>de</strong> núcleos caiçaras que possuíam um caráter essencialmente agrícola.<br />

Em <strong>do</strong>is mapas da Baía <strong>de</strong> Santos e São Vicente, produzi<strong>do</strong>s nas primeiras décadas <strong>de</strong><br />

1600, po<strong>de</strong>-se observar que a área <strong>do</strong> PEXJ possui uma gran<strong>de</strong> aproximação com a<br />

história da Vila. O “mapa” <strong>de</strong>screve a invasão <strong>do</strong> corsário holandês Spilbergen em<br />

1615 e mostra que o porto <strong>de</strong> São Vicente teria, na época, duas barras, por on<strong>de</strong><br />

entrariam gran<strong>de</strong>s navios.<br />

Em 1765 foi realiza<strong>do</strong> o primeiro recenseamento da Capitania <strong>de</strong> São Vicente,<br />

indican<strong>do</strong>, no trecho entre as "Prayas <strong>de</strong> Taypus e Mongaguá", a existência <strong>de</strong> sítios e<br />

agricultores que utilizavam o trabalho <strong>de</strong> negros forros e escravos para produzir e<br />

abastecer as Vilas <strong>de</strong> São Vicente e Santos <strong>de</strong> produtos agrícolas e artesanais.<br />

A região apresentou um ritmo <strong>de</strong> crescimento lento até mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong> século XIX, e<br />

começou a ganhar força no perío<strong>do</strong> entre a abertura <strong>do</strong>s portos e a in<strong>de</strong>pendência <strong>do</strong><br />

Introdução 11

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