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parque estadual xixová-japuí plano de manejo - Secretaria do Meio ...

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início <strong>do</strong> século XXI, a urbanização ocupa quase que inteiramente a Ilha <strong>de</strong> São<br />

Vicente, distribuin<strong>do</strong>-se também pelas áreas não inundáveis da planície costeira e pelas<br />

terras próximas às praias (Afonso, 2006). Atualmente se observa uma paisagem<br />

conurbada forman<strong>do</strong> um conjunto <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s integradas, principalmente na porção<br />

que compreen<strong>de</strong> os municípios <strong>de</strong> Santos, São Vicente e Praia Gran<strong>de</strong>. Esse processo<br />

<strong>de</strong> ocupação promoveu uma transformação da paisagem natural, tornan<strong>do</strong>-a<br />

fragmentada, cujos principais remanescentes se encontram sob alguma forma <strong>de</strong><br />

proteção legal. Dentre esses remanescentes se <strong>de</strong>stacam as áreas protegidas na forma<br />

<strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação, como é o caso <strong>do</strong> PEXJ (Figura 3).<br />

O PEXJ caracteriza-se por ser uma área natural, com tipos fitofisionômicos<br />

diferencia<strong>do</strong>s, sen<strong>do</strong> que sua composição florística e estrutura são, e ainda são,<br />

condicionadas pelos processos liga<strong>do</strong>s à fragmentação. Tal fato introduz uma série <strong>de</strong><br />

novos fatores na história evolutiva <strong>de</strong> populações <strong>de</strong> plantas e animais. Essas mudanças<br />

afetam <strong>de</strong> forma diferenciada os parâmetros <strong>de</strong>mográficos <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> e natalida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> diferentes espécies e, portanto, a estrutura e dinâmica <strong>de</strong> ecossistemas. No caso<br />

<strong>de</strong> espécies arbóreas, a modificação na abundância <strong>de</strong> poliniza<strong>do</strong>res, dispersores,<br />

preda<strong>do</strong>res e patógenos alteram as taxas <strong>de</strong> recrutamento <strong>de</strong> plântulas; mudanças<br />

microclimáticas, que atingem <strong>de</strong> forma mais intensa as bordas <strong>do</strong>s fragmentos, alteram<br />

as taxas <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> árvores (Viana; Pinheiro, 1998). Segun<strong>do</strong> Viana; Tabanez;<br />

Martins (1992) os principais fatores que afetam a dinâmica <strong>de</strong> fragmentos florestais<br />

são: tamanho, forma, grau <strong>de</strong> isolamento, tipo <strong>de</strong> vizinhança e histórico <strong>de</strong><br />

perturbações (Figura 3).<br />

No contexto da paisagem da Baixada Santista, o PEXJ se caracteriza por ser uma área<br />

natural relativamente pequena, em comparação com os <strong>de</strong>mais remanescentes. Na<br />

região associada à UC <strong>de</strong>stacam-se o PE da Serra <strong>do</strong> Mar, trechos <strong>de</strong> vegetação ainda<br />

contínuos ao PESM, além <strong>de</strong> outros fragmentos <strong>de</strong> tamanho similar ao PEXJ, situadas<br />

nos municípios <strong>de</strong> São Vicente, Santos, Cubatão e Guarujá.<br />

Durante o Pleistoceno foram conectadas ao continente as chamadas ilhas continentais<br />

(land-bridge). O número <strong>de</strong> espécies, naquele tempo, era similar tanto nas ilhas<br />

quanto no continente (Araújo, 2007) e, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao fenômeno <strong>de</strong> “relaxamento” após o<br />

isolamento, as ilhas per<strong>de</strong>ram espécies (Diamond, 1975; Terborgh, 1974). Logo foi<br />

realizada a analogia entre as ilhas continentais e os fragmentos <strong>de</strong> hábitat terrestres<br />

isola<strong>do</strong>s por ações antrópicas <strong>de</strong>senvolvidas ao re<strong>do</strong>r (Araujo, 2007). Com base nessa<br />

analogia e na Teoria <strong>de</strong> Equilíbrio da Biogeografia <strong>de</strong> Ilhas, foram propostas regras<br />

para orientar o <strong>de</strong>senho (forma e tamanho) das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conservação (Terborgh,<br />

1974; Willis, 1974; Wilson; Willis, 1975; Diamond, 1975; May, 1975). Tais autores<br />

acreditavam que o número <strong>de</strong> espécies em um fragmento <strong>de</strong> hábitat natural<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ria <strong>de</strong> seu tamanho e <strong>de</strong> sua proximida<strong>de</strong> <strong>de</strong> outros fragmentos (fontes <strong>de</strong><br />

potenciais coloniza<strong>do</strong>ras).<br />

Fragmentos alonga<strong>do</strong>s como no caso <strong>do</strong> PEXJ, estão mais sujeitos aos efeitos <strong>de</strong><br />

borda, e para a vegetação po<strong>de</strong>m ser citadas algumas consequências como a menor<br />

altura <strong>do</strong>s indivíduos <strong>de</strong> borda, menor sobreposição <strong>de</strong> copas, menor diâmetro médio<br />

das espécies arbóreas, espaçamento maior entre os indivíduos <strong>de</strong> maior diâmetro,<br />

maior ocorrência <strong>de</strong> árvores mortas e variações <strong>de</strong> composição florística, sen<strong>do</strong> mais<br />

Introdução 7

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