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parque estadual xixová-japuí plano de manejo - Secretaria do Meio ...

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Mesmo reduzida e muito fragmentada, a Mata Atlântica possui uma enorme<br />

importância, pois exerce influência direta na vida <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 80% da população<br />

brasileira que vive em seu <strong>do</strong>mínio. Seus remanescentes regulam o fluxo e a qualida<strong>de</strong><br />

da água <strong>do</strong>s mananciais, fornecem alimentos e bens florestais, asseguram a fertilida<strong>de</strong><br />

<strong>do</strong> solo, controlam o clima, seqüestram CO², protegem escarpas e encostas das<br />

serras, regulam a ocorrência <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças, além <strong>de</strong> preservar um patrimônio histórico<br />

e cultural imenso. Possui ainda belíssimas paisagens, verda<strong>de</strong>iros paraísos tropicais,<br />

cuja proteção é essencial para a alma brasileira, para nossa cultura e para o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento sustentável. Porém, tantas qualida<strong>de</strong>s e toda essa importância, não<br />

são suficientes para conter a gran<strong>de</strong> pressão sobre ela.<br />

No esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo ocorre uma vegetação muito diversificada, com boa<br />

representação <strong>do</strong>s Domínios Florísticos <strong>do</strong> Brasil. A Floresta Atlântica ocorre na<br />

Serra <strong>do</strong> Mar ("Floresta Ombrófila Densa"), e se esten<strong>de</strong> para o interior com<br />

fisionomias variadas <strong>de</strong> tipos <strong>de</strong> Florestas Mesófilas, semi<strong>de</strong>cíduas. As áreas abertas da<br />

região central e <strong>do</strong> oeste são <strong>do</strong>minadas pelos cerra<strong>do</strong>s, incluin<strong>do</strong> os campos sujos<br />

até cerradões. Destacam-se, também, áreas menores com outros tipos <strong>de</strong> vegetação,<br />

especialmente as restingas, dunas e manguezais, na região costeira, além das Florestas<br />

Montanas na Serra da Mantiqueira, acima <strong>do</strong>s 1.500m <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong> e os Campos <strong>de</strong><br />

Altitu<strong>de</strong> a mais <strong>de</strong> 2.000m. Pela posição geográfica <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, ocorrem floras<br />

tipicamente tropicais e outras mais características <strong>de</strong> regiões subtropicais (Wan<strong>de</strong>rley<br />

et. al., 2001).<br />

Ainda que seja esse o esta<strong>do</strong> que concentra os maiores remanescentes <strong>de</strong> Mata<br />

Atlântica, o processo <strong>de</strong> dilapidação <strong>do</strong>s recursos naturais não foi substancialmente<br />

diferente daquele observa<strong>do</strong> no <strong>plano</strong> nacional. Segun<strong>do</strong> o Inventário Florestal <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo (São Paulo, 2005) a área remanescente é <strong>de</strong> 3.457.301 ha,<br />

abrangen<strong>do</strong> as diferentes fisionomias, e correspon<strong>de</strong> a 13,94% da superfície <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>.<br />

Ressalta-se que a maioria expressiva <strong>do</strong>s remanescentes está concentrada no cinturão<br />

ver<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, na região costeira, nas serras <strong>do</strong> Mar, da Bocaina e da<br />

Mantiqueira e nos vales <strong>do</strong> Ribeira e <strong>do</strong> Paraíba.<br />

Na região costeira a pressão da especulação imobiliária e <strong>do</strong> crescimento <strong>do</strong> porto <strong>de</strong><br />

Santos foram vetores da transformação da paisagem original, <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> manchas <strong>de</strong><br />

vegetação. Especificamente na região da Baixada Santista, a situação atual da vegetação<br />

natural remanescente apresenta um quadro diferencia<strong>do</strong>, com uma área total <strong>de</strong><br />

177.958,6 ha (São Paulo, 2007). A existência <strong>de</strong>ssa área coberta por remanescentes <strong>de</strong><br />

vegetação natural <strong>de</strong>ve-se, principalmente, a existência <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conservação.<br />

As UC que se encontram na Região Metropolitana da Baixada Santista (RMBS) são o<br />

Parque Estadual da Serra <strong>do</strong> Mar (PESM), o Parque Estadual Xixová-Japuí (PEXJ),<br />

totalizan<strong>do</strong> 36,69% <strong>de</strong> seu território protegi<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> que o PEXJ contribui com<br />

0,38%, além da APA Marinha <strong>do</strong> Litoral Centro e <strong>do</strong> Parque Estadual Marinho Laje <strong>de</strong><br />

Santos (Figura 1. Mapa Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação da Região <strong>do</strong> Parque Estadual<br />

Xixová-Japuí). A Tabela 1 apresenta as áreas totais das principais UC <strong>do</strong> entorno <strong>do</strong><br />

PEXJ e sua área <strong>de</strong>ntro da RMBS.<br />

Introdução 2

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