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parque estadual xixová-japuí plano de manejo - Secretaria do Meio ...

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evi<strong>de</strong>ncia<strong>do</strong> em relação aos membros <strong>do</strong> po<strong>de</strong>r público, sen<strong>do</strong> que a maioria <strong>de</strong>les<br />

possui pouca inserção e relacionamento com os membros da comunida<strong>de</strong> local. Esse<br />

fato é importante, pois os entendimentos sobre as priorida<strong>de</strong>s, problemas e objetivos<br />

<strong>do</strong> conselho consultivo po<strong>de</strong>rão ser diferentes.<br />

Além disso, percebe-se que inexiste uma re<strong>de</strong> entre os conselheiros e, portanto,<br />

atualmente, a relação entre os atores não apresenta características como confiança,<br />

coesão, comunicação etc. Nesse contexto, o gestor terá papel fundamental para<br />

facilitar a convergência <strong>de</strong> interesses, necessitan<strong>do</strong> ter, entre outras características, o<br />

perfil <strong>de</strong> tradutor 28 .<br />

O gestor <strong>de</strong>verá também compreen<strong>de</strong>r a diversida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s participantes, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong><br />

a heterogeneida<strong>de</strong> existente, pois esta influenciará nas estratégias <strong>de</strong> comunicação.<br />

Caso isso não ocorra, as informações transmitidas não serão inteligíveis a to<strong>do</strong>s os<br />

atores e seus interesses po<strong>de</strong>rão não ser representa<strong>do</strong>s dificultan<strong>do</strong> as negociações.<br />

A<strong>de</strong>mais, a maioria <strong>do</strong>s conselheiros nunca participou <strong>de</strong> outros grupos semelhantes,<br />

caracterizan<strong>do</strong>-se como inexperiente na temática <strong>de</strong> gestão participativa. A percepção<br />

sobre a legitimida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s membros eleitos variou, sen<strong>do</strong> que maioria consi<strong>de</strong>rou que<br />

os interesses presentes estão <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a realida<strong>de</strong> necessária e outros<br />

<strong>de</strong>monstraram <strong>de</strong>scontentamento com a constituição <strong>do</strong> grupo. Para isso, a vigilância<br />

da re<strong>de</strong> será essencial para evitar que interesses pessoais se sobrepujem aos<br />

interesses coletivos. Atualmente inexistem mecanismos nesse senti<strong>do</strong>.<br />

7.2.2.2. Invasões Humanas<br />

Gestão intencional<br />

Conforme estabeleci<strong>do</strong> pelo SNUC, as UC <strong>de</strong> proteção integral permitem apenas o<br />

uso indireto <strong>do</strong>s recursos naturais, sen<strong>do</strong> que suas áreas <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong> <strong>do</strong>mínio<br />

público e sem ocupações humanas.<br />

Gestão efetiva<br />

Por possuir ocupações humanas em to<strong>do</strong> seu entorno, com exceção da porção<br />

marinha, o PEXJ sofre com ameaças <strong>de</strong> invasões, conforme i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong> pelo<br />

diagnóstico <strong>do</strong> meio antrópico.<br />

Essa ameaça está associada aos três setores <strong>de</strong> influência direta na UC (bairros Parque<br />

Prainha, Japuí e Canto <strong>do</strong> Forte), sen<strong>do</strong> que cada localida<strong>de</strong> apresenta características<br />

distintas <strong>de</strong> invasões humanas.<br />

No caso <strong>do</strong> Canto <strong>do</strong> Forte foi i<strong>de</strong>ntificada forte pressão associada à especulação<br />

imobiliária. Nos <strong>de</strong>mais bairros, as características das invasões foram associadas a<br />

moradias <strong>de</strong> baixa renda.<br />

28 Traduzir é expressar na sua própria linguagem o que os outros dizem e querem (Callon,1986; 1999). Para ser<br />

tradutor é preciso ter legitimida<strong>de</strong> e ser mais que um media<strong>do</strong>r ou anima<strong>do</strong>r, é necessário ter capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>:<br />

criar um clima propício à cooperação; ouvir ativamente; assimilar, tratar e sintetizar a informação; coor<strong>de</strong>nar um<br />

grupo. Além disso, <strong>de</strong>ve ser um ativista da criativida<strong>de</strong>, ter senso <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> acor<strong>do</strong>s e engajamento<br />

pessoal, sen<strong>do</strong> que sua ação não <strong>de</strong>ve fundamentar-se somente nos seus interesses pessoais, mas principalmente<br />

naqueles da coletivida<strong>de</strong> Beuret (1993).<br />

Programa <strong>de</strong> Interação Socioambiental 328

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