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O padrão de contaminação por metais nos sedimentos do Sistema Estuarino de
Santos parece ser bem definido (Figura 93), com áreas mais e menos contaminadas
bem evidentes (Abessa, 2002; Lamparelli et al., 2001; Cesar et al., 2007; Torres et al.,
2009). A contaminação mais severa parece ocorrer no canal de Piaçaguera onde
concentrações acima de níveis provavelmente tóxicos foram observadas para Hg, Ni,
Pb e Zn, acima de níveis limiares de efeito para Cd e Cr, e ainda teores mais elevados
de Al, Fe e Co. A porção mediana do canal de Santos também se encontra bastante
contaminada, com vários metais em altas concentrações. A contaminação dessa área
possivelmente é originada das indústrias, as atividades portuárias, e, em menor grau,
das descargas de resíduos domésticos. Em outras áreas do sistema os sedimentos
mostraram sinais de deterioração, embora menos intensa que na área citada acima. O
canal de Bertioga apresentou sedimento com teores altos de Ni e Cr. No canal de
São Vicente, foram observadas concentrações relativamente altas de Al, Cr, Hg e Ni.
Próximo à saída do emissário submarino, o teor de Hg também foi alto. Ainda na baía
de Santos, a porção sudeste apresentou contaminação moderada por Al, Co, Cr e Ni.
Avaliação do Meio Antrópico 258