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5.5.9. Qualidade da Água e dos Sedimentos no Sistema Estuarino de Santos Como já mencionado, os contaminantes podem se distribuir entre os diferentes compartimentos do ecossistema (coluna d‟água, sedimento e biota). O Sistema Estuarino de Santos possui, atualmente, uma grande quantidade de estudos abordando a contaminação ou seus efeitos nocivos; entretanto, uma ênfase maior tem sido dada aos sedimentos e à biota, pois os programas de controle da poluição reduziram significativamente a contaminação das águas (Lamparelli et al., 2001). Já para as áreas circunvizinhas (Guarujá e Praia Grande), existem poucas informações disponíveis. No entanto, (Rachid, 2002; Abessa; Ambrozevicius, 2007; Ambrozevicius, 2005; Imai, 2006) demonstram que a qualidade das águas ainda pode tornar-se inadequada à vida, em especial nas áreas próximas aos despejos de esgoto: ao redor dos difusores dos emissários submarinos, nas áreas sob influência dos canais estuarinos e nas praias, próximo aos canais de drenagem e outros corpos d‟água urbanos. A publicação de Abessa et al. (2008), assinala que as águas das porções central (emissário) e oeste da Baía de Santos (área contígua ao PEXJ) apresentam toxicidade freqüente e altos teores de amônia. Estudos anteriores, realizados por Rachid (2002) e pela Fundespa (1999) já haviam indicado toxicidade da Baía de Santos, em pontos próximos da costa (lançamento pelos canais de drenagem), na área de influência do emissário e em pontos próximos do PEXJ, além de toxicidade em águas coletadas em Praia Grande (destacando-se a área entre a região de Vila Tupi e o PEXJ) e no Guarujá (entre a Ponta do Munduba e região da Ponta das Tartarugas); nesses dois municípios, mesmo áreas externas apresentaram águas com algum grau de toxicidade. Além disso, o estudo de Fundespa (1999) ainda verificou, através de fitobioensaios, que as águas da Baía de Santos, especialmente na área sob influência do Estuário de São Vicente (portanto, próximas ao PEXJ), apresentam altíssimo potencial trófico e encontram-se eutrofizadas. Em Praia Grande e Guarujá, o potencial trófico das águas foi bem menor, mas ainda indicativo de condições de eutrofização. Já o efluente da EPC de Santos/São Vicente foi analisado por Rachid (2002), e os resultados estão indicados na Tabela 38. A concentração de metais, Bifenilas Poli- Cloradas (PCB), organoclorados e aromáticos foi muito baixa, ficando em muitos casos abaixo do limite de detecção dos métodos analíticos utilizados. Já a concentração de sólidos foi considerada alta, o mesmo ocorrendo para os teores de óleos e graxas, amônia e sulfetos, que excederam os limites de emissão estabelecidos pela Res. Conama 357/2005 (Brasil, 2005). Rachid (2002) avaliou a toxicidade do efluente lançado pelo emissário de Santos pelo método da TIE (“Toxicity Identification and Evaluation”), e nesse estudo o efluente pré-condicionado foi sempre mais tóxico que aquele não pré-condicionado. O método da TIE indicou como possíveis responsáveis pela toxicidade os sólidos em suspensão e a amônia, e ainda os compostos voláteis (nos quais se inclui o cloro), oxidantes e orgânicos apolares. Esse estudo, somado ao realizado por Abessa (2002), indicou que os metais e alguns compostos orgânicos são lançados pelo emissário agregados aos sólidos em suspensão, precipitando-se na área próxima aos difusores, corroborando dados já obtidos. (Fúlfaro; Ponçano, 1976; Fúlfaro et al., 1983; Tommasi, 1979). Para o enxofre, Avaliação do Meio Antrópico 256
essa situação é muito clara, com nítida influência do emissário submarino: próximo aos difusores, o teor de enxofre total encontrado foi muito alto (Abessa, 2002). Em relação aos sedimentos, a situação é preocupante, tanto no Sistema Estuarino de Santos como nas áreas vizinhas, pois alguns compostos ainda continuam com níveis crescentes, mesmo após a implementação dos programas de controle (Abessa, 2002). Tabela 38. Composição do efluente lançado pelo emissário submarino de Santos (Extraído de Rachid, 2002). Parâmetro Conc. Limite (Conama 357/05) Parâmetro Conc. Metais (mg/l) Aromáticos (g/l) Limite (Conama 357/05) Ar < 0,02 0,5 Benzeno < 2,50 - Cd 0,008 0,2 Etilbenzeno < 2,50 - Cu 0,05 1,0 Tolueno 16,5 - Cr hexavalente < 0,02 0,5 Xileno < 2,50 - Es < 1,1 4,0 Outros (mg/l) Fe solúvel 0,17 15,0 Bo 0,24 5 Mn 0,09 - Ca 44,8 - Hg < 0,002 0,01 Cloretos 383 - Ni < 0,04 2,0 DBO 210 - Ag < 0,005 0,10 DQO 715 - Se < 0,02 0,05 Fenóis 0,24 0,5 Zn 0,38 5,0 Fluoretos < 5,00 10 Pb < 0,1 0,5 NH3-NH4 54,9 20 Hidrocarbonetos Halogenados (g/l) N total 74,1 - PCB ND - Óleos e graxas 236 70 Aldrin ND - K 20,6 - BHC ND - Sulfetos 1,93 1 DDE ND - Série de Sólidos (mg/l) DDT ND - Resíduo Filtrável total 880 - Endosulfan ND - Resíduo Fixo 770 - Endrin ND - Resíduo Não Filtrável Fixo Heptachlor ND - Resíduo Não Filtrável Total Heptacloro epóxido ND - Resíduo Não Filtrável Volátil 150 - 730 - 580 - HCB ND - Resíduo Total 1610 - Lindane ND - Resíduo Volátil 840 - Methoxichlor ND - Mirex ND - TDE ND - Toxaphene ND - Avaliação do Meio Antrópico 257
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PARQUE ESTADUAL XIXOVÁ-JAPUÍ PLAN
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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO Jos
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Conselho Consultivo Cláudio de Mou
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Avifauna Dr. Pedro Ferreira Develey
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Letícia Barros Marcelo Tadeu N Por
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JACOBI, Pedro. Educação ambiental
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LUCHETTA, A. C. C. B.; BONDIOLI, A.
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SÃO VICENTE. Lei nº 66-A de 21 de
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FONSECA (eds.), Ecology and Behavio
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WILLIS, E. O. 1974. Populations and
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