parque estadual xixová-japuí plano de manejo - Secretaria do Meio ...

5.4.6. Clubes, Marinas e Garagens Náuticas
Ocupam a faixa entre a Avenida Ayrton Senna, Tupiniquins e o canal de São Vicente,
compreendida entre a Ponte Pênsil e a Ponte do Mar Pequeno. Foram construídas
sobre alguns remanescentes de manguezais, anteriormente à criação do PEXJ. Hoje
existem também, na mesma faixa, alguns comércios como lojas de paisagismo, loja de
material de construção, um posto de combustível, motéis e algumas residências.
Tais instalações contribuíram para romper o fluxo de matéria e energia entre PEXJ e
o estuário (Oliva, 2003). Além disso funcionam como fontes potenciais de
contaminação para as águas do estuário, e consequentemente da UC, principalmente
em relação aos hidrocarbonetos, detergentes, esgotos e substâncias presentes em
tintas anti incrustantes.
5.4.7. Outras Atividades ou Usos Identificados
Foram identificados outras atividades/usos no PEXJ e entorno, abaixo descritas:
Surfe: principal esporte praticado no PEXJ pela população do entorno e região.
Ocorre na praia de Itaquitanduva e já foram realizados diversos campeonatos e
outros eventos relacionados, como os chamados Surfe Treino.
Jet-ski: o uso do jet-ski para recreação aquática é constante nos limites da UC e
representa uma ameaça aos banhistas do Parque Prainha e Itaquitanduva.
Cultos religiosos: diversos relatos identificam o PEXJ como área procurada por
religiosos para realização de leituras de evangelhos, oferendas, retiros espirituais,
pagamento de promessas, entre outras manifestações.
Consumo de água: a água é captada em bicas no entorno da UC, por mangueiras
e em alguns casos armazenada em tanques improvisados. Estas águas apresentamse,
na maioria dos casos, contaminadas ou com níveis desaconselháveis de
bactérias heterotróficas e, portanto, imprópria para o consumo.
Atividades ilegais: conforme relato de moradores, a trilha do Itaquitanduva/
Surfistas está sendo utilizada também para realização de tráfico de drogas. Essa
questão permeia também as citações de ocorrência de roubos nessa região.
Existem diversos relatos, inclusive de violência física a visitantes.
Extrativismo vegetal: a extração vegetal é mais intensa no Parque Prainha, seguido
pelo Japuí e Canto do Forte; é praticada sem objetivo comercial, com
características de consumo próprio (alimentar, medicinal, mística, ornamental,
confecção de cabo de enxada e lenha (Tabela 36).
Tabela 36. Elementos vegetais utilizados pela população do entorno do PEXJ.
Categoria Nome Popular
Alimentar (28)
Medicinal (29)
abacate, amora, aranaí, assa-peixe, banana, banana de macaco, cacau, capimcidrão,
chapéu de sol, chuchu, coquinho, cuca-roxa, goiaba, gravatá, guaco,
inhame, jaca, jambolão, jurubeba, limão, língua de vaca, manga, mastruz,
morango do mato, palmito, samambaia, taioba e urtiga
arnica, aroeira, babosa, boldo, cano do brejo, capim-cidrão, caraguatá,
carobinha, carqueja, chapéu de couro, cipó, cuca-roxa, erva-de-santa-maria,
gervão, gravatá, guinetatu, inhame, jacatirão, jambolão, jurubeba, limão,
Avaliação do Meio Antrópico 240