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parque estadual xixová-japuí plano de manejo - Secretaria do Meio ...

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<strong>de</strong> centro 18 HP. Não dispõem <strong>de</strong> nenhum tipo <strong>de</strong> equipamento <strong>de</strong> navegação<br />

(ecossondas, GPS, etc.) bem como nenhum tipo <strong>de</strong> sistema <strong>de</strong> refrigeração <strong>do</strong> peixe,<br />

que é manti<strong>do</strong> à temperatura ambiente durante o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesca da re<strong>de</strong> até o<br />

transporte ao entreposto (Bertozzi, 2002).<br />

A comunida<strong>de</strong> pesqueira utiliza sete tipos <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> espera (pescada, boeira, malha<br />

12, malha 14, feiticeira, lingua<strong>do</strong> e malhão) e um tipo <strong>de</strong> re<strong>de</strong> <strong>de</strong> arrasto <strong>de</strong> praia<br />

(arrastão). As re<strong>de</strong>s são confeccionadas em nylon monofilamento e o tamanho das<br />

malhas varia <strong>de</strong> 7 a 30cm entre nós opostos estica<strong>do</strong>s. O comprimento das re<strong>de</strong>s<br />

varia entre 120-1800m e a altura varia 1,5 e 10m. A utilização <strong>de</strong> cada tipo <strong>de</strong> re<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> das condições meteorológicas e da espécie alvo. O tempo médio <strong>de</strong><br />

permanência das re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> espera, para um dia efetivo <strong>de</strong> pesca, soma<br />

aproximadamente 22 horas. O esforço <strong>de</strong> pesca total para to<strong>do</strong> o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> estu<strong>do</strong><br />

(julho/99 - junho/01) foi <strong>de</strong> 3972 km <strong>de</strong> re<strong>de</strong> por dia efetivo <strong>de</strong> pesca, para as re<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> espera e <strong>de</strong> 58 lances para as re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> arrasto <strong>de</strong> praia. Devi<strong>do</strong> à pequena<br />

autonomia das embarcações a área <strong>de</strong> pesca está restrita a área costeira, no máximo<br />

07 milhas náuticas da costa, aproximadamente até a isóbata <strong>de</strong> 20m (Bertozzi, 2002).<br />

5.4.1.1. A Pesca Artesanal Dentro <strong>do</strong>s Limites <strong>do</strong> PEXJ<br />

A ativida<strong>de</strong> pesqueira é realizada na UC pela população local anteriormente a sua<br />

criação. O relato mais antigo data <strong>de</strong> 1965, quan<strong>do</strong> era realizada principalmente<br />

utilizan<strong>do</strong>-se canoas. Os pesca<strong>do</strong>res entrevista<strong>do</strong>s i<strong>de</strong>ntificaram a criação <strong>do</strong> PEXJ,<br />

erroneamente, a partir <strong>do</strong> ano <strong>de</strong> 2000, ou seja, quan<strong>do</strong> perceberam as limitações<br />

impostas pela UC face a fiscalização mais efetiva e, possivelmente, a maior divulgação<br />

mediante os trabalhos <strong>do</strong> Plano <strong>de</strong> Manejo - Fase 2.<br />

Os pesca<strong>do</strong>res <strong>de</strong>monstraram <strong>de</strong>sconhecer os limites oficias da área marinha <strong>do</strong> PEXJ.<br />

Segun<strong>do</strong> eles, anteriormente a 2000, a única fiscalização existente era realizada pela<br />

Fortaleza <strong>de</strong> Itaipu. A pesca na área <strong>do</strong> entorno da UC, segun<strong>do</strong> os pesca<strong>do</strong>res, já foi<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância, especialmente na rua Japão, que chegou a abrigar cerca <strong>de</strong> 20 a<br />

30 barcos, estaleiros, etc. Porém, em virtu<strong>de</strong> da diminuição da qualida<strong>de</strong> ambiental e<br />

conseqüentemente <strong>do</strong> pesca<strong>do</strong>, esse número vem se reduzi<strong>do</strong> gradativamente.<br />

A questão da pesca ocorre historicamente na zona marinha <strong>do</strong> PEXJ (artesanal e<br />

ama<strong>do</strong>ra), com <strong>de</strong>staque para a pesca artesanal.<br />

Segun<strong>do</strong> a Lei 11.959/2009, que dispõe sobre a Política Nacional <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />

Sustentável da Aquicultura e da Pesca, pesca artesanal se enquadra na categoria<br />

profissional; é realizada com fins comerciais, <strong>de</strong> forma autônoma ou em regime <strong>de</strong><br />

economia familiar, com meios <strong>de</strong> produção próprios ou mediante contrato <strong>de</strong><br />

parceria, <strong>de</strong>sembarca<strong>do</strong>, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> utilizar embarcações <strong>de</strong> pequeno porte (arqueação<br />

bruta – AB igual ou menor que 20). Esta Lei caracteriza também a pesca ama<strong>do</strong>ra<br />

como aquela que não apresenta fins econômicos, ten<strong>do</strong> por finalida<strong>de</strong> o lazer ou o<br />

<strong>de</strong>sporto; já a pesca <strong>de</strong> subsistência é praticada com fins <strong>de</strong> consumo <strong>do</strong>méstico ou<br />

escambo, sem fins <strong>de</strong> lucro relaciona<strong>do</strong>s à ativida<strong>de</strong>. Ambas as modalida<strong>de</strong>s são<br />

praticadas por meio da utilização <strong>de</strong> arpão e varas <strong>de</strong> pesca na UC.<br />

a) A pesca Artesanal<br />

Avaliação <strong>do</strong> <strong>Meio</strong> Antrópico 234

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