parque estadual xixová-japuí plano de manejo - Secretaria do Meio ...

improvisados, de algumas moradias localizadas, principalmente, contíguas ao sopé do
morro, e cuja potabilidade demanda de certificação;
2- uso intenso da Trilha do Itaquitanduva (ou Girau ou dos Surfistas), um dos
principais acessos à praia de Itaquitanduva, ponto de maior visitação da unidade de
conservação e que não dispõe de nenhum controle de acesso.
Essa realidade se mantém, mas devido ao grande aumento da população no bairro,
hoje as pressões sobre a UC são mais diversificadas e maiores, como será visto no
item sobre vetores de pressão.
5.2.2.2. Bairro Parque Prainha em São Vicente
Para o presente trabalho considerou-se o bairro Parque Prainha como área distinta
do bairro Japuí, ou seja, Parque Prainha é a vertente do morro do Japuí voltada para o
canal da Ponte Pênsil e baía de São Vicente. Este bairro não é reconhecido com tal
pela prefeitura de SV, mas é considerado, tanto pelos moradores quanto pelo gestor
da UC, como uma porção distinta do território descrito como Japuí.
A localização é privilegiada, pois está defronte a toda a orla da Baía de São Vicente:
morro dos Barbosa e sua plataforma de pesca, praias da Biquinha, Gonzaguinha,
Milionários e Ilha Porchat.
Fisicamente o Parque Prainha inicia-se na Av. Tupiniquins, próximo à Ponte Pênsil e
segue em direção a praia do Paranapuã. Compõe-se de uma única avenida denominada
Engº Saturnino de Brito, com aproximadamente 1.500m de seu início até a portaria
atual do PEX; possui também uma pequena rua de nome Benedito Calixto. Para
melhor compreensão da espacialização do bairro, foi utilizado neste trabalho a
referência “morro acima” para a porção da Av. Saturnino de Brito em direção ao
cume do morro, e “morro abaixo” para o trecho entre a mesma avenida e o mar.
O bairro possui as ocupações residenciais mais próximas à divisa do PEXJ, estando,
em algumas situações, localizadas fronteiriças com a cota 50, limite do PEXJ por cerca
de 2km nessa vertente. Essas ocupações foram as que balizaram os limites da UC e
encontram-se em área de risco, conforme documento produzido por consultoria
contratada pela prefeitura de SV (Bocaina, 2009), em função da declividade da
encosta. Há constantes registros de escorregamentos e desabamentos na área,
motivo pelo qual a Prefeitura intensificou, em anos anteriores, a fiscalização sobre
novas ocupações nos limites do PEXJ. Por outro lado, morro abaixo da Av. Saturnino
de Brito, em especial neste trecho, o risco é a própria força das marés, que
compromete as estruturas da própria avenida e as edificações ali existentes.
O trecho inicial dessa avenida, morro acima, por aproximadamente 700 m, é
caracterizado por residências térreas compostas de quartos, sala, cozinha e banheiro;
outras com até dois pavimentos, construídas com características de autoconstrução.
Em sua maioria são ocupadas por moradores de baixa renda, salvo raras exceções;
atualmente algumas construções maiores oferecem quartos de aluguel para uma ou
mais pessoas. Existem dois edifícios residenciais que, em conjunto com as demais
ocupações do restante da encosta, causam um dos principais impactos na paisagem
Avaliação do Meio Antrópico 225