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5. AVALIAÇÃO DO MEIO ANTRÓPICO
5.1. Introdução
A Região Metropolitana da Baixada Santista se caracteriza pela altíssima complexidade
ambiental, populacional e de atividades econômicas, que reúne vocações
aparentemente díspares, como os complexos portuário e industrial de grande porte e
a vocação turística, que se mesclam a reservas ambientais e áreas de proteção legal.
Uma das principais atividades da RMBS gira em torno do Porto de Santos que permite
o escoamento da produção agrícola e industrial de centros produtores das regiões
Sudeste, Sul e Centro-Oeste do Brasil e de países do Mercosul.
Com 7,8 milhões de m², cerca de 13 km de cais e o maior terminal de contêineres da
América Latina, o Porto de Santos desempenha papel de agente de desenvolvimento
regional e elo de diversas cadeias produtivas. Tem dimensão estratégica nacional, por
desenvolver um conjunto de atividades exportadoras que atendem a uma vasta região
do país. Sendo o mais importante distribuidor de cargas da costa leste da América
Latina, o Porto de Santos vale-se de seus múltiplos terminais especializados e conta
com 53 berços de atracação. Por outro lado, apresenta problemas constantes com
assoreamento, por situar-se numa área estuarina com altas taxas de sedimentação, de
modo que a dragagem precisa ser feita continuamente.
Outro setor bastante presente na RMBS é o industrial, com mais de 2.500 indústrias
cadastradas nos nove municípios, dentre elas a Refinaria Presidente Bernardes,
Companhia Siderúrgica Paulista (Cosipa) e de indústrias do setor químico, como a
Carbocloro, o que reflete no desenvolvimento econômico da região.
Juntamente às atividades portuárias e industriais, há uma importante rede viária, que
facilita o acesso não somente às indústrias, mas também aos diversos segmentos
populares, incrementando o desenvolvimento do lazer e turismo. A malha viária da
região é composta por:
rodovias Anchieta (SP-150) e Imigrantes (SP-160) que consiste na principal ligação
com a cidade de São Paulo, o interior do estado e com os estados vizinhos de Minas
Gerais, Mato Grosso, Paraná e mesmo países do cone sul;
rodovia Padre Manuel da Nóbrega (SP-55) que liga a região ao litoral sul e BR-116
(Regis Bittencourt); Rodovia Manoel Hypólito do Rego (SP-55) ou Rio – Santos;
Rodovia Caiçara ou via Prestes Maia (BR-101), que liga a RMBS ao litoral norte do
Estado e ao Rio de Janeiro e a Rodovia Dom Paulo Rolim Loureiro (SP-98),
também conhecida como Mogi-Bertioga que liga a RMSP ao Vale do Paraíba;
importantes ferrovias (Ferroban e MRS); e
aeroporto, em Itanhaém, e a Base Aérea, em Vicente de Carvalho, no Guarujá.
Esse complexo viário, em conjunto com outras obras lineares como linhas de
transmissão, gasodutos e oleodutos, são importantes vetores que atuam seccionando
as áreas protegidas ao longo da Serra do Mar e do litoral.
Avaliação do Meio Antrópico 210