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parque estadual xixová-japuí plano de manejo - Secretaria do Meio ...

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esíduos sóli<strong>do</strong>s. Apesar <strong>de</strong> as espécies serem no mínimo classificadas como<br />

vulneráveis nas listas oficiais, muitos indivíduos são encontra<strong>do</strong>s mortos ou<br />

<strong>de</strong>bilita<strong>do</strong>s em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong>stes inci<strong>de</strong>ntes. As principais ameaças constatadas na<br />

região <strong>de</strong> entorno <strong>do</strong> PEXJ foram: a captura aci<strong>de</strong>ntal em re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesca, a poluição<br />

marinha e a colisão com embarcações.<br />

A pesca <strong>de</strong> tartarugas marinhas para venda ou consumo é proibida no Brasil, <strong>de</strong><br />

acor<strong>do</strong> com a Lei <strong>de</strong> Crimes Ambientais (Lei Fe<strong>de</strong>ral nº 9605/98). Segun<strong>do</strong> a portaria<br />

<strong>do</strong> Ibama n° 05/1997, é obrigatória a utilização <strong>de</strong> dispositivos <strong>de</strong> escape para<br />

tartarugas (TED – “Turtle Exclu<strong>de</strong>r Device”) em re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> arrasto <strong>de</strong> camarão, mas<br />

não há obrigatorieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> dispositivos semelhantes em outras artes <strong>de</strong> pesca. Assim,<br />

muitas vezes as tartarugas se enroscam aci<strong>de</strong>ntalmente nas re<strong>de</strong>s e anzóis (Bertozzi,<br />

2002; Gallo et al., 2006). Depen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> principalmente <strong>do</strong> tempo que ficam submersas,<br />

as tartarugas capturadas se afogam e po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>smaiar ou morrer. Segun<strong>do</strong> Magnuson<br />

et al. (1990), a captura inci<strong>de</strong>ntal é o principal fator na diminuição das populações <strong>de</strong><br />

tartarugas marinhas.<br />

Quanto à poluição, a região da Baixada Santista é impactada por três fatores<br />

<strong>de</strong>terminantes principais: as indústrias <strong>do</strong> pólo <strong>de</strong> Cubatão; o Porto <strong>de</strong> Santos, e a<br />

intensa e <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nada ocupação humana. Com isso, uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> poluentes foi e<br />

ainda é liberada nos diversos compartimentos ambientais, se distribuin<strong>do</strong> por<br />

praticamente toda a área marinha e estuarina da região (Barbosa, 2008). Os poluentes<br />

incluem compostos orgânicos (hidrocarbonetos aromáticos, compostos fenólicos,<br />

organoclora<strong>do</strong>s, entre outros) e inorgânicos (metais e semimetais), que po<strong>de</strong>m atuar<br />

como disruptores endócrinos, <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ar o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> tumores, <strong>de</strong>primir<br />

o sistema imunológico ou ser aguda ou cronicamente tóxicos para as tartarugas<br />

marinhas (Milton; Lutz, 1996). Além disso, a ingestão <strong>de</strong> resíduos sóli<strong>do</strong>s como<br />

plásticos e materiais <strong>de</strong> pesca po<strong>de</strong>m reduzir a eficiência alimentar das tartarugas,<br />

levan<strong>do</strong>-as à morte por <strong>de</strong>snutrição ou tornan<strong>do</strong>-as mais suscetíveis a outros<br />

impactos, como a colisão com embarcações e o emalhe em re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesca (Guebert,<br />

2008).<br />

A colisão com embarcações provoca lesões diversas nas tartarugas, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> levar a<br />

cortes, perda <strong>de</strong> membros e mesmo à morte (Gerle; DiGiovanni, 1997; Gerosa;<br />

Aureggi, 2001). Além disso, as lesões traumáticas são uma rota primária para a<br />

entrada <strong>de</strong> bactéria no organismo, tornan<strong>do</strong> as tartarugas vulneráveis a infecções<br />

(Milton; Lutz, 1996).<br />

4.2.11. Mastofauna Estuarino-Marinha<br />

Os mamíferos marinhos incluem três or<strong>de</strong>ns: Cetacea, Sirenia e Carnivora. Destas, a<br />

or<strong>de</strong>m Cetacea possui a maior diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> espécies e também a maior<br />

representativida<strong>de</strong> em ambientes estuarino-marinhos <strong>do</strong> litoral brasileiro. Os Sirenia<br />

ocorrem apenas no norte e nor<strong>de</strong>ste e os Carnivora, que seriam representa<strong>do</strong>s aqui<br />

pela família Mustelidae, não foram aborda<strong>do</strong>s neste levantamento.<br />

Há um esparso registro histórico da presença <strong>de</strong> mamíferos marinhos para a região da<br />

BS. Na literatura, alguma ênfase tem si<strong>do</strong> dada primariamente aos cetáceos (Carvalho,<br />

Avaliação <strong>do</strong> <strong>Meio</strong> Biótico 207

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