parque estadual xixová-japuí plano de manejo - Secretaria do Meio ...

mar e pescadores. Os relatos incluem principalmente as diversas praias de São
Vicente, a praia do Canto do Forte em Praia Grande e algumas áreas internas do
estuário. Além dos relatos de aparições de tartarugas livres no mar, são comumente
relatadas a captura acidental e proposital por redes e anzóis de pesca, bem como o
aparecimento de indivíduos mortos nas praias da região.
4.2.10.1. Dados Secundários da Herpetofauna Marinha do PEXJ e Entorno
No levantamento bibliográfico foi encontrado 10 trabalhos relacionados a tartarugasmarinhas
realizados na região de entorno do PEXJ. Destes, dois foram desenvolvidos
dentro da UC e a maior parte deles foi encontrada na forma de resumos em anais de
congressos e encontros. Também estão disponíveis dois trabalhos de conclusão de
curso e dois relatórios técnicos entregues ao Ministério Público de São Paulo.
Os dois únicos trabalhos encontrados para o interior da UC, foram desenvolvidos na
praia de Itaquitanduva. Luchetta; Bondioli (2007) fizeram cinco dias de observação na
praia de Itaquitanduva, nos meses de abril e agosto de 2007, e constataram a presença
de tartarugas marinhas em todas as ocasiões. As estimativas variaram entre 1 e 4
indivíduos presentes em cada dia de observação. Luchetta; Bondioli (2009)
compararam a presença de tartarugas marinhas em SV (praia de Itaquitanduva) e na
Ilha do Cardoso. As autoras concluíram que a ocorrência de tartarugas marinhas em
Itaquitanduva é maior em dias ensolarados e em mar calmo e parece ser
espacialmente homogênea. Os dois trabalhos citados são resultados do trabalho de
conclusão de curso de Ana Carolina de Camargo Barros Luchetta, em
desenvolvimento na Unesp e no Instituto de Pesquisas Cananéia.
Bertozzi et al. (2002) estudaram a captura acidental de tartarugas em aparelhos de
pesca artesanal, em PG, entre fevereiro de 1999 e agosto de 2001. Foram
acidentalmente capturados espécimes de Chelonia mydas, Caretta caretta, Eretmochelys
imbricata e Dermochelys coriacea, sendo a primeira espécie a de maior frequência. A
rede responsável pelo maior número de capturas foi a do tipo „boeira‟ e apesar de as
capturas serem registradas durante o ano, o maior número de capturas se deu no
inverno.
Estudos realizados pela Unesp, em parceria com o Ibama de Santos e o Projeto
TAMAR, registraram a presença de uma grande densidade de tartarugas marinhas na
BSV (Abessa et al., 2005; Abessa et al., 2007). Os estudos foram efetuados por
solicitação do Ministério Público Estadual, em decorrência de relatos de aparecimento
de tartarugas na região e de denúncias de atividades antrópicas que poderiam
representar algum risco para estes animais. O Relatório Técnico (Abessa et al., 2005)
constata a presença de tartarugas marinhas na BSV. A fim de conseguir adensar os
dados sobre a presença de tartarugas marinhas na região, um novo estudo foi
realizado, contando com um número maior de observações e seguindo um método
padronizado de obtenção dos dados (Abessa et al., 2007). Como resultado destes
estudos foram apresentados ainda alguns trabalhos em eventos científicos (Barbosa et
al., 2005; Rocha et al., 2005; Nascimento et al., 2006).
Avaliação do Meio Biótico 204