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parque estadual xixová-japuí plano de manejo - Secretaria do Meio ...

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4.2.10. Herpetofauna Estuarino-Marinha<br />

As tartarugas marinhas pertencem à or<strong>de</strong>m Testudines e subor<strong>de</strong>m Cryptodira,<br />

especificamente a duas famílias: Dermochelyidae (Dermochelys coriacea) e Cheloniidae<br />

(Chelonia mydas, Eretmochelys imbricata, Lepi<strong>do</strong>chelys olivacea, Caretta caretta,<br />

Lepi<strong>do</strong>chelys kempii e Natator <strong>de</strong>pressus).<br />

Estes animais surgiram há cerca <strong>de</strong> 200 milhões <strong>de</strong> anos, mas mantém suas<br />

características morfológicas pouco inalteradas até hoje. São caracteriza<strong>do</strong>s<br />

principalmente pela gran<strong>de</strong> adaptação a ambientes aquáticos. Todas as éspecies<br />

possuem uma carapaça hidrodinâmica e membros transforma<strong>do</strong>s em nada<strong>de</strong>iras, que<br />

facilitam a locomoção por gran<strong>de</strong>s extensões a um baixo custo energético (Wyneken,<br />

1996).<br />

Os gêneros e espécies distribuem-se por to<strong>do</strong>s os oceanos, em águas tropicais e<br />

temperadas. São animais <strong>de</strong> vida longa e crescimento lento, atingin<strong>do</strong> a ida<strong>de</strong><br />

reprodutiva por volta <strong>de</strong> 20 a 30 anos. Passam quase integralmente o tempo na água,<br />

em ambientes neríticos e oceânicos, e apenas no momento da <strong>de</strong>sova as fêmeas saem<br />

da água para <strong>de</strong>positar seus ovos em praias arenosas (Bolten, 1996; Sanches, 1999).<br />

Atualmente, estão entre os maiores répteis vivos e são os únicos capazes <strong>de</strong> realizar<br />

gran<strong>de</strong>s migrações, comparáveis às <strong>de</strong> vertebra<strong>do</strong>s terrestres e aves (Plotkin, 1996).<br />

As diversas espécies são diferenciadas com base em uma combinação <strong>de</strong><br />

características que incluem cor, forma das mandíbulas, números e forma <strong>do</strong>s escu<strong>do</strong>s<br />

da carapaça, entre outras (Wyneken, 1996). Além disso, cada espécie apresenta<br />

características próprias <strong>de</strong> alimentação, apesar <strong>de</strong> na falta <strong>de</strong> seu alimento<br />

preferencial, alimentarem-se <strong>de</strong> animais mortos, ovos <strong>de</strong> peixes e até mesmo lixo <strong>de</strong><br />

origem antrópica (Tamar/Ibama, 2005).<br />

Das sete espécies existentes, cinco ocorrem na costa brasileira: tartaruga-cabeçuda<br />

(Caretta caretta), tartaruga-ver<strong>de</strong> (Chelonia mydas), tartaruga-<strong>de</strong>-couro (Dermochelys<br />

coriacea), tartaruga-<strong>de</strong>-pente (Eretmochelys imbricata) e tartaruga-oliva (Lepi<strong>do</strong>chelys<br />

olivacea). Todas essas espécies são consi<strong>de</strong>radas ameaçadas <strong>de</strong> extinção ou<br />

vulneráveis, segun<strong>do</strong> listas internacionais (IUCN/CITES) e nacionais (Ibama e SMA) <strong>de</strong><br />

animais em risco, sen<strong>do</strong> proibida sua captura no Brasil (Lei Fe<strong>de</strong>ral n° 9605/98).<br />

Naturalmente as tartarugas marinhas encontram uma ampla varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> estresses<br />

nos diversos habitats que frequentam, mas são aqueles provoca<strong>do</strong>s pela ação humana<br />

os maiores responsáveis pelo <strong>de</strong>clínio das populações (Milton; Lutz, 1996). As<br />

ameaças antropogênicas incluem caça clan<strong>de</strong>stina, retirada <strong>de</strong> ovos <strong>de</strong> ninhos para<br />

consumo humano, captura aci<strong>de</strong>ntal e problemas adicionais como poluição,<br />

urbanização, invasão das praias e tráfego marítimo (Milton; Lutz, 1996; Sanches, 1999).<br />

Por serem animais <strong>de</strong> vida-longa e migrantes, o efeito <strong>do</strong>s estresses é cumulativo,<br />

tornan<strong>do</strong> to<strong>do</strong> e qualquer impacto importante para a sobrevivência <strong>de</strong> indivíduos.<br />

O litoral paulista é utiliza<strong>do</strong> exclusivamente como área <strong>de</strong> alimentação, principalmente<br />

por indivíduos jovens e sexualmente imaturos. A espécie em maior quantida<strong>de</strong> é a<br />

C.mydas, mas as <strong>de</strong>mais espécies também estão presentes na região (Sanches, 1999).<br />

Nos municípios <strong>de</strong> São Vicente e Praia Gran<strong>de</strong>, a ocorrência <strong>de</strong> tartarugas marinhas é<br />

comumente <strong>de</strong>scrita por mora<strong>do</strong>res, turistas, praticantes <strong>de</strong> esportes aquáticos no<br />

Avaliação <strong>do</strong> <strong>Meio</strong> Biótico 203

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