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parque estadual xixová-japuí plano de manejo - Secretaria do Meio ...

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presença <strong>de</strong> lixões <strong>de</strong>sativa<strong>do</strong>s, cujo chorume ainda continua sen<strong>do</strong> drena<strong>do</strong> para<br />

o estuário, com <strong>de</strong>staque para os antigos lixões <strong>de</strong> Sambaiatuba e <strong>de</strong> Alemoa;<br />

presença <strong>de</strong> marinas na região <strong>do</strong> estuário, em especial porque essas instalações<br />

ainda não possuem licenças ambientais, e nem sempre possuem suas instalações<br />

a<strong>de</strong>quadas para cumprir to<strong>do</strong>s os requisitos ambientais;<br />

as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> dragagem <strong>do</strong> porto e disposição <strong>de</strong> sedimentos draga<strong>do</strong>s,<br />

sobretu<strong>do</strong> a dragagem das áreas localizadas na BS, pela produção e lançamento <strong>do</strong><br />

overflow nas águas da baía. Quanto à disposição <strong>do</strong> material, embora os mo<strong>de</strong>los<br />

indiquem baixa probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transporte na direção <strong>do</strong> PEXJ, não há ainda<br />

da<strong>do</strong>s conclu<strong>de</strong>ntes que permitam excluir essa ativida<strong>de</strong> da lista <strong>de</strong> ameaças.<br />

Ressalte-se que área próxima à Ponta <strong>de</strong> Itaipu foi utilizada no passa<strong>do</strong> para<br />

disposição <strong>de</strong> material draga<strong>do</strong>, sem que se saiba se ainda existem resquícios<br />

<strong>de</strong>sses lançamentos no território protegi<strong>do</strong>;<br />

lançamento <strong>de</strong> lixo e outros resíduos sóli<strong>do</strong>s, tanto nas áreas urbanas contíguas<br />

aos corpos hídricos quanto a partir <strong>de</strong> embarcações. Ênfase <strong>de</strong>ve ser dada aos<br />

pellets plásticos (nibs), os quais ocorrem em gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> nos sedimentos<br />

da zona infra-litoral e nas praias, e po<strong>de</strong>m não só transferir contaminantes para a<br />

biota, mas também modificar o tamanho médio <strong>do</strong>s grânulos que compõem o<br />

sedimento, alteran<strong>do</strong> as condições físicas e consequentemente po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> modificar<br />

a comunida<strong>de</strong> bentônica pela diminuição das populações <strong>de</strong> espécies mais<br />

sensíveis;<br />

ocorrência <strong>de</strong> pesca <strong>de</strong> arrasto por barcos <strong>de</strong> pequeno porte, pois essa prática<br />

provoca supressão <strong>de</strong> parte da fauna bentônica, assim como <strong>de</strong>sestruturação <strong>do</strong><br />

substrato e danos físicos sobre os organismos menores.<br />

4.2.8.7. Consi<strong>de</strong>rações Finais<br />

Os estu<strong>do</strong>s disponíveis sobre qualida<strong>de</strong> ambiental da região mostram que a área<br />

marinha <strong>do</strong> PEXJ possui baixa produtivida<strong>de</strong> primária <strong>do</strong> microfitobentos, macrofauna<br />

pobre, com baixas riquezas, <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s e diversida<strong>de</strong>s, em especial se comparada com<br />

a região leste da BS e mesmo com a BSV. Essa condição se <strong>de</strong>ve principalmente aos<br />

fatores naturais, como influência das águas menos salinas vindas <strong>do</strong>s estuários <strong>de</strong><br />

Santos e <strong>de</strong> São Vicente, e ainda pelas condições hidrodinâmicas, principalmente a<br />

incidência <strong>de</strong> ondas e correntes. Esses fatores fazem com que os sedimentos<br />

marinhos <strong>do</strong> PEXJ sejam mais arenosos e contenham menos carbono orgânico e<br />

nutrientes, sen<strong>do</strong> menos propícios à fixação <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s bentônicas.<br />

Além disso, a influência das diversas fontes polui<strong>do</strong>ras instaladas na região se faz sentir<br />

<strong>de</strong> forma mais ou menos intensa em toda a área, incluin<strong>do</strong> o Parque., modifican<strong>do</strong> a<br />

estrutura da comunida<strong>de</strong> bentônica, conforme já <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong> por alguns autores.<br />

Tommasi (1979) classificou a área da UC como semi-saudável II, porém os da<strong>do</strong>s<br />

obti<strong>do</strong>s pela CETESB (Lamparelli et al., 2001) mostram uma situação mais complicada,<br />

com presença <strong>de</strong> contaminantes em teci<strong>do</strong>s <strong>de</strong> peixes associa<strong>do</strong>s ao fun<strong>do</strong> e em<br />

crustáceos. Abessa (2002) <strong>de</strong>monstrou que os sedimentos <strong>de</strong>ssa região encontram-se<br />

afeta<strong>do</strong>s por contaminantes oriun<strong>do</strong>s <strong>de</strong> lançamentos <strong>de</strong> esgoto, como os<br />

Avaliação <strong>do</strong> <strong>Meio</strong> Biótico 196

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