parque estadual xixová-japuí plano de manejo - Secretaria do Meio ...

introduzida por água de lastro, tendo sido relatada anteriormente para a Baía de
Santos e arredores, e no referido estudo na Ilha das Palmas. A seguir são
apresentadas as cartas com a distribuição da riqueza) e diversidade da megafauna
associada ao PEXJ.
4.2.8.6. Ameaças à Comunidade Bentônica do PEXJ
Os estudos de Tommasi (1979), Lamparelli et al. (2001), Abessa (2002) trazem
importantes informações sobre as ameaças principais às comunidades bentônicas do
PEXJ e seu entorno. Essas ameaças estão relacionadas principalmente com as fontes
de poluição externas, tanto pontuais como difusas.
Considerando as características geográficas e geomorfológicas, o padrão de circulação
hidrodinâmica (correntes), as formas de ocupação e uso do solo e as atividades
antrópicas no entorno da UC, pode-se identificar as principais fontes de ameaça para
o bentos :
lançamento de esgotos por fontes difusas, em especial das regiões internas ao
estuário, considerando-se as moradias sub-normais, os bairros não atendidos
pelos serviços de coleta e tratamento de esgotos, e ainda o aporte proveniente
de pequenos riachos, córregos e canais de drenagem de Santos, São Vicente, Praia
Grande, Cubatão e Guarujá, os quais recebem ainda uma carga significativa de
esgotos irregulares, carregando-os para o estuário e a Baía de Santos;
lançamento de esgotos pelos sistemas de disposição oceânica de esgotos, com
destaque para os emissários de S-SV e de PG, sobretudo aquele localizado
próximo ao Canto do Forte, cujos difusores se abrem em local próximo do PEXJ;
operação do Porto de Santos, considerando os descartes de resíduos dos navios,
a possibilidade de introdução de organismos junto com água de lastro, pequenos
vazamentos de carga durante as operações de carga e descarga, liberação de
contaminantes por tintas anti-incrustantes e acidentes operacionais que podem
causar descarga de óleo no ambiente. Considera-se que áreas do entorno da UC
são utilizadas como locais de fundeio e manutenção de navios, com possibilidade
de descarte de poluentes e água de lastro, além da liberação de tintas antiincrustantes;
operação das indústrias do Pólo Industrial de Cubatão, que lançam uma grande
quantidade de substâncias químicas nos corpos d‟água da região, sendo que as
indústrias são reconhecidas entre as principais fontes poluidoras do sistema.
Ressalta-se a emissão de poluentes atmosféricos pelas indústrias, os quais podem
sofrer deposição seca ou úmida sobre a região, e assim causar a contaminação
dos corpos hídricos e consequentemente dos sedimentos;
presença de aterros industriais na área interna do estuário, destacando-se os
aterros da Codesp, o dique do Furadinho e os aterros irregulares contendo
múltiplos compostos químicos, em especial aqueles com compostos
organoclorados, localizados no Estuário de São Vicente;
Avaliação do Meio Biótico 195