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parque estadual xixová-japuí plano de manejo - Secretaria do Meio ...

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Figura78- Distribuição espacial da Diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Shannon (H’) no bentos <strong>de</strong><br />

Santos (Extraí<strong>do</strong> <strong>de</strong> Abessa, 2002).<br />

Em estuários e sistemas complexos como o <strong>de</strong> Santos, baixas diversida<strong>de</strong> e riqueza<br />

específica são naturalmente esperadas, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à instabilida<strong>de</strong> e imprevisibilida<strong>de</strong><br />

ambiental (Tommasi, 1979), e assim o sistema constitui um ambiente fisicamente<br />

controla<strong>do</strong>, no qual o papel das variáveis abióticas na estruturação da comunida<strong>de</strong><br />

bentônica é mais importante que as relações interespecíficas. Como característica <strong>de</strong><br />

ambientes fisicamente controla<strong>do</strong>s, está o favorecimento <strong>de</strong> espécies estrategistas <strong>do</strong><br />

tipo “r”, consi<strong>de</strong>radas oportunistas, que respon<strong>de</strong>m rapidamente a ambientes abertos<br />

(Tommasi, 1979). Nos estu<strong>do</strong>s existentes para a região <strong>do</strong> PEXJ, a maioria das<br />

espécies mais freqüentes e abundantes é justamente composta por aquelas<br />

consi<strong>de</strong>radas oportunistas, como C. capitata, M. posterolongata, O. fusiformis, Rhodine<br />

sp, A. obesa, C. cancelata, entre outras.<br />

A complexida<strong>de</strong> e a instabilida<strong>de</strong> ambiental em Santos tornam o entendimento da<br />

estrutura da comunida<strong>de</strong> bentônica bastante difícil, e quan<strong>do</strong> se consi<strong>de</strong>ra a existência<br />

<strong>de</strong> inúmeras fontes <strong>de</strong> contaminação em diferentes pontos <strong>do</strong> sistema, esse<br />

entendimento torna-se ainda mais complica<strong>do</strong>.<br />

Como menciona<strong>do</strong> anteriormente, a distribuição da macrofauna bentônica no Sistema<br />

Estuarino <strong>de</strong> Santos parece se encaixar na <strong>de</strong>scrição feita por Tommasi (1979), na<br />

qual além das áreas compreendidas pelo estuário, existem também duas áreas<br />

distintas na Baía <strong>de</strong> Santos, uma a leste e outra a oeste, sen<strong>do</strong> que as diferenças no<br />

bentos acompanhavam a distribuição das variáveis ambientais que indicavam<br />

indiretamente o grau <strong>de</strong> hidrodinamismo, como a granulometria, os teores <strong>de</strong><br />

nutrientes no sedimento e a salinida<strong>de</strong>. O autor observou ainda a existência <strong>de</strong> um<br />

gradiente <strong>de</strong> “stress” fisiológico, que aumentava no senti<strong>do</strong> da Baía <strong>de</strong> Santos para as<br />

áreas internas <strong>do</strong> estuário. Além disso, a região leste da baía seria mais previsível<br />

ambientalmente <strong>do</strong> que a região oeste.<br />

Abessa (2002), Heitor (2002) e Ferreira (2008) confirmaram essas informações,<br />

observan<strong>do</strong> não só a gran<strong>de</strong> heterogeneida<strong>de</strong> natural, on<strong>de</strong> há ampla variação <strong>de</strong><br />

diversos fatores ambientais, tais como granulometria, temperatura e salinida<strong>de</strong> da<br />

água <strong>de</strong> fun<strong>do</strong>, oxigênio dissolvi<strong>do</strong>, teor <strong>de</strong> carbono orgânico e % <strong>de</strong> carbonatos, mas<br />

Avaliação <strong>do</strong> <strong>Meio</strong> Biótico 190

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