13.04.2013 Views

parque estadual xixová-japuí plano de manejo - Secretaria do Meio ...

parque estadual xixová-japuí plano de manejo - Secretaria do Meio ...

parque estadual xixová-japuí plano de manejo - Secretaria do Meio ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Os da<strong>do</strong>s indicaram a existência <strong>de</strong> um gradiente negativo <strong>do</strong> exterior para o interior<br />

<strong>do</strong> estuário, com gradual <strong>de</strong>créscimo da riqueza, da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> e da diversida<strong>de</strong>. Na<br />

zona estuarina, houve pre<strong>do</strong>mínio <strong>de</strong> poliquetos, segui<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s bivalves. De mo<strong>do</strong><br />

geral, poucos indivíduos oportunistas compuseram as assembléias <strong>de</strong> organismos,<br />

sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>stacada a presença freqüente <strong>de</strong> Capitella capitata, Heteromastus filiformis,<br />

Owenia fusiformis, Laeonereis acuta, Magelona posterolongata e outros capiteli<strong>de</strong>os, o<br />

que sugere uma possível contaminação generalizada por esgotos ou poluentes<br />

orgânicos.<br />

Especificamente na região oeste, área limite <strong>do</strong> PEXJ, as <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s foram baixas.<br />

Nessa região, ocorreram organismos oportunistas (M. posterolongata, H. filiformis,<br />

Goniada sp), porém ao mesmo tempo, espécies indica<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> locais mais limpos<br />

foram observadas, como Renilla sp e Promysis atlantica. Porém, em relação a estu<strong>do</strong>s<br />

anteriores, a Baía <strong>de</strong> São Vicente exibiu baixíssimos valores, o que po<strong>de</strong> estar<br />

relaciona<strong>do</strong> com a <strong>de</strong>gradação ambiental crescente no interior <strong>do</strong> estuário, a qual<br />

afeta significativamente a qualida<strong>de</strong> das águas e sedimentos. Abessa (2002) reportou a<br />

presença <strong>de</strong> diversos contaminantes nos sedimentos das áreas próximas <strong>do</strong> PEXJ<br />

(Canal e Baía <strong>de</strong> São Vicente).<br />

Mais recentemente, Ferreira (2008) conduziu estu<strong>do</strong> sobre diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> poliquetos<br />

na Baía <strong>de</strong> Santos e na região ao largo da costa, entre Praia Gran<strong>de</strong> e Guarujá. Nesse<br />

estu<strong>do</strong>, um total <strong>de</strong> 6.159 ind./0,09m 2 foram i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s nas estações da Baía <strong>de</strong><br />

Santos. A maior contribuição <strong>de</strong> organismos ocorreu em novembro/2005, seguida por<br />

março/2005 e julho/2005. Na plataforma continental, foram obti<strong>do</strong>s valores <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> menores em comparação à baía, com um total <strong>de</strong> 974 ind./0,09m 2 nas duas<br />

campanhas realizadas. Em ambas as áreas estudadas, foram i<strong>de</strong>ntificadas 118 espécies,<br />

distribuídas em 33 famílias.<br />

A autora observou, para a BS, o mesmo padrão <strong>de</strong> distribuição já <strong>de</strong>scrito pelos<br />

<strong>de</strong>mais autores, com maiores <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s e mais espécies na região leste e norte da<br />

baía, e valores baixos na região oeste. Porém, ao contrário <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s feitos por<br />

Abessa (2002) e Heitor (2002), a freqüência <strong>de</strong> ocorrência da maioria das espécies<br />

encontradas na BS variou <strong>de</strong> 16,7 a 33,3%; portanto, estas foram classificadas como<br />

espécies comuns. Mediomastus capensis, Ninöe brasiliensis, Arici<strong>de</strong>a (A.) cf. catharinae,<br />

Magelona posterelongata, Goniada littorea, Glycin<strong>de</strong> multi<strong>de</strong>ns, Parandalia americana e<br />

Tharyx sp. foram classificadas como constantes e recorrentes nos meses amostra<strong>do</strong>s,<br />

com freqüência <strong>de</strong> ocorrência entre 50 e 100%. Outras espécies classificadas como<br />

comuns, pertencentes às famílias Capitellidae, Ampharetidae, Cirratulidae, Glyceridae,<br />

Lumbrineridae, Maldanidae, Onuphidae, Opheliidae, Oweniidae, Paraonidae, Pilargidae,<br />

Poecilochaetidae, Spionidae e Trichobranchidae, também exibiram freqüências <strong>de</strong><br />

ocorrência importantes, porém não foram reinci<strong>de</strong>ntes em to<strong>do</strong>s os meses.<br />

Na BS, Arici<strong>de</strong>a (A.) cf. catharinae e Mediomastus capensis foram <strong>do</strong>minantes nas três<br />

campanhas realizadas. Algumas outras espécies exibiram <strong>do</strong>minância total acima <strong>de</strong><br />

5%, sen<strong>do</strong> elas: Arici<strong>de</strong>a (A.) cf. curviseta, M. posterelongata, N. brasiliensis, Tharyx sp. e<br />

Cirriformia sp. As <strong>de</strong>mais espécies exibiram contribuição inferior a 4,5%.<br />

Na plataforma continental, Prionospio dayi e M. capensis foram <strong>do</strong>minantes nas duas<br />

campanhas realizadas. Ambas exibiram <strong>do</strong>minância marcante no inverno em relação<br />

Avaliação <strong>do</strong> <strong>Meio</strong> Biótico 187

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!