parque estadual xixová-japuí plano de manejo - Secretaria do Meio ...

ocorreram 15 táxons constantes, 26 comuns e 33 raros, destacando-se Parandalia
americana, Goniada littorea e Tellina versicolor (constantes), e Owenia fusiformis, N.
brasiliensis, Cirrophorus branchiatus, Magelona posterolongata, Prionospio dayi e
Poecilochaetus australis (dominantes). Seis espécies foram consideradas constantes, nos
dois períodos: T. versicolor, P. americana, N. brasiliensis, P. pinnata, G. littorea e M.
posterolongata.
Os valores de riqueza variaram entre 2 e 15, enquanto os de diversidade variaram
entre 0.92 e 3.33 bits/ind, sendo que o setor leste apresentou sedimentos mais
lamosos, ricos em carbono orgânico e consequentemente com mais espécies e
indivíduos. Já as análises multivariadas realizadas mostraram que ocorrem mudanças
entre o verão e o inverno, havendo ainda influência da granulometria, e dos teores de
matéria orgânica, C, N e S totais sobre a estrutura e composição da macrofauna.
Assim como Tommasi (1979), Heitor (2002) observou maiores densidades, riquezas e
diversidades na região leste da Baía de Santos, tendo observado ainda um efeito
bastante drástico do emissário de esgotos sobre as características do sedimento e a
estrutura da comunidade macrobentônica.
Para a região do Guarujá, incluída nesta compilação for fazer parte da região de
entorno do PEXJ, Heitor (2002) obteve 142 espécies, sendo 87 de poliquetos, 25 de
moluscos, 21 de crustáceos, 6 de equinodermes e 3 de outros taxa. Para essa região,
foram coletados 2689 indivíduos no inverno e 3628 no verão.
No inverno, dos 89 táxons encontrados, 14 foram considerados constantes, 35
comuns e 40 raros, enquanto no verão, dos 113 identificados, 10 foram constantes,
53 comuns e 50 raros. Considerando-se os dois períodos, as 11 espécies mais
constantes foram Goniada littorea, Tellina versicolor, Ninoe brasiliensis, Spiophanes
missionensis, Parandalia americana, Ampelisca paria, Magelona posterolongata,
Paraprionospio pinnata, Pinnotheridae, Sigambra cf. grubii e Owenia fusiformis. Entre as
espécies dominantes, destacaram-se Notomastus lobatus, Spiophanes missionensis, Ninoe
brasiliensis e Clymenella dalessi.
As riquezas variaram entre 4 e 17 espécies, e as diversidades entre 0.70 e 3.52
bits/ind, com maiores números de espécies e diversidades na região centro-leste e
menores nos setores oeste e costeiro. Destacaram-se as densidades observadas
próximo à saída do emissário e da Ilha da Moela (área sob influência da disposição de
sedimentos dragados), devido à abundância de Prionospio dayi e Spiophanes missionensis
e Notomastus lobatus, respectivamente. As análises multivariadas indicaram que
temperatura, salinidade, profundidade, granulometria e teores de carbono orgânico,
nitrogênio e enxofre influenciaram na distribuição do bentos.
Em estudo publicado concomitantemente ao de Heitor (2002), Abessa (2002) realizou
uma caracterização da comunidade bentônica do SES, considerando ainda aspectos
como poluição e toxicidade dos sedimentos na estruturação da comunidade
bentônica. Nesse estudo, foram encontrados 21 grupos taxonômicos, tendo sido
identificadas 55 taxa de poliquetos, 5 de gastrópodos, 2 de nudibrânquios, 18 de
bivalves, 11 de crustáceos (entre decápodos, corruptos, paguros, braquiúros,
anfípodos, isópodos, tanaidáceos, misidáceos), 1 espécie de peixe, duas espécies de
Avaliação do Meio Biótico 185