parque estadual xixová-japuí plano de manejo - Secretaria do Meio ...

Interior do CS: fundo poluído;
Porção inferior do CS: fundo semi-saudável III;
Região oeste da BS: fundo semi-saudável II;
Região leste da BS e BSV: fundo semi-saudável I.
Mais recentemente, Heitor (2002) conduziu um importante estudo sobre
comunidades bentônicas em áreas do litoral paulista, o qual abarcou as áreas afetadas
pelos lançamentos de esgotos por meio de sistemas de disposição oceânica da Sabesp,
utilizando dados de Fundespa (1999). Nesse estudo, uma porção significativa da zona
de influência do PEXJ foi amostrada, destacando-se a região que vai de Mongaguá ao
Guarujá.
Na região Praia Grande - Mongaguá, foram identificadas 157 espécies, divididas em
poliquetos (79), crustáceos (35), moluscos (24), equinodermes (10) e outros grupos
(8 espécies). A autora coletou 3261 indivíduos no inverno (109 táxons) e 5600 no
verão (136 táxons). No inverno, a maior densidade foi observada próximo à saída do
emissário da Vila Tupi, com grande concentração de Cirrophorus branchiatus,
Paraprionospio pinnata e Cirrophorus americanus. Já no verão, a maior densidade
ocorreu na estação 3v (próximo ao PEXJ), devido principalmente a Spiophanes
missionensis.
No inverno, 11 táxons foram considerados constantes e 65 foram comuns, com os 33
restantes classificados como raros. Nessa amostragem, os valores de diversidade
variaram entre 1.50 e 3.22. No verão, 15 táxons foram constantes, 67 foram comuns
e 54 foram raros; e os valores de diversidade variaram entre 1.07 e 2.80.
Considerando-se os dois períodos, os 12 táxons mais constantes foram, em ordem
decrescente de freqüência de ocorrência, Parandalia americana, Spiophanes missionensis,
Ampelisca paria, Tellina versicolor, Paraprionospio pinnata, Goniada littorea, Magelona
posterolongata, Cirrophorus americanus, Poecilochaetus australis, Nemertea, Microphoxus
cornutus e Prionospio steenstrupi. As riquezas foram baixas, variando entre 3 e 14
espécies por estação de amostragem, corroborando os dados obtidos anteriormente
por Tommasi (1979).
Nas duas campanhas, o número de espécies tendeu a ser maior nas estações de maior
profundidade, assim como a diversidade de Shannon-Wiener (H‟). Além disso, as
análises multivariadas conduzidas pela autora para integrar os dados biológicos e
abióticos indicaram que temperatura da água, profundidade, teores de carbono,
nitrogênio e enxofre no sedimento, e granulometria influenciaram na distribuição das
espécies, sendo ressaltada a ação dos emissários submarinos como fatores capazes de
modificar aspectos da água e do sedimento, e consequentemente da macrofauna.
Para a BS, Heitor (2002) identificou 106 espécies (ou grupos taxonômicos),
distribuídos como 67 espécies de poliquetos, 15 de crustáceos, 14 de moluscos, 5 de
equinodermes e 5 outros grupos. Foram coletados 1365 indivíduos no inverno e 1795
no verão. No inverno, dos 67 táxons encontrados, 11 foram considerados constantes,
31 comuns e 25 raros, sendo importantes Goniada sp., Owenia sp., Cheiriphotis
megachelis, Tellina versicolor, Parandalia americana, Ninoe brasiliensis, Aricidea (Acmira)
simplex e Piromis sp, e ainda Kimbergonuphis cf. orensanzi (dominante). Já no verão,
Avaliação do Meio Biótico 184