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parque estadual xixová-japuí plano de manejo - Secretaria do Meio ...

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L. americana, T. sandix, M. quinquiesperforata<br />

Oeste B.S.V. M. cf californiensis, G. brunnea, Ninoe sp, Psamokalliapseu<strong>de</strong>s, M. atra<br />

Além disso, Tommasi (1979) ainda indicou as espécies mais abundantes nos perío<strong>do</strong>s<br />

1964-1975: Littoridina australis var. nana; Au<strong>do</strong>inia tentaculata, Onuphis vexillaria,<br />

Cirratulus chryso<strong>de</strong>rma e Chione subrostrata; e as espécies que tiveram sua <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong><br />

reduzida: Au<strong>do</strong>uinia sp.; Poecilochaetus australis. Ressalta-se que os trabalhos<br />

executa<strong>do</strong>s posteriormente não registraram a presença <strong>de</strong> Au<strong>do</strong>uinia sp.<br />

Com relação à diversida<strong>de</strong> bentônica, Tommasi (1979) já explicava <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>talhada<br />

que os estuários constituem ambientes fisicamente controla<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à instabilida<strong>de</strong><br />

natural, e por isso apresentam características típicas <strong>de</strong> esta<strong>do</strong>s <strong>de</strong>senvolvimentais<br />

iniciais <strong>de</strong> sucessão ecológica; <strong>de</strong>sse mo<strong>do</strong> apresentam baixa diversida<strong>de</strong>. O Sistema<br />

Estuarino <strong>de</strong> Santos obe<strong>de</strong>ce a essa regra, com o agravante da presença da poluição<br />

por múltiplas fontes, as quais se encontram instaladas em to<strong>do</strong> o entorno <strong>do</strong> sistema.<br />

Essa variabilida<strong>de</strong> refletiu também na freqüência <strong>de</strong> ocorrência das espécies, pois<br />

somente quatro ocorreram em to<strong>do</strong>s os meses e em todas as estações (Onuphis<br />

vexillaria, Cirratulus chryso<strong>de</strong>rma e Loandalia americana e Strigilla pisiformis).<br />

Esse autor obteve valores <strong>de</strong> Diversida<strong>de</strong> da macrofauna bentônica (H‟, em unida<strong>de</strong>s<br />

bit) varian<strong>do</strong> entre 0 e 4.398 na região, sen<strong>do</strong> que os menores valores ocorreram no<br />

interior <strong>do</strong> estuário, e as maiores na região leste da Baía <strong>de</strong> Santos e na Baía <strong>de</strong> São<br />

Vicente. A região oeste da Baía <strong>de</strong> Santos, on<strong>de</strong> se localiza o PEXJ, apresentou valores<br />

médios intermediários, mas que individualmente foram bastante variáveis (como<br />

exemplo, po<strong>de</strong> ser cita<strong>do</strong> o ponto D, on<strong>de</strong> os valores <strong>de</strong> H‟ foram <strong>de</strong> 1.810 a 3.121).<br />

As diversida<strong>de</strong>s apresentaram correlação positiva com a salinida<strong>de</strong>, níveis <strong>de</strong> nitrato<br />

na água, transparência da água, e correlações negativas com os teores <strong>de</strong> oxigênio<br />

dissolvi<strong>do</strong>, níveis <strong>de</strong> fosfato, resíduos não filtráveis, mercúrio no sedimento (somente<br />

para região oeste), níveis <strong>de</strong> pesticidas, biomassa fito-planctônica, teor <strong>de</strong> surfactantes<br />

no sedimento, temperatura da água, e na BSV, com os teores <strong>de</strong> coliformes. Houve<br />

correlações das diversida<strong>de</strong>s com o potencial <strong>de</strong> óxi<strong>do</strong>-redução (positiva no interior<br />

<strong>do</strong> Cs, e negativa na região oeste da Baía), carbono orgânico no sedimento (positiva<br />

no CS e negativa na região oeste da Baía), e nitrato no sedimento (positiva na região<br />

leste e negativa na região oeste da Baía e na BSV), o que <strong>de</strong>monstrava que a ação <strong>de</strong><br />

fatores naturais e o lançamento <strong>de</strong> esgotos e outros resíduos influenciavam na<br />

estrutura da comunida<strong>de</strong> bentônica.<br />

De mo<strong>do</strong> geral, o autor <strong>de</strong>monstrou a complexida<strong>de</strong> <strong>do</strong> SES, com uma baía inserida<br />

em um sistema estuarino, o qual é <strong>do</strong> tipo fisicamente controla<strong>do</strong> (ou seja, os fatores<br />

ambientais são os principais condicionantes e controla<strong>do</strong>res da estrutura das<br />

comunida<strong>de</strong>s biológicas). Demonstrou ainda, que os fatores antrópicos, sobretu<strong>do</strong> a<br />

poluição (mas não apenas ela) contribuíam para tensionar ainda mais o ambiente,<br />

dificultan<strong>do</strong> a estruturação das comunida<strong>de</strong>s. Nesse cenário, observa-se que um<br />

gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> espécies presentes foi <strong>de</strong> organismos oportunistas, alguns <strong>de</strong>les<br />

reconhecidamente <strong>do</strong>minantes em situações <strong>de</strong> estresse, como, p. ex. , C. capitata.<br />

Essa situação é também válida para o entorno direto da UC. Com base nos resulta<strong>do</strong>s<br />

obti<strong>do</strong>s, Tommasi (1979) ainda propôs que os fun<strong>do</strong>s <strong>do</strong> sistema po<strong>de</strong>riam ser<br />

classifica<strong>do</strong>s como:<br />

Avaliação <strong>do</strong> <strong>Meio</strong> Biótico 183

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