parque estadual xixová-japuí plano de manejo - Secretaria do Meio ...

mirim, Orchestia platensis, Orchestoidea brasiliensis, Penaeus subtillis e Pinnixa
patagoniensis; e pelo equinodermata Mellita quinquiesperforata.
Dos organismos listados acima, foram observados nas praias da UC, durante visitas
para observação in situ, os crustáceos O. quadrata (caranguejo fantasma), P. brasiliensis
(camarão), A. clibanarius (siri), C. major e C. minor (corruptos), E. brasiliensis (tatuíra), P.
patagoniensis, E. armata, os poliquetos C. capitata, D. cuprea, L. acuta, os bivalves D.
hanleyanus, L. pectinata, M. constricta, N. vibex, O. minuta, Tagelus, M. constricta e M.
quinquiesperforata. Além desses, foram relatados pelo Dr Fernando José Zara (Unesp-
CL P) os crustáceos Callinectes danae (siri-azul) e Charibdys helleri, espécie considerada
bio-invasora e presente em grandes densidades.
Zona Submersa (infra-litoral)
O primeiro relato sobre fauna bentônica de substratos moles da Baía de Santos foi
realizado por Tommasi (1967). Nesse estudo, o autor verificou predominância de
poliquetos e bivalves, os quais representaram 52,34% das espécies identificadas. As
espécies mais importantes foram os poliquetos Audouinia tentaculata, Onuphis
quadricuspis, Owenia fusiformis, Thelepsavus costarum, Glycera sp., Goniada brunea, Laonice
japonica, Leanira sp., Ninoe sp., Spiophanes missioensis, Isolda sp., Ceratocephala sp.,
Hydroides sp., Polydora sp., Loimia sp; e os bivalves Codakia orbicularis, Pholadidae,
Eurytellina alternata, Macoma tageliformis, Thracia similis, Corbula nasuta, Crassinella sp.,
Diplodonta semireticulata, Mactra inheringi, M. petiti, Aequipecten sp., Arcopagia sp, Strigilla
carnaria, Tellina exilis e T. similis.
Posteriormente, Tommasi (1979) conduziu um estudo muito mais amplo e detalhado
sobre o SES, com 42 pontos de amostragem, incluindo pontos situados próximos aos
limites do Parque (estações 25, 35 e 42) ou no seu entorno direto (estações 25, 26,
27, 34 e 41). Nesse estudo, foram obtidos 128 táxons (incluindo algumas identificadas
apenas ao nível de família ou gênero), divididos em poliquetos (58 espécies), bivalves
(34 espécies), gastrópodos (12 espécies), anfípodos (16 espécies), tanidáceos (2
espécies) e equinodermes (6 espécies). As densidades de organismos variaram entre
7,75 ind./0.1m 2 a 1778,5 ind./0.1m 2 , sendo que o setor leste da Baía de Santos
apresentou maiores densidades que o setor oeste, que foi considerado o setor mais
pobre em espécies, devido principalmente ao hidrodinamismo e à presença de
sedimentos arenosos, que dificultam o estabelecimento de organismos bentônicos.
Além disso, o autor destacou que na Baía de Santos, as densidades tenderam a ser
menores que as observadas nos Canais de Santos e de São Vicente. As estações de
coleta situadas no entorno direto do PEXJ (estações 34 e 41) estiveram entre aquelas
com menores densidades de organismos da macrofauna bentônica. Ao mesmo tempo,
o autor observou maiores densidades na região do Canal de Santos, justamente a
região mais poluída. O autor ressaltou ainda que essas densidades altas se deveram à
presença de grande número de indivíduos de Littoridina (gastropoda), entre os pontos
1 e 12, uma vez que esse setor do sistema estuarino apresentou as menores riquezas
específicas.
Entre outros pontos importantes, Tommasi (1979) assinalou a presença de anfípodos,
organismos notadamente sensíveis a poluentes, no setor nordeste da Baía de Santos
(pontos 21, 22 e 29), e na entrada da Baía de São Vicente, próximo à Ilha Porchat e ao
Avaliação do Meio Biótico 181