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parque estadual xixová-japuí plano de manejo - Secretaria do Meio ...

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microalgas bentônicas servem <strong>de</strong> alimento para organismos herbívoros, <strong>de</strong>tritívoros e<br />

suspensívoros (David, 1997), influencian<strong>do</strong>, portanto, na organização e nos fluxos <strong>de</strong><br />

energia e matéria da ca<strong>de</strong>ia alimentar aquática.<br />

Embora poucos trabalhos tenham si<strong>do</strong> feitos no Brasil abordan<strong>do</strong> a ecologia <strong>do</strong><br />

microfitobentos estuarino e marinho, alguns estu<strong>do</strong>s conduzi<strong>do</strong>s no PEXJ e na sua<br />

área <strong>de</strong> entorno (Sousa, 1979; 1983; 1985; David, 1997; 2003; Sousa; David, 1996;<br />

Fun<strong>de</strong>spa, 1998), abordaram <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a biomassa microfitobentônica até a composição<br />

<strong>de</strong> espécies, passan<strong>do</strong> por estu<strong>do</strong>s iniciais sobre a produtivida<strong>de</strong>.<br />

Zona <strong>de</strong> Praia (meso e supra-litoral)<br />

Nas zonas <strong>de</strong> praia, David (1997) avaliou a biomassa microfitobentônica, medida como<br />

teor <strong>de</strong> Clorofila-a, em diversas praias da região e <strong>de</strong> áreas próximas (praias Branca,<br />

<strong>do</strong> Pernambuco, das Astúrias, <strong>do</strong> Tombo e Sangava, em Guarujá, praia <strong>de</strong> Aparecida,<br />

em Santos, e praia <strong>de</strong> Paranapuã, em São Vicente), ten<strong>do</strong> observa<strong>do</strong> que nas porções<br />

expostas <strong>de</strong> praias oceânicas, os valores <strong>de</strong> biomassa foram mais baixos (entre 1,83 ±<br />

1 mgChl-a/m 2 e 5,54 ± 4,6 mgChl-a/m 2 ). Já as praias protegidas <strong>de</strong> Baía apresentaram<br />

os maiores valores <strong>de</strong> biomassa, com teores <strong>de</strong> Clorofila-a varian<strong>do</strong> entre 1,3 ± 0,5 e<br />

29,9 ± 6,4 mgChl-a/m 2 ). O autor indicou ainda que as zonas superiores <strong>do</strong> infra-litoral<br />

ten<strong>de</strong>m a apresentar os maiores valores <strong>de</strong> biomassa, enquanto a zona <strong>de</strong><br />

espraiamento (entre-marés inferior e médio) apresenta os menores valores, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à<br />

lavagem e ressuspensão promovida pelas ondas e correntes. Na região <strong>do</strong> infra-litoral,<br />

os valores voltam a crescer, porém em geral são menores que aqueles observa<strong>do</strong>s no<br />

infra-litoral superior das praias.<br />

O autor evi<strong>de</strong>nciou ainda o fato <strong>de</strong> haver modificações na biomassa <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> às marés,<br />

sen<strong>do</strong> o efeito atribuí<strong>do</strong> à ressuspensão e transporte durante as marés altas e à<br />

<strong>de</strong>posição <strong>de</strong> microalgas durante as marés baixas. Tal observação é consistente com<br />

as afirmações feitas previamente na <strong>de</strong>scrição <strong>do</strong> Fitoplâncton marinho <strong>do</strong> PEXJ.<br />

Especificamente <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> PEXJ, David (1997) realizou amostragens na praia <strong>de</strong><br />

Paranapuã, ten<strong>do</strong> observa<strong>do</strong> valores médios <strong>de</strong> Clorofila-a (Chl-a) varian<strong>do</strong> entre 10 e<br />

25 mg/m 2 . Nesse estu<strong>do</strong>, o autor <strong>de</strong>monstrou que a biomassa é bastante variável,<br />

ten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a ser mais elevada nas regiões superiores (mesolitoral superior e<br />

supralitoral), <strong>de</strong>cain<strong>do</strong> na zona <strong>de</strong> espraiamento e voltan<strong>do</strong> a crescer no infralitoral.<br />

Zona Submersa (infra-litoral)<br />

Quanto à região permanentemente submersa, David (2003) realizou estu<strong>do</strong> na BS,<br />

com amostragens realizadas entre 1997 e 2001, ten<strong>do</strong> incluí<strong>do</strong> três pontos <strong>de</strong> coleta<br />

na área marinha <strong>do</strong> PEXJ (B10, B11 e B12). Nesse estu<strong>do</strong>, os valores <strong>de</strong> clorofila a nos<br />

sedimentos variaram entre 4 e 51 mgChl-a/m 2 , enquanto os valores <strong>de</strong> feopigmentos<br />

variaram <strong>de</strong> 0 a 109 mgPheo/m 2 . Outros estu<strong>do</strong>s conduzi<strong>do</strong>s na BS indicaram que os<br />

valores são relativamente altos (porém não excessivamente altos), oscilan<strong>do</strong> entre 1 e<br />

78 mgChl-a/m 2 e 0 a 31 mgPheo/m 2 na porção aberta (Sousa, 1979, 1985, 1998; Sousa<br />

e David, 1996; David, 1997; Fun<strong>de</strong>spa, 1999). Já nas áreas estuarinas e ocupadas por<br />

manguezal, os valores variaram entre 49 e 392 mgChl-a/m 2 e entre 78 e 359<br />

mgPheo/m 2 , po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s altos.<br />

Avaliação <strong>do</strong> <strong>Meio</strong> Biótico 174

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