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parque estadual xixová-japuí plano de manejo - Secretaria do Meio ...

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4.2.6.4. Consi<strong>de</strong>rações Finais<br />

Nota-se uma queda geral na biomassa <strong>de</strong> fitoplâncton na BS, consistente com os<br />

da<strong>do</strong>s climatológicos que apontam para redução das taxas <strong>de</strong> precipitação, o que por<br />

um la<strong>do</strong>, seria vantajoso para o controle <strong>de</strong> eutrofização. Todavia, a presença <strong>de</strong><br />

gêneros e espécies potencialmente tóxicas <strong>de</strong>ve ser levada em consi<strong>de</strong>ração em<br />

qualquer medida <strong>de</strong> <strong>manejo</strong> na região.<br />

Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se a eutrofização <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o sistema, recomenda-se a redução <strong>do</strong><br />

lançamento <strong>de</strong> resíduos sóli<strong>do</strong>s, efluentes industriais, esgotos <strong>do</strong>mésticos, através <strong>de</strong><br />

medidas <strong>de</strong> controle ambiental, em especial o tratamento <strong>do</strong>s efluentes industriais e<br />

<strong>do</strong>mésticos, a ampliação da re<strong>de</strong> coletora <strong>de</strong> esgotos, o controle das águas pluviais,<br />

entre outros.<br />

4.2.7. Zooplâncton<br />

Os inventários <strong>de</strong> espécies <strong>do</strong> zooplâncton da Baía e Canal <strong>de</strong> Santos, bem como da<br />

zona costeira da Baixada Santista são escassos. Recentemente esse conhecimento tem<br />

si<strong>do</strong> acresci<strong>do</strong> <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> impacto ambiental <strong>de</strong> dragagens e <strong>de</strong> empreendimentos<br />

no Porto <strong>de</strong> Santos, e <strong>de</strong> pesquisas isoladas <strong>de</strong>senvolvidas por universida<strong>de</strong>s<br />

particulares. O EcoSan (a influência <strong>do</strong> complexo estuarino da Baixada Santista sobre<br />

o ecossistema da plataforma continental adjacente), inicia<strong>do</strong> em 2005 pelo IO/ USP, é<br />

o projeto <strong>de</strong> pesquisa mais recente e abrangente a gerar esse tipo <strong>de</strong> da<strong>do</strong>.<br />

Carvalho (1952) apresenta a primeira lista <strong>de</strong> espécies <strong>de</strong> Copepoda da BS e<br />

adjacências. Seu trabalho teve como base a análise <strong>de</strong> 1.136 amostras coletadas entre<br />

1934 e 1945 na baía, entrada da barra e canal <strong>do</strong> estuário <strong>de</strong> Santos. As amostras<br />

foram obtidas com “re<strong>de</strong> <strong>de</strong> plâncton comum”, garrafa tipo Meyer ou re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

plâncton com malha <strong>de</strong> seda especial nº 00. Segun<strong>do</strong> o autor pre<strong>do</strong>minam espécies<br />

<strong>do</strong>s gêneros Oithona, Paracalanus, Euterpina, Corycaeus e, em alguns meses, Acartia.<br />

Possivelmente por cobrir um perío<strong>do</strong> longo <strong>de</strong> tempo, e com isso variações<br />

oceanográficas extremas, além <strong>de</strong> utilizar pontos <strong>de</strong> coleta na barra <strong>de</strong> Santos,<br />

Carvalho (1952) inclui em sua lista, espécies que não são frequentes na baía <strong>de</strong> Santos.<br />

Calanoi<strong>de</strong>s carinatus, por exemplo, é uma espécie associada à Água Central <strong>do</strong><br />

Atlântico Sul (ACAS), profunda, fria e rica em nutrientes (a ACAS permanece na<br />

região <strong>do</strong> talu<strong>de</strong> e só avança sobre o fun<strong>do</strong> da plataforma continental no verão,<br />

raramente alcançan<strong>do</strong> áreas tão rasas como a baía). Outras espécies listadas pelo<br />

autor são mais frequentes em áreas sob influência da Água Tropical (AT), da Corrente<br />

<strong>do</strong> Brasil (a AT, da região da quebra da plataforma e talu<strong>de</strong>, é superficial, quente e<br />

pobre em nutrientes e avança sobre a plataforma geralmente no inverno. Mas não<br />

apenas nessa época a AT tem muita influência sobre a composição <strong>do</strong> zooplâncton das<br />

áreas média e externa da plataforma continental). Assim, Undinula vulgaris,<br />

Subeucalanus subtenuis, Mecynocera clausi, Macrosetella gracilis e Sapphirina<br />

ovatolanceolata são espécies mais frequentes em áreas afastadas da costa.<br />

Carvalho (1952) já faz referência à poluição da água da região por <strong>de</strong>spejo <strong>de</strong> esgoto<br />

<strong>do</strong>méstico e presença <strong>de</strong> <strong>de</strong>tritos <strong>de</strong>correntes <strong>do</strong> tráfego <strong>de</strong> navios. O autor conclui<br />

que o zooplâncton da BS apresenta as mesmas características da comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mar<br />

Avaliação <strong>do</strong> <strong>Meio</strong> Biótico 168

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