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4.2.6.3. Grupos Fitoplanctônicos Potencialmente Tóxicos
Na Tabela 23 são apresentados os registros de presença e ausência de gêneros de
fitoplâncton comprovadamente com cepas tóxicas de outras regiões estuarinas do
Brasil e regiões subtropicais.
Tabela 23. Registros de presença e ausência de gêneros de fitoplâncton.
Espécie ou gênero ESV BSV BS ES GUA
Pseudonitzshia sp 2008 2007 2002, 2007
Prorocentrum spp 2007 2008 2004 2007 2007
Alexandrium sp 2008 2004 2002
Gymnodinium sp 2008
Dynophysis sp 2007 2008 2004 2007
Scrippsiella sp 2008
Trichodesmium sp 2006 2007
Estudos sobre a presença e ausência de espécies tóxicas em um ambiente são sempre
controversos. A pouca informação disponível não permite que se afirme, com base
estatística, se essas espécies nunca estiveram presentes. Regiões portuárias têm
sofrido historicamente o problema das chamadas espécies invasoras, causado pela
troca de água de lastro, o qual somente agora começa a ser reconhecido, e que pode
ser o principal fator relacionado com a presença de alguns gêneros. De qualquer
forma, essas espécies estão presentes e são capazes de apresentar riscos para os
organismos marinhos do Parque, bem como de quem os explora para consumo.
Em sumário, o panorama geral para a composição específica do fitoplâncton na região
mostra a presença contínua e episódica de florações de diatomáceas que crescem no
estuário (Skeletonema cf. costatum) e na região de praias arenosas adjacentes
(Asterionellopsis glacialis).
A quantidade de organismos fitoplanctônicos parece diminuir com o tempo, conforme
corroborado pelas medidas de concentração de clorofila-a. Ocorre um aumento de
flagelados, o qual pode estar ligado ao desvio do metabolismo para condições de
heterotrofia. A região de entorno da UC possui as condições necessárias para que
florações de espécies potencialmente tóxicas venha a ocorrer.
Climatologicamente, observa-se um período de menor agitação das massas de água
por ventos, juntamente com menores índices pluviométricos, o que permite o
crescimento de alguns dos microorganismos mencionados, já que estes possuem
preferência por águas mais salinas e condições mais estáveis. Essas condições, aliadas
ao constante fornecimento de matéria orgânica dissolvida através dos manguezais, dos
descartes de resíduos sólidos, efluentes industriais e esgotos domésticos, pode
promover cenários onde essas espécies consigam ter uma melhor adaptação, e
consequentemente se sobresaiam em relação as demais.
Avaliação do Meio Biótico 167