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parque estadual xixová-japuí plano de manejo - Secretaria do Meio ...

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preferencialmente Ficus, mas também po<strong>de</strong>mos encontrá-las consumin<strong>do</strong> os frutos <strong>de</strong><br />

outros vegetais como: Cecropia, Solanum, Piperaceae, Syagrus “coquinho” e<br />

Terminalia “castanholeira”, tornan<strong>do</strong>-se importante dispersor <strong>de</strong>ssas espécies<br />

(Nowak, 1994; Zortéa; Chiarello, 1994; Bredt et al., 1996). O esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> conservação<br />

para todas as espécies é <strong>de</strong> baixo risco (IUCN, 2009; São Paulo, 2008). Das cinco<br />

espécies <strong>de</strong>scritas, <strong>do</strong> gênero Glossophaga, três ocorrem no Brasil: G. commissarisi<br />

Gardner, 1962; G. longirostris Miller, 1898; G. soricina (Pallas, 1766). Vivem em<br />

pequenas colônias localizadas em edificações urbanas diversas, associa<strong>do</strong>s às outras<br />

espécies (Goodwin; Greenhall, 1961), bem como em áreas úmidas abertas, cavernas,<br />

fendas <strong>de</strong> rochas e ocos <strong>de</strong> árvores (Nowak, 1994). Geralmente, G. soricina é<br />

encontra<strong>do</strong> em colônias <strong>de</strong> 12 a 16 indivíduos <strong>de</strong> ambos os sexos (Goodwin;<br />

Greenhall, 1961). Dentre os animais <strong>de</strong> médio e gran<strong>de</strong> porte, foram registra<strong>do</strong>s tatugalinha<br />

Dasypus novemcinctus, preguiça Bradypus variegatus, cutia Dasyprocta aff. leporina,<br />

quati Nasua nasua, e sagüi Callithrix jacchus. Dentre estes, tatu, cutia e sagüi foram<br />

registra<strong>do</strong>s por méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> transecções e evidências indiretas; as <strong>de</strong>mais espécies<br />

foram registradas por méto<strong>do</strong> etnobiológico. Embora estes registros tenham gran<strong>de</strong><br />

valor, eles carecem <strong>de</strong> confirmação efetiva da presença das espécies por outras<br />

técnicas, mostran<strong>do</strong> que um esforço mais intenso e direciona<strong>do</strong> <strong>de</strong>ve ser emprega<strong>do</strong><br />

na área.<br />

Dasypus novemcinctus, possui a maior distribuição <strong>de</strong>ntre todas as espécies da sua<br />

or<strong>de</strong>m, porem é encontra<strong>do</strong> em baixas <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s principalmente perto <strong>de</strong><br />

ocupações humanas <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a sua caça. Ele ocorre <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o Sul <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s<br />

atravessan<strong>do</strong> a America Central até o noroeste da Argentina e <strong>do</strong> Uruguai. Se<br />

alimenta principalmente <strong>de</strong> invertebra<strong>do</strong>s, mas po<strong>de</strong> consumir material vegetal,<br />

vertebra<strong>do</strong>s pequenos, ovos e carniças (Reis et al., 2006). O tatu galinha tem hábito<br />

crepuscular e/ou noturno, mas também po<strong>de</strong> ser observa<strong>do</strong> durante o dia,<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> da temperatura <strong>do</strong> ambiente. Embora esta espécie seja muito caçada,<br />

ainda não sofre ameaça <strong>de</strong> extinção, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a sua ampla distribuição (Aguiar, 2004;<br />

IUCN, 2009; São Paulo, 2008). No presente estu<strong>do</strong> não foi avista<strong>do</strong> nenhum indivíduo<br />

da espécie, somente tocas e os restos <strong>de</strong> uma carcaça provavelmente vestígios <strong>de</strong><br />

caça. Foram observadas armadilhas tipo mundéu para captura <strong>de</strong> tatu, prática comum<br />

consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se a presença <strong>de</strong> silvícolas e outros caça<strong>do</strong>res no Parque. Segun<strong>do</strong><br />

La<strong>de</strong>ira (2001) a finalida<strong>de</strong> da caça entre os índios Guarani não se restringe<br />

exclusivamente ao consumo alimentar, mas também para preparos <strong>de</strong> remédios. Os<br />

da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> campo, portanto, evi<strong>de</strong>nciam que existe caça sobre essa espécie, colocan<strong>do</strong>a<br />

em risco, porém não se sabe se a prática é feita por indígenas ou por caça<strong>do</strong>res,<br />

sen<strong>do</strong> necessário incrementar os mecanismos <strong>de</strong> fiscalização para coibir tais práticas.<br />

Dasyprocta aff. leporina ocorre na bacia amazônica ao sul <strong>do</strong> rio Amazonas e no leste<br />

<strong>do</strong> Brasil, nos esta<strong>do</strong>s da Paraíba, Pernambuco, Bahia, Espírito Santo (da vertente leste<br />

da Serra <strong>do</strong> Espinhaço ao litoral), e nos esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro e São Paulo, entre a<br />

vertente leste da Serra <strong>do</strong> Mar e o litoral. As espécies <strong>de</strong> Dasyprocta têm hábito<br />

terrestre e se alimentam <strong>de</strong> frutas, sementes, raízes e várias plantas suculentas.<br />

Habitam florestas pluviais, florestas semi<strong>de</strong>cíduas, cerra<strong>do</strong>s, e caatingas geralmente<br />

com a distribuição associada aos cursos <strong>de</strong> água. As cutias são diurnas e<br />

crepusculares, sen<strong>do</strong> mais ativas no início da manhã e no final da tar<strong>de</strong>. Acumulam<br />

Avaliação <strong>do</strong> <strong>Meio</strong> Biótico 148

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