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4.2.2. Mamíferos Foram registradas 16 espécies de mamíferos terrestres pertencentes a sete ordens distintas no PE Xixová-Japuí (Tabela 22). A mastofauna encontra-se bem depauperada em termos de composição, sendo 13 espécies nativas, duas domésticas, Canis lupus, e Felis catus e uma sinantrópica Rattus rattus albino. Dentre as 13 espécies nativas, oito representam pequenos mamíferos não voadores e voadores das ordens Didelphimorphia, Rodentia e Chiroptera; as cinco espécies restantes são animais de médio porte, pertencentes às ordens Pilosa, Cingulata, Primates, Rodentia e Carnivora, todas com apenas uma espécie. Em se tratando de pequenos mamíferos, foram capturados quatro exemplares de gambá, Didelphis aurita , e três indivíduos de Oligoryzomys cf. nigripes ao longo de todo o período amostral. Na trilha I, IV e V não foi capturado nenhum indivíduo durante os dias de amostragem; na trilha II foram capturados dois indivíduos de Oligoryzomys cf. nigripes e um indivíduo de gambá; ao longo desta trilha, esta espécie também foi registrada através de pegadas nas parcelas de areia. Na trilha III foram capturados três indivíduos de gambá, além de um exemplar de Oligoryzomys cf. nigripes Na aldeia indígena foi registrada a presença de Rattus rattus albino. Trata-se de uma espécie exótica de roedor, comumente utilizada em laboratórios e biotérios como cobaias e também na alimentação de espécies como cobras, jacarés entre outras. O exemplar em questão era um animal de estimação de uma das crianças indígenas. O gambá Didelphis aurita, é comumente encontrado em áreas com ocupação humana, por se adaptar muito bem as mudanças no ambiente, vivendo até em grandes centros urbanos. Ele é encontrado na porção leste do Brasil, do estado de Alagoas a Santa Catarina, estendendo-se até o Mato Grosso do Sul, ocupando ainda o sudeste do Paraguai e a província de Misiones, na Argentina (Reis et al., 2006). O gambá possui uma dieta onívora, com certa variação no consumo de itens como aves, répteis, pequenos mamíferos, vários invertebrados, sementes e frutos. É uma espécie bastante comum em toda a sua área de distribuição. Possui hábito noturno e solitário. O gambá Didelphis aurita é considerado como uma espécie de baixo risco de extinção e altamente tolerante à perturbação ambiental, ocorrendo mesmo em áreas bastante degradadas. Tabela 22. Espécies de mamíferos registradas no PE Xixová-Japuí. Ordem Didelphi morphia Cingulata Família Didelphidae Dasypodidae Didelphis aurita Espécie Dasypus novemcinctus Nome Popular Fonte de dados Categoria de ameaça* Gambá Ca/Eb Br Nativo II, III Tatugalinha Ve/Eb Br Nativo Avaliação do Meio Biótico 145 Origem Trilhas I, II, III, IV
Rodentia Chiroptera Carnivora Ordem Pilosa Primates Família Bradypodidae Espécie Bradypus variegatus Nome Popular Fonte de dados Categoria de ameaça* Preguiça Eb Br Nativo II, IV Cebidae Callithrix sp. Mico, sagüi Vi/Eb Br Alóctone III Muridae Cricetidae Dasyproctidae Mus musculus Oligoryzomys sp. Dasyprocta aguti Rato doméstico Rato do mato Vi - Alóctone II Ca Br Nativo II, III Cutia Vi/Eb Br Nativo Avaliação do Meio Biótico 146 Origem Trilhas I, II, III, Phyllostomidae Artibeus sp. Morcego Ca Br Nativo I, II Phyllostomidae Artibeus sp. Morcego Ca Br Nativo I, II Phyllostomidae Phyllostomidae Phyllostomidae Carollia perspicillata Anoura caudifer Glossophaga soricina Vespertillionidae Myotis nigricans Felidae Felis catus Morcego Ca Br Nativo I, II, IV Morcego Ca Br Nativo I Morcego Ca Br Nativo IV Morcego Ca Br Nativo I Gato doméstico Vi - Alóctone II, III Canidae Canis lupus Cachorro Vi - Alóctone IV I, II, III, IV Procyonidae Nasua nasua Quati Eb Br Nativo I, II Ca - captura; Ra - rastros e marcas; Ve - vestígios (fezes, ossos, pêlos, buracos, predação); Vi - visual; Vo - vocalização; Eb – etnobiologia. Grau de ameaça: Br – Baixo risco; Vu – Vulnerável; P – Perigo. As espécies de rato-do-mato do gênero Oligoryzomys são muito diversas e de difícil identificação. No Brasil há registros de nove espécies ocorrentes deste gênero; O. chacoensis (Myers; Carleton, 1981), O.flavescens (Waterhouse, 1837), O.fornesi (Massoia, 1973), O.fulvescens (Saussure, 1860), O.microtis (J.A. Allen, 1916), O.moojeni Weksler; Bonvicino, 2005, O.nigripes (Olfers, 1818), O.rupestris Weksler; Bonvicino, 2005 e O.stramineus Bonvicino; Weksler, 1998. Possivelmente a espécie amostrada se trata de O. cf. nigripes, pois é a espécie mais comum no leste do Brasil e uma das mais tolerantes às perturbações ambientais (Graipel et al., 2003). As espécies de Oligoryzomys possuem hábitos terrestres habitando formações florestais e formações vegetais abertas da Floresta Amazônica, Mata Atlântica, Cerrado, Catinga, e Pantanal (Reis et al., 2006). Algumas espécies têm ampla distribuição geográfica e ocorrem em vegetações alteradas, podendo ser comuns, mas não abundantes. Um dos grupos mais
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PARQUE ESTADUAL XIXOVÁ-JAPUÍ PLAN
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O primeiro passo é responder à pe
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Mata Atlântica e Zona Costeira, de
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JACOBI, Pedro. Educação ambiental
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RYLANDS, A. B. & FARIA, D. S., 1993
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SÃO VICENTE. Lei nº 66-A de 21 de
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FONSECA (eds.), Ecology and Behavio
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WILLIS, E. O. 1974. Populations and
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