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parque estadual xixová-japuí plano de manejo - Secretaria do Meio ...

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trechos consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s <strong>de</strong>grada<strong>do</strong>s correspon<strong>de</strong>m a 36,58 ha <strong>do</strong> PEXJ e se encontram<br />

em sua maior parte em estágio inicial <strong>de</strong> regeneração.<br />

As variações fisionômicas para os setores <strong>do</strong> PEXJ ocorrem <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a fatores distintos,<br />

sen<strong>do</strong> eles o isolamento <strong>de</strong> alguns trechos, como as áreas voltadas ao oceano, áreas<br />

com acesso controla<strong>do</strong> (p.ex. se<strong>de</strong> <strong>do</strong> PEXJ e área <strong>do</strong> Exército), áreas <strong>de</strong> fácil acesso<br />

(trecho que leva à praia <strong>de</strong> Itaquitanduva e trilha da Pedreira), áreas com práticas<br />

militares (área <strong>do</strong> Exército), além <strong>de</strong> fatores relaciona<strong>do</strong>s ao próprio histórico da<br />

área, que data da época da colonização (ver Introdução e Capítulo 5).<br />

De mo<strong>do</strong> geral, as trilhas e estradas existentes no interior da UC apresentam uma<br />

vegetação resultante <strong>de</strong> processos naturais <strong>de</strong> sucessão, cuja supressão parcial da<br />

vegetação primária ocorreu <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> às ações antrópicas, e posteriormente por ações<br />

naturais (invasões <strong>de</strong> espécies e ações <strong>do</strong> efeito <strong>de</strong> borda), sen<strong>do</strong> que há espécies<br />

vegetais arbóreas remanescentes da vegetação primária, o que caracteriza a vegetação<br />

como secundária. Os estágios <strong>de</strong> regeneração secundária são varia<strong>do</strong>s para os setores<br />

da UC, sen<strong>do</strong> que é evi<strong>de</strong>nte a pressão antrópica sobre a vegetação em diversos<br />

trechos <strong>do</strong> PEXJ, interferin<strong>do</strong> na dinâmica natural das espécies vegetais.<br />

Dentre as principais pressões são observadas coletas seletivas para diversas<br />

finalida<strong>de</strong>s, principalmente para uso medicinal (urtigas, pariparoba etc.) e ornamental<br />

(orquí<strong>de</strong>as e bromélias) e até para o estabelecimento <strong>de</strong> armadilhas para caça. Nas<br />

áreas utilizadas para práticas militares também foram i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s trechos com corte<br />

raso <strong>do</strong> estrato médio e herbáceo, manten<strong>do</strong>-se somente as espécies <strong>do</strong> <strong>do</strong>ssel.<br />

Moura; Pastore; Franco (2007) relatam que embora o palmito juçara (Euterpe edulis)<br />

seja <strong>de</strong> ampla distribuição na Mata Atlântica, no PEXJ essa espécie é <strong>de</strong> difícil<br />

constatação, provavelmente, pela coleta para uso como alimento. Durante a AER não<br />

foi observada a presença da espécie nos setores amostra<strong>do</strong>s, porém há relatos <strong>de</strong><br />

mora<strong>do</strong>res que a espécie ainda ocorre no PEXJ. Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> tal diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

fatores atuan<strong>do</strong> sobre a dinâmica da comunida<strong>de</strong> vegetal, compreen<strong>de</strong>-se como<br />

fundamental o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s mais aprofunda<strong>do</strong>s para a caracterização<br />

<strong>do</strong>s estágios <strong>de</strong> regeneração da vegetação.<br />

O que se po<strong>de</strong> inferir é que os processos regenerativos em vários trechos da UC<br />

estão comprometi<strong>do</strong>s, o que po<strong>de</strong>rá levar à extinção local <strong>de</strong> espécies com<br />

populações naturalmente pequenas ou <strong>de</strong> ciclo <strong>de</strong> vida curto, além <strong>de</strong> promover a<br />

invasão <strong>de</strong> espécies exóticas ao local, o que é evi<strong>de</strong>nte na área <strong>do</strong> PEXJ.<br />

4.2.1.2. Caracterização Florística <strong>do</strong> Parque Estadual Xixová-Japuí<br />

Com base nos da<strong>do</strong>s secundários, soma<strong>do</strong> aos obti<strong>do</strong>s na AER, foram i<strong>de</strong>ntificadas um<br />

total <strong>de</strong> 456 espécies vegetais, compreen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> 294 gêneros e 106 famílias.<br />

Desse total 375 (82%) espécies são eudicotiledôneas, 62 (13,5%) monocotiledôneas,<br />

19 (4%) pteridófitas e uma (0,2%) gimnosperma (Figura 62). A lista completa com as<br />

espécies <strong>de</strong> ocorrência no PEXJ, com informações referentes a polinização, síndrome<br />

<strong>de</strong> dispersão, hábito, nome popular, valor (ornamental, paisagístico, medicinal, entre<br />

outros) e fonte constam no Anexo 4.<br />

Avaliação <strong>do</strong> <strong>Meio</strong> Biótico 137

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