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parque estadual xixová-japuí plano de manejo - Secretaria do Meio ...

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A transição da FODSM para FODTB é gradual e <strong>de</strong> difícil <strong>de</strong>limitação na<br />

fotointerpretação, sen<strong>do</strong> a<strong>do</strong>tada a variação altidudinal como critério para o<br />

estabelecimento <strong>de</strong> seus limites. A FODTB ocupa uma área <strong>de</strong> 190,39 ha da porção<br />

terrestre da UC, abrangen<strong>do</strong> áreas em estágio inicial, médio e avança<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

regeneração. De maneira similar a FODSM, a FODTB possui trechos com diferentes<br />

históricos <strong>de</strong> perturbações, o que influencia diretamente na sua fisionomia.<br />

Há quatro blocos distintos para essa fisionomia na UC. O primeiro situa-se no setor<br />

Japuí, associa<strong>do</strong> à praia <strong>de</strong> Paranapuã, apresentan<strong>do</strong> um estágio mais avança<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

regeneração <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao isolamento <strong>do</strong> setor. Contornan<strong>do</strong> o costão, em senti<strong>do</strong> à<br />

praia <strong>de</strong> Itaquitanduva, há um trecho <strong>de</strong> contato direto com o ambiente marinho, com<br />

fisionomia arbórea <strong>do</strong>minante e um estrato médio característico, com poucas lianas e<br />

epífitas e com a presença <strong>de</strong> algumas palmeiras. No estrato inferior observa-se o<br />

surgimento <strong>de</strong> plântulas relacionadas às espécies <strong>do</strong> estrato arbóreo superior.<br />

Durante a AER foram observadas manchas <strong>de</strong> Artocarpus heterophyllus (jaqueira), com<br />

um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> plântulas associa<strong>do</strong>. Passan<strong>do</strong> a praia <strong>de</strong> Itaquitanduva,<br />

associa<strong>do</strong> ao setor Itaipu, há uma formação com evi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong>minância <strong>de</strong> palmeiras da<br />

espécie Syagrus pseu<strong>do</strong>cocos (coco-amargoso), distinguin<strong>do</strong> a fisionomia neste trecho.<br />

Essa alta <strong>do</strong>minância é um indicativo <strong>de</strong> que esse trecho da floresta foi fortemente<br />

perturba<strong>do</strong>, visto que as palmeiras são importantes componentes da vegetação <strong>de</strong><br />

áreas com essa característica (Deslow, 1996). Esse fato provavelmente está<br />

correlaciona<strong>do</strong> com o histórico local, abrigan<strong>do</strong> monumentos históricos associa<strong>do</strong>s ao<br />

Exército Brasileiro (ver Introdução). Por último, há um trecho <strong>de</strong> FODTB voltada ao<br />

ambiente urbano, cuja ação antrópica é mais significativa, influencian<strong>do</strong> na composição<br />

florística, com a presença <strong>de</strong> espécies exóticas e pioneiras, bem como <strong>de</strong> muitas<br />

trilhas <strong>de</strong> acesso ao PEXJ e ocupações antrópicas configuran<strong>do</strong> um mosaico<br />

diferencia<strong>do</strong> <strong>de</strong> usos.<br />

A maior área em estágio inicial <strong>de</strong> sucessão vegetal correspon<strong>de</strong> ao trecho que dá<br />

acesso a praia <strong>de</strong> Itaquitanduva, com 12,23 ha, ao qual se associam trechos que<br />

originalmente compreen<strong>de</strong>riam Florestas Ombrófilas Densas Submontana e <strong>de</strong> Terras<br />

Baixas. As <strong>de</strong>mais se encontram altamente <strong>de</strong>gradadas, sen<strong>do</strong> que em alguns casos há<br />

processos erosivos avança<strong>do</strong>s. Em relação às áreas <strong>de</strong>gradadas, ora são abertas<br />

conforme referi<strong>do</strong> acima, ora são formadas por manchas <strong>de</strong> bambus, impedin<strong>do</strong> a<br />

sucessão vegetacional.<br />

Dentre as áreas em diferentes estádios sucessionais localizadas no PEXJ, vale enfatizar<br />

o trecho associa<strong>do</strong> à praia <strong>de</strong> Paranapuã (setor Japuí), on<strong>de</strong> há <strong>do</strong>is principais estan<strong>de</strong>s<br />

vegetacionais sobre o cordão arenoso forma<strong>do</strong> por Dalbergia ecastaphylla<br />

(marmeleiro-da-praia) e Hibiscus pernambucencis (algodão-da-praia), adjacentes a uma<br />

área aberta com pre<strong>do</strong>mínio <strong>de</strong> gramíneas e presença <strong>de</strong> algumas espécies arbóreas<br />

isoladas (p.ex. Schinus terebinthifolius (aroeirinha); Mimosa bimucrunata (maricá), entre<br />

outras espécies herbáceas e arbustivas (p.ex. Sophora tomentosa (feijão-<strong>de</strong>-praia);<br />

Crotalaria pallida (guizo-<strong>de</strong>-cascavel); Tibouchina clavata (orelha-<strong>de</strong>-onça). Esse trecho<br />

correspon<strong>de</strong>ria à Formação Arbórea/Arbustiva-herbácea sobre Sedimentos Marinhos<br />

Recentes, sen<strong>do</strong> observa<strong>do</strong>s trechos em estágio médio <strong>de</strong> regeneração e outros em<br />

estágio inicial. Essa área correspon<strong>de</strong> a 4,85 ha da porção terrestre <strong>do</strong> PEXJ. Os<br />

Avaliação <strong>do</strong> <strong>Meio</strong> Biótico 136

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