13.04.2013 Views

parque estadual xixová-japuí plano de manejo - Secretaria do Meio ...

parque estadual xixová-japuí plano de manejo - Secretaria do Meio ...

parque estadual xixová-japuí plano de manejo - Secretaria do Meio ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

4.2.1. Caracterização Fitofisionômica <strong>do</strong> PE Xixová-Japuí<br />

Os resulta<strong>do</strong>s apresenta<strong>do</strong>s nos Inventários Florestais <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo (São<br />

Paulo, 2005; 2007) compreen<strong>de</strong>m a área <strong>do</strong> PEXJ, porém, em uma escala pouco<br />

<strong>de</strong>talhada para se apontar estratégias voltadas à gestão da UC.<br />

Com base na fotointerpretação, subsidiada com imagens aéreas oblíquas da UC, e na<br />

verda<strong>de</strong> terrestre, verificou-se que o PEXJ se caracteriza como um mosaico <strong>de</strong> usos<br />

da terra, possuin<strong>do</strong> áreas com cobertura vegetal em diversos estágios sucessionais,<br />

além <strong>de</strong> trechos com a presença <strong>de</strong> praias, costões rochosos e ocupações antrópicas.<br />

A cobertura da vegetação natural pre<strong>do</strong>minante é formada por Floresta Ombrófila<br />

Densa Submontana (FODSM), segui<strong>do</strong> <strong>de</strong> Floresta Ombrófila Densa <strong>de</strong> Terras Baixas<br />

(FODTB). As áreas mais íntegras se encontram nos topos <strong>de</strong> morro e compreen<strong>de</strong>m<br />

a FODSM, sen<strong>do</strong> que a maior parte da vegetação <strong>do</strong> PEXJ é secundária, em diversos<br />

estágios <strong>de</strong> sucessão. Porém, alguns trechos da UC consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s como secundários<br />

na literatura (São Paulo, 2005; 2007) estão em sua maioria em estágio inicial <strong>de</strong><br />

regeneração e altamente <strong>de</strong>grada<strong>do</strong>s 12 , sen<strong>do</strong> que a formação é representada, na<br />

maioria, por áreas abertas com pre<strong>do</strong>mínio <strong>de</strong> gramíneas, com espécies arbóreas<br />

isoladas, muitas vezes representadas por Psidium guajava e/ou Tibouchina mutabilis.<br />

Essas áreas estão distribuídas em formação original <strong>de</strong> FODSM, FODTB e Formação<br />

Arbórea/Arbustiva-herbácea sobre Sedimentos Marinhos Recentes.<br />

Em linhas gerais, a Floresta Ombrófila Densa ocorre em áreas <strong>de</strong> elevadas<br />

temperaturas, com médias acima <strong>de</strong> 25ºC, e <strong>de</strong> alta precipitação distribuída durante o<br />

ano, <strong>de</strong> 0 a 60 dias secos, em varia<strong>do</strong>s tipos <strong>de</strong> solos. Esse tipo vegetacional é<br />

subdividi<strong>do</strong> nas formações aluvial, <strong>de</strong> terras baixas, sub-montana, montana e altomontana<br />

(IBGE, 1992). É caracterizada pela presença <strong>de</strong> fanerófitos (macro e<br />

mesofanerófitos), além <strong>de</strong> lianas lenhosas e epífitas em abundância, sen<strong>do</strong> que a<br />

característica ecológica principal resi<strong>de</strong> nos ambientes ombrófilos que marcam a<br />

região florística florestal (Veloso; Rangel Filho; Lima, 1991).<br />

Ainda <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com os autores, a FODSM caracteriza-se por apresentar uma<br />

vegetação arbórea cujo <strong>do</strong>ssel po<strong>de</strong> alcançar entre 25 a 30 metros, com sub-bosque<br />

integra<strong>do</strong> por plântulas <strong>de</strong> regeneração natural, poucos nanofanerófitos e caméfitos,<br />

além da presença <strong>de</strong> palmeiras <strong>de</strong> pequeno porte e lianas herbáceas em maior<br />

quantida<strong>de</strong>. No caso <strong>do</strong> PEXJ, a FODSM apresenta um <strong>do</strong>ssel contínuo com uma<br />

fisionomia arbórea <strong>do</strong>minante, e presença <strong>de</strong> árvores com uma distribuição diamétrica<br />

variada, com indivíduos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte, associa<strong>do</strong>s a outros que compõe um estrato<br />

diferencia<strong>do</strong>. Em alguns trechos mais isola<strong>do</strong>s são observadas epífitas.<br />

A FODTB ocupa as planícies costeiras formadas por sedimentos arenosos<br />

<strong>de</strong>posita<strong>do</strong>s por origem oceânica (<strong>de</strong>riva litorânea (Villwock et al., 2005) – constitui<br />

um <strong>do</strong>s processos mais significativos <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> sedimentos ao longo da costa)<br />

e por <strong>de</strong>posição aluvial que contém sedimentos <strong>de</strong> origem das serras costeiras. Esses<br />

12 A <strong>de</strong>nominação área <strong>de</strong>gradada a<strong>do</strong>tada neste <strong>plano</strong>, fundamenta-se no contexto aplica<strong>do</strong> ao <strong>manejo</strong><br />

necessário para a restauração ecológica <strong>de</strong>sses ambientes, os quais se encontram em estágios iniciais <strong>de</strong><br />

sucessão, para retomada das características originais da vegetação. Noffs (2000) consi<strong>de</strong>ra como área <strong>de</strong>gradada<br />

aquela que por ação natural ou antrópica teve suas características originais alteradas além <strong>do</strong> limite <strong>de</strong><br />

recuperação natural <strong>do</strong>s solos, exigin<strong>do</strong>, assim, a intervenção humana para sua recuperação.<br />

Avaliação <strong>do</strong> <strong>Meio</strong> Biótico 134

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!