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parque estadual xixová-japuí plano de manejo - Secretaria do Meio ...

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Em relação à lista nacional <strong>de</strong> aves ameaçadas, um total <strong>de</strong> 160 táxons é consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>,<br />

no entanto a lista brasileira também consi<strong>de</strong>ra as subespécies ameaçadas, o que em<br />

parte po<strong>de</strong> explicar as diferenças em relação à lista global. Essas características fazem<br />

<strong>do</strong> Brasil um país chave para a conservação das aves. Entre os biomas brasileiros a<br />

maioria das áreas mais importantes para a conservação das aves situa-se ao longo da<br />

Mata Atlântica, que concentra cerca <strong>de</strong> 90 % <strong>de</strong> todas as aves ameaçadas no país.<br />

De um total <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 688 espécies encontradas na Mata Atlântica, 181 são endêmicas,<br />

e mais <strong>de</strong> 50% vivem quase exclusivamente em habitats pouco altera<strong>do</strong>s (Goerck, 1997).<br />

Apesar <strong>do</strong> longo histórico <strong>de</strong> <strong>de</strong>struição, o número <strong>de</strong> espécies <strong>de</strong> aves que<br />

atualmente po<strong>de</strong> ser encontra<strong>do</strong> nos remanescentes <strong>de</strong> floresta é praticamente o<br />

mesmo <strong>do</strong> que era encontra<strong>do</strong> originalmente (Brooks e Balmford, 1996). Contu<strong>do</strong>, se<br />

em termos <strong>de</strong> número <strong>de</strong> espécies as perdas foram pequenas, em termos<br />

populacionais muitas espécies sofreram sérias reduções. Um total <strong>de</strong> 415 espécies <strong>de</strong><br />

aves é consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> raro <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao pequeno tamanho populacional, restrição <strong>de</strong><br />

hábitat ou distribuição geográfica restrita (Goerck, 1997). Alguns fatores naturais,<br />

como a ecologia e história evolutivas das aves po<strong>de</strong>m explicar esse padrão <strong>de</strong><br />

rarida<strong>de</strong>, contu<strong>do</strong> os <strong>de</strong>smatamentos e outras alterações causadas pelo homem<br />

também contribuem significativamente para a rarida<strong>de</strong> <strong>de</strong> muitas espécies. O<br />

conhecimento sobre as aves na Mata Atlântica aumentou consi<strong>de</strong>ravelmente nos<br />

últimos 10 anos, e novas espécies ainda estão sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>scritas no bioma; entre os anos<br />

<strong>de</strong> 1996 e 2004, 19 novas espécies foram <strong>de</strong>scritas no Brasil, sen<strong>do</strong> nove na Mata<br />

Atlântica (Marini; Garcia, 2005).<br />

Anfíbios<br />

Os anfíbios são vertebra<strong>do</strong>s que apresentam gran<strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> espécies, com<br />

6.433 espécies conhecidas atualmente em to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>, divididas entre as or<strong>de</strong>ns<br />

Caudata (salamandras; 580 espécies), Gymnophiona (cecílias ou cobras-cegas; 174<br />

espécies) e Anura (sapos, rãs e pererecas; 5.679 espécies) (Frost, 2009).<br />

Os anfíbios apresentam a maior diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mo<strong>do</strong>s reprodutivos e <strong>de</strong> história <strong>de</strong><br />

vida entre os vertebra<strong>do</strong>s terrestres e ocorrem em quase to<strong>do</strong>s os ambientes <strong>de</strong> água<br />

<strong>do</strong>ce e terrestres, com exceção <strong>de</strong> algumas ilhas oceânicas e regiões próximas aos<br />

círculos polares (Duellman; Trueb, 1994; Haddad; Pra<strong>do</strong>, 2005). Muitas espécies <strong>de</strong><br />

anfíbios apresentam alta especificida<strong>de</strong> <strong>de</strong> hábitat, baixa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento e<br />

<strong>de</strong>pendência da água ou <strong>de</strong> microhábitats úmi<strong>do</strong>s para reprodução (Duellman; Trueb,<br />

1994; Haddad; Pra<strong>do</strong>, 2005; Lima et al., 2006). Além disso, são especialmente sensíveis<br />

por apresentarem ovos e larvas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes da água ou <strong>de</strong> ambientes úmi<strong>do</strong>s para a<br />

metamorfose e respiração cutânea, realizan<strong>do</strong> intensa troca <strong>de</strong> água com o ambiente<br />

(Duellman, 1994; Marco, 2003). Essas características fazem com que os anfíbios sejam<br />

um grupo extremamente vulnerável a variações ambientais, incluin<strong>do</strong> a <strong>de</strong>struição,<br />

alteração e fragmentação <strong>de</strong> seus hábitats (Lips, 1999; Bosch, 2003). Assim, o grupo<br />

po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> como indica<strong>do</strong>r <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> ambiente (e.g., Blaustein;<br />

Wake, 1995; Beebee, 1996; Guerry; Hunter, 2002; Krishnamurthy, 2003).<br />

O <strong>de</strong>clínio <strong>de</strong> várias populações <strong>de</strong> anfíbios tem si<strong>do</strong> <strong>do</strong>cumenta<strong>do</strong> em várias regiões<br />

<strong>do</strong> planeta nas últimas décadas (Wake, 1991; Crump et al., 1992; Pounds; Crump,<br />

Avaliação <strong>do</strong> <strong>Meio</strong> Biótico 131

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