13.04.2013 Views

parque estadual xixová-japuí plano de manejo - Secretaria do Meio ...

parque estadual xixová-japuí plano de manejo - Secretaria do Meio ...

parque estadual xixová-japuí plano de manejo - Secretaria do Meio ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Segun<strong>do</strong> Veloso et al. (1991), as condições ambientais que <strong>de</strong>terminam o tipo<br />

vegetacional apresentam relação com latitu<strong>de</strong> e altitu<strong>de</strong>. Ao nível <strong>do</strong> mar a<br />

temperatura <strong>de</strong>cai em 2ºC a cada 10º <strong>de</strong> latitu<strong>de</strong> e vai diminuin<strong>do</strong> com maior<br />

intensida<strong>de</strong> na Zona Subtropical. O gradiente vertical varia <strong>de</strong> 1 ºC para cada 100 m<br />

<strong>de</strong> altitu<strong>de</strong>, porém esta relação é mais acentuada nas latitu<strong>de</strong>s maiores. Com base<br />

nessa variação, Veloso et al. (1991) estabeleceram quatro faixas altimétricas variáveis<br />

conforme a latitu<strong>de</strong>: Alto-Montana, Montana, Submontana e Terras Baixas. De acor<strong>do</strong><br />

com esta classificação não é possível diferenciar as florestas que recobrem a vertente<br />

oci<strong>de</strong>ntal das Serras <strong>do</strong> Mar e <strong>de</strong> Paranapiacaba daquelas que ocorrem na vertente<br />

oriental, ambas receben<strong>do</strong> a <strong>de</strong>nominação <strong>de</strong> Floresta Ombrófila Densa Montana.<br />

Contu<strong>do</strong>, à medida que se afasta <strong>do</strong> oceano e a<strong>de</strong>ntra o Planalto Atlântico, a Floresta<br />

Ombrófila Densa sofre uma influência progressivamente maior da Floresta Estacional<br />

Semi<strong>de</strong>cídua e se diferencia floristicamente das florestas da vertente oriental.<br />

Este aspecto da vegetação é consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> no sistema <strong>de</strong> classificação <strong>de</strong> Eiten (1970),<br />

que <strong>de</strong>nomina Floresta Sempre-Ver<strong>de</strong> <strong>do</strong> Planalto para as florestas que recobrem a<br />

porção oci<strong>de</strong>ntal das Serras <strong>do</strong> Mar e <strong>de</strong> Paranapiacaba, inician<strong>do</strong>-se na crista da Serra<br />

<strong>do</strong> Mar e esten<strong>de</strong>n<strong>do</strong>-se para o interior <strong>do</strong> Planalto Atlântico. São florestas <strong>de</strong><br />

transição, situadas entre as Florestas Estacionais Semi<strong>de</strong>cíduas, típicas <strong>do</strong> interior <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong>, e as Florestas Ombrófilas que recobrem a Serrania Costeira. O gradiente entre<br />

uma ou outra formação está associa<strong>do</strong> às variações no regime pluviométrico e substrato<br />

(Mantovani, 1993). Além das formações vegetais há uma série <strong>de</strong> ecossistemas<br />

associa<strong>do</strong>s como campos <strong>de</strong> dunas, ilhas, recifes, costões rochosos, baias, estuários,<br />

brejos, falésias e baixios. Muitos <strong>de</strong>les, como praias, restingas, lagunas e manguezais,<br />

embora tenham ocorrência constante, apresentam tal varieda<strong>de</strong> biótica que a<br />

aparente homogeneida<strong>de</strong> em suas fácies ecológicas apenas oculta especificida<strong>de</strong>s<br />

florísticas e faunísticas vinculadas às gêneses diferenciadas <strong>do</strong>s ambientes em tão longo<br />

trecho litorâneo (Cima, 1991).<br />

4.1.1. Riqueza <strong>de</strong> Espécies da Mata Altântica<br />

A composição <strong>de</strong> espécies em um ecossistema resulta da influência <strong>de</strong> vários<br />

parâmetros ambientais, bem como das interações bióticas entre os seus<br />

componentes, modulan<strong>do</strong> o tamanho e a sobreposição <strong>de</strong> sua área <strong>de</strong> ocorrência.<br />

Assim, algumas espécies são endêmicas a <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s ecossistemas, ou até mesmo<br />

raras e sob ameaça <strong>de</strong> extinção, o que remete a premente necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu <strong>manejo</strong><br />

populacional, como também da preservação <strong>do</strong> ambiente que ocupam (Pinheiro et al.,<br />

2008).<br />

4.1.1.1. Flora<br />

Na flora brasileira, as angiospermas apresentam entre 40.000 a 50.000 espécies e as<br />

pteridófitas, 1.200-1.300 espécies, segun<strong>do</strong> estimativas.. Para a Mata Atlântica “sensu<br />

lato” no país, Scu<strong>de</strong>ller (2002) apresenta uma lista <strong>de</strong> 2.410 espécies arbóreas.<br />

Os levantamentos preliminares da Flora Fanerogâmica <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo nos<br />

herbários <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>, apontam aproximadamente 7.500 espécies <strong>de</strong> plantas<br />

Avaliação <strong>do</strong> <strong>Meio</strong> Biótico 129

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!