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parque estadual xixová-japuí plano de manejo - Secretaria do Meio ...

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Com base na Figura 59 po<strong>de</strong>-se inferir tendência para afinamento (acréscimo <strong>do</strong><br />

diâmetro médio na escala phi), piora <strong>de</strong> seleção (sutil aumento nos valores <strong>de</strong> <strong>de</strong>svio<br />

padrão), diminuição da assimetria e da curtose. Neste caso, como se trata <strong>de</strong><br />

tendência <strong>de</strong>tectada transversalmente à sucessão <strong>de</strong> amostras, <strong>do</strong> ambiente estuarino<br />

para o ambiente marinho, a interpretação é <strong>de</strong> retrabalhamento sedimentar seletivo<br />

durante o transporte <strong>do</strong>s sedimentos. Assim, a variação <strong>de</strong> granulometria reflete o<br />

processo <strong>de</strong> transporte pela ação <strong>de</strong> ondas nos pontos volta<strong>do</strong>s para a área mais<br />

aberta <strong>de</strong> baía, enquanto que na <strong>de</strong>sembocadura <strong>do</strong> estuário, área mais protegida, a<br />

ação <strong>de</strong> correntes é o transporte <strong>do</strong>minante.<br />

Bioclastos carbonáticos e fósseis associa<strong>do</strong>s<br />

Na área <strong>do</strong> PE Xixová-Japuí foi i<strong>de</strong>ntificada uma concentração <strong>de</strong> bioclastos<br />

carbonáticos na praia <strong>de</strong> Itaquitanduva; e na área <strong>do</strong> entorno foram i<strong>de</strong>ntificadas<br />

acumulações na ilha das Palmas e na praia <strong>do</strong> Góes. Fósseis <strong>de</strong> organismos marinhos<br />

foram i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s na área <strong>de</strong> entorno <strong>do</strong> PEXJ, porém não <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> seus limites.<br />

Os bioclastos coleta<strong>do</strong>s na praia <strong>de</strong> Itaquitanduva foram fragmentos <strong>de</strong> moluscos<br />

bivalves, fragmentos <strong>de</strong> cirripédios e espinhos <strong>de</strong> ouriços . Os bioclastos coleta<strong>do</strong>s na<br />

ilha das Palmas foram fragmentos <strong>de</strong> moluscos bivalves, fragmentos <strong>de</strong> cirripédios e<br />

espinhos <strong>de</strong> ouriços. Os bioclastos coleta<strong>do</strong>s na praia <strong>do</strong> Góes foram fragmentos <strong>de</strong><br />

moluscos bivalves, fragmentos <strong>de</strong> cirripédios (gêneros Balanus, Megabalanus e<br />

Tetraclita), Scaphopoda, e entre os fósseis i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s <strong>de</strong>stacam-se gastrópo<strong>de</strong>s<br />

coloniais vermetí<strong>de</strong>os, corais <strong>do</strong>s gêneros Astrangia, Madracis e Phylangia e <strong>de</strong>ntes<br />

fósseis <strong>de</strong> elasmobrânquios.<br />

3.5.3. Massas D’água e Correntes Oceânicas<br />

A área marinha <strong>do</strong> PEXJ é influenciada diretamente pelo Complexo Estuarino <strong>de</strong><br />

Santos, sobretu<strong>do</strong> pelo aporte <strong>de</strong> águas continentais drenadas por seu braço Oeste<br />

(Canal <strong>de</strong> São Vicente). A proximida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ilhas, pequenas enseadas <strong>de</strong> praias<br />

arenosas, costões rochosos e promontórios conferem alterações significativas aos<br />

padrões <strong>de</strong> circulação local. Tais condições são diversas das que ocorrem, por<br />

exemplo, na região litorânea mais ao Sul, on<strong>de</strong> se esten<strong>de</strong>m por <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong><br />

quilômetros praias arenosas expostas, com poucos aci<strong>de</strong>ntes e aportes continentais<br />

expressivos. Na região marinha <strong>do</strong> PEXJ as correntes <strong>de</strong> marés e a <strong>de</strong>scarga estuarina<br />

combinam-se à circulação da plataforma continental interna, a qual respon<strong>de</strong>,<br />

principalmente, aos efeitos <strong>do</strong> campo <strong>de</strong> ventos em toda a Plataforma Continental<br />

Su<strong>de</strong>ste <strong>do</strong> Brasil (PCSE).<br />

Como parte <strong>de</strong> um <strong>do</strong>mínio oceanográfico mais complexo, a região faz parte <strong>do</strong><br />

<strong>do</strong>mínio leste da baía <strong>de</strong> Santos, on<strong>de</strong> as águas <strong>de</strong>ssa baía apresentam padrões <strong>de</strong><br />

circulação particulares, sofren<strong>do</strong> influência direta da drenagem continental através <strong>de</strong><br />

seus <strong>do</strong>is canais laterais, combinada às correntes <strong>de</strong> maré, preferencialmente alinhadas<br />

contra o gradiente batimétrico (NO-SE). De acor<strong>do</strong> com medições <strong>de</strong> corrente<br />

efetuadas por correntógrafos acústicos (observadas em diferentes cenários <strong>de</strong> marés),<br />

correntes em direção à costa ou em direção ao mar aberto passam pela gran<strong>de</strong><br />

abertura da baía, conectan<strong>do</strong>-a à região oceânica adjacente. A partir <strong>de</strong>sse <strong>do</strong>mínio, as<br />

Avaliação <strong>do</strong> <strong>Meio</strong> Físico 124

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