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Figura 47 - Médias sazonais de salinidade da água em cada um dos
compartimentos analisados (vide título). Em cada ano, os dados se
dispõem seqüencialmente como médias de verão, outono, inverno e
primavera. Barras de erro são desvios padrão para cada época e a
linha pontilhada indica a tendência geral.
A observação das médias das concentrações de nutrientes inorgânicos pretende
mostrar tendências de aumento ou manutenção dessas substâncias ao longo dos
vários anos. A concentração de nutrientes reflete as entradas no sistema, através dos
estuários e do lançamento de efluentes e resíduos urbanos e industriais. Assim, por
um lado, espera-se um aumento dessas substâncias ao longo das diferentes décadas,
pelo aumento populacional. Todavia, os nutrientes dissolvidos são incorporados
pelosmicro-organismos e qualquer alteração em seu crescimento (seja por poluentes
ou por uma diminuição na transparência da água) pode acarretar numa maior
concentração dos mesmos nos sistema. Mudanças nas descargas dos estuários podem
também diminuir a concentração disponível de nutrientes. Desta forma, pode-se
esperar igualmente uma diminuição na concentração dos nutrientes para os últimos
anos, já que foi observado aumento nas tendências de salinidade com o tempo.
Os dados para concentrações de nitrato e nitrito serão apresentados em conjunto, já
que sua análise em laboratório é interdependente, e existe um número menor de
estudos que apresentam esses compostos. Com os dados disponíveis não é possível
observar as variações sazonais, mas pode-se inferir sobre tendências. Em todos os
compartimentos (Figura 48) existe uma leve tendência de aumento nas concentrações
de nitrato, principalmente a partir dos anos 2000. O nitrato tende a entrar pelas águas
mais salinas nesse sistema, uma vez que os estuários tendem a ser mais ricos em
amônia. O leve aumento no tempo das concentrações de nitrato, portanto, sugere a
maior participação de águas mais salinas (consistente com a diminuição das chuvas),
ou um menor consumo pelos micro-organismos. As concentrações de nitrito no
estuário e na baía de São Vicente não apresentaram mudanças de 1999 até 2000. Já no
estuário de Santos, as concentrações médias permaneceram com baixos valores,
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