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parque estadual xixová-japuí plano de manejo - Secretaria do Meio ...

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3.3. Geologia, Geomorfologia e Pe<strong>do</strong>logia <strong>do</strong> Ambiente Terrestre<br />

A gran<strong>de</strong> expansão da urbanização e agricultura paulista ocorrida nas últimas décadas<br />

foi acompanhada <strong>de</strong> sérios problemas <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação <strong>do</strong> ambiente em muitas regiões<br />

<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. Mesmo com a crescente a<strong>do</strong>ção <strong>de</strong> práticas conservacionistas, continuam<br />

acelera<strong>do</strong>s os processos <strong>de</strong> erosão <strong>do</strong> solo, o assoreamento <strong>de</strong> rios e represas, a<br />

redução <strong>de</strong> recursos hídricos e a perda <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong>. A questão urbana é ainda<br />

mais complicada, à medida que as populações, principalmente <strong>de</strong> baixa renda, passam<br />

a ocupar áreas <strong>de</strong> conservação, encostas e morros, áreas essas com gran<strong>de</strong> potencial<br />

à ocorrência <strong>de</strong> processos erosivos e seus riscos associa<strong>do</strong>s.<br />

Calcula-se que apenas no Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo a erosão provoque a perda <strong>de</strong> 180 mil<br />

toneladas <strong>de</strong> componentes <strong>do</strong>s solos, levan<strong>do</strong> para rios, várzeas, represas e cursos <strong>de</strong><br />

água, gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong>ste material, em um crescente <strong>de</strong>sperdício e poluição.<br />

O uso a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> da terra é o primeiro passo em direção à conservação <strong>do</strong> solo. Para<br />

tanto, <strong>de</strong>ve-se empregar cada parcela <strong>de</strong> terra <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a sua aptidão,<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sustentação e produtivida<strong>de</strong> econômica, <strong>de</strong> forma que os recursos<br />

naturais sejam coloca<strong>do</strong>s à disposição <strong>do</strong> homem para seu melhor uso e benefício,<br />

procuran<strong>do</strong> ao mesmo tempo, preservá-los às gerações futuras (Lepsch et al., 1991).<br />

O Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo dispõe, até o presente, <strong>do</strong> levantamento <strong>de</strong> solos feito por<br />

Oliveira et al. (1999) em nível generaliza<strong>do</strong>, publica<strong>do</strong> pelo IAC/EMBRAPA. Nesse<br />

trabalho 1cm 2 <strong>de</strong> mapa correspon<strong>de</strong> a 2.500ha no terreno, dan<strong>do</strong> uma idéia<br />

generalizada sobre a distribuição <strong>do</strong>s solos paulistas. Para se ter maior precisão entre<br />

os limites <strong>do</strong>s solos e melhor caracterização química, físico-hídrica e mineralógica <strong>do</strong>s<br />

solos é fundamental dispor <strong>de</strong> um levantamento em níveis mais <strong>de</strong>talha<strong>do</strong>s.<br />

A partir das informações geradas pelo levantamento, conjuntamente com outros<br />

da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> meio físico da área, po<strong>de</strong>r-se-á realizar um planejamento ambiental para a<br />

região, visan<strong>do</strong> i<strong>de</strong>ntificar os principais problemas <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação <strong>do</strong>s solos e elaborar<br />

recomendações para a a<strong>de</strong>quada utilização <strong>do</strong>s mesmos.<br />

3.3.1. Substrato Rochoso e Relevo<br />

O gradiente altitudinal <strong>do</strong> PEXJ varia da cota 0 até 293m (morro <strong>do</strong> Xixová), ten<strong>do</strong><br />

ainda, os morros <strong>de</strong> Japuí e <strong>do</strong> Itaipu respectivamente, 226 e 172m altitu<strong>de</strong>. Esses<br />

morros constituem-se nos pontos culminantes <strong>de</strong> um maciço rochoso data<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pré-<br />

Cambriano, cerca<strong>do</strong> pela planície litorânea formada por sedimentos quaternários<br />

(Oliva, 2003).<br />

A origem <strong>de</strong>ssa paisagem encontra-se vinculada à três gran<strong>de</strong>s eventos geológicos: (1)<br />

às seqüências litológicas cristalinas pré-cambrianas e cambrio-or<strong>do</strong>vicianas, que<br />

embasam sua gênese; (2) às reativações <strong>do</strong>s processos tectônicos no Cretáceo-<br />

Terciário, que isolaram o maciço <strong>do</strong> conjunto da Serra <strong>do</strong> Mar; (3) e às oscilações <strong>do</strong><br />

nível <strong>do</strong> mar que se verificaram no perío<strong>do</strong> Quaternário, responsáveis pela<br />

sedimentação marinha e flúvio-marinha presentes na atualida<strong>de</strong>. Essas várias<br />

Avaliação <strong>do</strong> <strong>Meio</strong> Físico 96

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