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parque estadual xixová-japuí plano de manejo - Secretaria do Meio ...

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insolação, nebulosida<strong>de</strong> e precipitação. Posteriormente, Occhipinti (1972) apresentou os<br />

efeitos <strong>do</strong>s regimes <strong>de</strong> brisas marítimas e da passagem <strong>de</strong> frentes frias (Occhipinti, 1975)<br />

nos padrões <strong>de</strong> circulação nos canais estuarinos e na Baía <strong>de</strong> Santos, principalmente<br />

evi<strong>de</strong>ncian<strong>do</strong> o grau <strong>de</strong> mistura das águas. As massas <strong>de</strong> ar pre<strong>do</strong>minantes, e as variações<br />

sazonais da direção preferencial <strong>do</strong> vento foram apresentadas em relatórios CETESB<br />

(1978). Segun<strong>do</strong> esses trabalhos, o clima no qual o PEXJ se situa é subtropical úmi<strong>do</strong>,<br />

com perío<strong>do</strong>s chuvosos no verão <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a ventos <strong>do</strong> quadrante norte, e perío<strong>do</strong>s secos<br />

durante o inverno.<br />

Mais recentemente (Harari et al., 2008), foi apresenta<strong>do</strong> um panorama climatológico para<br />

a região, basea<strong>do</strong> em mais <strong>de</strong> duas décadas (1980 a 2004) <strong>de</strong> resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo<br />

climatológico <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> pelo National Center for Environmental Prediction / National<br />

Center for Atmospheric Research (NCEP/NCAR). Esse mo<strong>de</strong>lo é consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> <strong>de</strong> meso-<br />

escala, ou seja, abrange uma área <strong>de</strong> centenas <strong>de</strong> quilômetros. No caso específico <strong>de</strong>sse<br />

mo<strong>de</strong>lo, seus resulta<strong>do</strong>s representam da<strong>do</strong>s médios para um raio <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 200 km a<br />

partir <strong>de</strong> uma coor<strong>de</strong>nada <strong>de</strong> interesse (25,0°S e 47,5°W em latitu<strong>de</strong> e longitu<strong>de</strong><br />

respectivamente), calcula<strong>do</strong>s em intervalos <strong>de</strong> 6 em 6 horas (Kalnay et al., 1996).<br />

Nesse estu<strong>do</strong>, Harari et al. (2008) apresentaram da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> médias mensais para variáveis<br />

como pressão atmosférica ao nível <strong>do</strong> mar, temperatura <strong>do</strong> ar, vento, taxas <strong>de</strong><br />

precipitação e evaporação, calcula<strong>do</strong>s para um perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 25 anos consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s <strong>de</strong> forma<br />

geral para a região compreendida por esse mo<strong>de</strong>lo. As variações sazonais são significativas<br />

para a temperatura <strong>do</strong> ar, com médias <strong>de</strong> 17.33 ± 3.89 °C em julho e 21.77 ± 1.89°C em<br />

fevereiro (média <strong>de</strong> 19.72 ± 3.39°C) e taxas <strong>de</strong> precipitação médias entre 1734.45 ±<br />

3027.50 mm por ano. Para a circulação atmosférica <strong>de</strong> superfície na região, essa análise<br />

apresenta uma pre<strong>do</strong>minância <strong>de</strong> ventos <strong>do</strong> quadrante Leste, ten<strong>do</strong> valor médio <strong>de</strong> -1.49<br />

± 3.77 m/s.<br />

Na maior parte <strong>do</strong> tempo, o anticiclone semi-fixo <strong>do</strong> Atlântico Sul, que dá origem à Massa<br />

Tropical Atlântica, controla o clima da Baixada Santista, manten<strong>do</strong> o tempo bom. Essa<br />

região, assim como toda a porção Su<strong>de</strong>ste <strong>do</strong> Brasil, recebe periodicamente a incursão <strong>de</strong><br />

massas <strong>de</strong> ar <strong>de</strong> origem polar, as chamadas frentes frias, que interagem com as massas <strong>de</strong><br />

ar tropicais pre<strong>do</strong>minantes. Essas frentes modificam drasticamente as condições<br />

atmosféricas típicas na forma <strong>de</strong> instabilida<strong>de</strong>s. A aproximação <strong>de</strong>sses sistemas instáveis<br />

modifica a pressão atmosférica, as taxas <strong>de</strong> precipitação e a velocida<strong>de</strong> e direção <strong>do</strong>s<br />

ventos, que passam a ser mais intensos e <strong>de</strong> quadrante Sul. Tanto a intensida<strong>de</strong> quanto a<br />

duração <strong>de</strong>ssas instabilida<strong>de</strong>s variam ao longo <strong>do</strong> ano, sen<strong>do</strong> mais fortes e freqüentes no<br />

inverno, quan<strong>do</strong> chegam a durar <strong>de</strong> 2 a 4 dias. Esses sistemas alteram o nível médio da<br />

maré, que po<strong>de</strong> ultrapassar 0,5 m (Harari et al., 1990). É importante ainda <strong>de</strong>stacar que<br />

além <strong>de</strong>ssas variações médias, a entrada <strong>de</strong> frentes frias intensas po<strong>de</strong> modificar o padrão<br />

<strong>de</strong> ondulações que atingem a região, e isso possui relevância para a transparência da água,<br />

tipo <strong>de</strong> sedimentos <strong>do</strong> fun<strong>do</strong> e posicionamento <strong>de</strong> alguns organismos nos costões<br />

rochosos.<br />

Avaliação <strong>do</strong> <strong>Meio</strong> Físico 76

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