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3. AVALIAÇÃO DO MEIO FÍSICO
Estudos do meio físico, abordando temas como clima, hidrologia, geologia, geomorfologia
e solos de áreas naturais, são necessários para os planos de manejo e apresentam
informações importantes, não só para a definição dos usos possíveis de áreas dentro de
unidades de conservação, mas também por condicionarem uma série de aspectos
biológicos e ecológicos.
Aspectos como qualidade e contaminação de solo e água e os riscos da poluição e
contaminação que causam ou podem causar danos são abordados no Diagnóstico do Meio
Antrópico.
No item clima são abordados os atributos temperatura, umidade relativa do ar,
precipitação, pressão atmosférica, velocidade e direção de ventos, variações sazonais e
diárias, e balanço hídrico na região; na hidrologia os aspectos da rede hidrográfica
superficial e a qualidade de água produzindo um diagnóstico dos recursos hídricos da UC;
para os temas geologia, geomorfologia e solos são analisados os aspectos do relevo e os
solos identificando os tipos, associações e seus principais atributos, e os processos de
erosão e deposição predominantes, finalizando com a caracterização e definição das
potencialidades e fragilidades dos diferentes tipos de terrenos da UC.
No que se refere ao ambiente marinho e costeiro, são apresentadas as características
físico-química (temperatura, salinidade e nutrientes), a transparência, concentrações de
clorofila-a, oxigênio dissolvido e a qualidade das águas costeiras e marinhas. A batimetria, a
sedimentologia, massas d'água e correntes oceânicas são caracterizados.
3.1. Aspectos Climáticos
3.1.1. Introdução
Estudos climatológicos fornecem subsídios importantes para o manejo de corpos de água,
uma vez que tanto os ventos (e conseqüentes ondulações geradas por eles) quanto as
chuvas podem afetar o padrão de circulação de água em estuários, assim como o tempo
de residência da água (Geyer, 1997). Para locais cobertos por vegetação, é importante
conhecer a regime das chuvas, direção e intensidade dos ventos, uma vez que são
fundamentais para a sobrevivência e reprodução de algumas espécies (Rizzini, 1997), assim
como para a manutenção de processos ecológicos.
Apesar da importância econômica da Baixada Santista, a literatura abordando processos
dinâmicos na atmosfera, ou sobre o clima em geral, é bem escassa. A quantidade de
pontos de coleta de dados (estações meteorológicas) é igualmente pequena, e o seu
funcionamento é irregular; além disso, porção considerável dos dados históricos é de
difícil acesso.
Assim, o clima da Baixada Santista tem sido geralmente associado a uma série de
publicações antigas. Nos anos de 1960 já se discutiu a influência da passagem de centros
de alta pressão sobre a região de Cananéia sobre variáveis meteorológicas, como pressão
atmosférica, direção e velocidade do vento, temperatura do ar e água, umidade relativa,
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