13.04.2013 Views

Plano de Manejo Completo - Secretaria do Meio Ambiente ...

Plano de Manejo Completo - Secretaria do Meio Ambiente ...

Plano de Manejo Completo - Secretaria do Meio Ambiente ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

novas fábricas. Também a cida<strong>de</strong> recebe inúmeros e mo<strong>de</strong>rnos melhoramentos como<br />

o calçamento e arborização das principais ruas e praças, iluminação a gás corrente e<br />

início <strong>de</strong> iluminação por luz elétrica.<br />

Ao longo <strong>do</strong>s primeiros duzentos anos, os habitantes <strong>de</strong> São Paulo serviam-se das<br />

águas <strong>do</strong> Yacuba, no centro <strong>do</strong> hoje largo <strong>do</strong> Paissandu, e das biquinhas, como então<br />

se chamavam genericamente. A povoação começa a se expandir e o abastecimento <strong>de</strong><br />

água torna-se insuficiente, em quantida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong>; a par disso, as tecnologias não<br />

eram a<strong>de</strong>quadas, <strong>de</strong> forma que ao longo <strong>do</strong> século XIX, o abastecimento <strong>de</strong> água na<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, já se caracterizava como um grave problema.<br />

O Cenário 3 apresenta o “Sistema Público <strong>de</strong> Abastecimento <strong>de</strong> Água: Companhia<br />

Cantareira”. Com a explosão <strong>de</strong>mográfica paulistana, a partir da segunda meta<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />

século XIX, começa a <strong>de</strong>spontar os sinais <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> metrópole, cujo complexo<br />

processo <strong>de</strong> urbanização exigia o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma estrutura capaz <strong>de</strong> suprir<br />

as necessida<strong>de</strong>s administrativas, comerciais, culturais, financeiras e materiais, além <strong>do</strong>s<br />

serviços coletivos urbano, como é o caso <strong>do</strong> fornecimento <strong>de</strong> energia, <strong>de</strong> alimentos,<br />

<strong>de</strong> área <strong>de</strong> ensino e. No que diz respeito ao sistema <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> águas e<br />

esgotos, os estu<strong>do</strong>s indicavam, em 1852, que as águas que nascem na Serra da<br />

Cantareira, com regime pluvial intermitente, seriam a solução <strong>de</strong>finitiva para a cida<strong>de</strong>.<br />

Assim, com o objetivo <strong>de</strong> realizar o gran<strong>de</strong> melhoramento das obras <strong>de</strong><br />

abastecimento <strong>de</strong> água e esgotos da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, é criada a Companhia<br />

Cantareira e a pedra fundamental é posta em 1878, com a presença <strong>do</strong> impera<strong>do</strong>r<br />

Dom Pedro Segun<strong>do</strong>, inician<strong>do</strong>-se o fornecimento <strong>de</strong> água à população em 1882. No<br />

acor<strong>do</strong> firma<strong>do</strong> entre a Companhia e o governo estimava-se que até o final <strong>do</strong> século<br />

XIX, a população chegaria a 60.000 habitantes, porém em 1892, o censo apontou um<br />

crescimento <strong>de</strong>smesura<strong>do</strong>, que atingiu o <strong>do</strong>bro <strong>de</strong>sta previsão. Esta explosão<br />

<strong>de</strong>mográfica foi um <strong>do</strong>s fatores que inviabilizou o cumprimento contratual entre a<br />

empresa e o governo, geran<strong>do</strong> uma crise envolven<strong>do</strong> a população, imprensa, empresa<br />

e governo que culmina com o Congresso <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> autorizan<strong>do</strong> o Executivo a<br />

rescindir o contrato, encampar a Companhia, e mandar executar as obras <strong>de</strong><br />

abastecimento <strong>de</strong> águas e <strong>de</strong>senvolvimento da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> esgotos.<br />

O Cenário 4 – A Repartição <strong>de</strong> Águas e Esgotos (R.A.E.) foi instituída pelo governo<br />

<strong>do</strong> esta<strong>do</strong>, que adquiriu todas as proprieda<strong>de</strong>s da antiga Companhia, na Serra da<br />

Cantareira, e ampliou a área com a <strong>de</strong>sapropriação <strong>de</strong> aproximadamente 5.000<br />

hectares, para a construção das novas represas, da Cuca, Canivete, Divisa, Manino,<br />

Olaria, Itaguassu, Bispo, Guaraú, Cassununga e Engorda<strong>do</strong>r.<br />

A população se multiplicava, fábricas se instalavam na cida<strong>de</strong> e arre<strong>do</strong>res e as<br />

ativida<strong>de</strong>s econômicas se diversificavam. Em 1893 é concebi<strong>do</strong> um novo sistema <strong>de</strong><br />

planejamento para a infraestrutura <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água – a cida<strong>de</strong> é dividida em<br />

três zonas <strong>de</strong> distribuição, sen<strong>do</strong> que cada uma <strong>de</strong>las <strong>de</strong>veria ser alimentada com<br />

mananciais cujas cotas <strong>de</strong> captação e volumes forneci<strong>do</strong>s estivessem <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com<br />

os pontos <strong>de</strong> maior altura da respectiva zona, ou com as necessida<strong>de</strong>s relativas à sua<br />

área e população. Também novas tecnologias foram implantadas, bem como a<br />

construção <strong>de</strong> uma linha <strong>de</strong> tramway entre a Capital e a Serra da Cantareira, para<br />

Introdução 21

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!