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Plano de Manejo Completo - Secretaria do Meio Ambiente ...

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Chama-se a atenção para o incremento da pobreza e da indigência entre as crianças,<br />

que no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 1991 a 2000 teve aumentos alarmantes: somente o município <strong>de</strong><br />

São Roque apresentou <strong>de</strong>clínio <strong>de</strong> 0,92% na pobreza infantil, enquanto os municípios<br />

<strong>de</strong> maior índice foram Santo André (80,65%), São Bernar<strong>do</strong> <strong>do</strong> Campo (67,71) e<br />

Dia<strong>de</strong>ma (67,68).<br />

A constatação mais dramática é a <strong>do</strong> aumento da indigência entre as crianças nos<br />

municípios <strong>de</strong> Caieiras (171,43%), Santo André (171,29%) e Cotia (148,37). Ressaltase,<br />

contu<strong>do</strong>, que somente em São Roque (4,81%) e Embu-Guaçu (55,67%) o<br />

percentual <strong>de</strong> aumento da indigência infantil foi inferior a 100%.<br />

Além da complexida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta situação, as transformações pelas quais vem passan<strong>do</strong> a<br />

economia mostram-se em geral <strong>de</strong>sfavoráveis à evolução <strong>do</strong> emprego da força <strong>de</strong><br />

trabalho, atingin<strong>do</strong> particularmente os jovens, que a<strong>de</strong>mais são submeti<strong>do</strong>s a<br />

<strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s segun<strong>do</strong> atributos pessoais e socioeconômicos <strong>de</strong>sse<br />

segmento da população (DIEESE, 2005).<br />

Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> a Região Metropolitana <strong>de</strong> São Paulo (RMSP), a população total acima<br />

<strong>de</strong> 16 anos no ano <strong>de</strong> 2004, é <strong>de</strong> 13.773.000, enquanto os jovens <strong>de</strong> 16 a 24 anos<br />

correspon<strong>de</strong>m a 23,6% <strong>de</strong>sta população (cerca <strong>de</strong> 3.250 pessoas), sen<strong>do</strong> que a<br />

estimativa da População Economicamente Ativa nesta faixa etária é <strong>de</strong> 2.495.000<br />

pessoas. Analisan<strong>do</strong> o <strong>de</strong>safio da inserção da juventu<strong>de</strong> no emprego, observa-se que<br />

esta parcela da população está em <strong>de</strong>svantagem diante <strong>do</strong> quadro e escassez <strong>de</strong><br />

oportunida<strong>de</strong>s, sobretu<strong>do</strong> pela menor experiência que apresenta. Na RMSP no ano <strong>de</strong><br />

2004, o <strong>de</strong>semprego juvenil (32,6%) foi quase duas vezes superior ao verifica<strong>do</strong> para o<br />

total da população <strong>de</strong> 16 anos e mais (18,1%) (DIEESE, 2005).<br />

A falta <strong>de</strong> perspectivas para a juventu<strong>de</strong> se <strong>de</strong>staca como um <strong>do</strong>s principais fatores <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sagregação social, chaman<strong>do</strong>-se a atenção para o fato <strong>do</strong> <strong>de</strong>semprego constituir<br />

uma forma <strong>de</strong> exclusão que adquire proporções preocupantes entre a população<br />

jovem, recain<strong>do</strong> particularmente sobre o grupo etário <strong>de</strong> 16 a 17 anos, as mulheres e<br />

aqueles pertencentes às famílias <strong>de</strong> baixa renda. Este fato tem como consequência a<br />

retroalimentação da pobreza <strong>de</strong>sse segmento familiar.<br />

Isto se confirma quan<strong>do</strong> se verifica que entre os jovens mais pobres o percentual <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>semprega<strong>do</strong>s (58,5%) é mais que o <strong>do</strong>bro <strong>do</strong> apura<strong>do</strong> entre os jovens mais ricos<br />

(26,5%), para a RMSP em 2004, mostran<strong>do</strong> que níveis <strong>de</strong> renda familiar mais altos<br />

permitem melhor condição <strong>de</strong> acesso ao merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> trabalho (DIEESE, 2005).<br />

Como bem coloca<strong>do</strong> por Demo (2002, p.11), “para que exista um mínimo <strong>de</strong> justiça<br />

social, não basta assistência estatal, nem merca<strong>do</strong>, mas é essencial a competência<br />

humana <strong>de</strong> intervenção na economia e no Esta<strong>do</strong>”.<br />

Quan<strong>do</strong> o jovem tem a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r seu processo <strong>de</strong> aprendiza<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> meio, ele adquiri autonomia na construção <strong>de</strong> seu próprio aprendiza<strong>do</strong>. Esse<br />

processo permanente e gradativo <strong>de</strong> construção <strong>do</strong> conhecimento e <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s é infindável enquanto houver vida. To<strong>do</strong>s os espaços e vivências são<br />

oportunida<strong>de</strong>s para essa construção permanente <strong>de</strong> conhecimentos e apren<strong>de</strong>res.<br />

456 Programa <strong>de</strong> Interação Socioambiental

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