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Plano de Manejo Completo - Secretaria do Meio Ambiente ...

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5.6.2.3 Leptospirose<br />

Leptospirose é uma <strong>do</strong>ença infecciosa febril <strong>de</strong> início abrupto, cujo espectro po<strong>de</strong><br />

variar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> um processo inaparente até formas graves. Trata-se <strong>de</strong> zoonose <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong> importância social e econômica por apresentar elevada incidência em<br />

<strong>de</strong>terminadas áreas, alto custo hospitalar e perdas <strong>de</strong> dias <strong>de</strong> trabalho, bem como por<br />

sua letalida<strong>de</strong>, que po<strong>de</strong> chegar a até 40% <strong>do</strong>s casos mais graves. Sua ocorrência está<br />

relacionada às precárias condições <strong>de</strong> infraestrutura sanitária e alta infestação <strong>de</strong><br />

roe<strong>do</strong>res infecta<strong>do</strong>s. As inundações propiciam a disseminação e a persistência <strong>do</strong><br />

agente causal (bactéria) no ambiente, facilitan<strong>do</strong> a eclosão <strong>de</strong> surtos.<br />

Os principais transmissores da Leptospirose são os roe<strong>do</strong>res entre estes as espécies<br />

<strong>de</strong> maior importância são os ratos urbanos: Ratazana <strong>de</strong> esgoto (Rattus norvegicus),<br />

Rato <strong>de</strong> telha<strong>do</strong> (Rattus rattus) e Camun<strong>do</strong>ngo (Mus musculus). A ratazana, espécie<br />

pre<strong>do</strong>minante em áreas <strong>de</strong> enchente, vive em tocas na beira <strong>de</strong> córregos, na re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

esgoto e na re<strong>de</strong> <strong>de</strong> águas pluviais. É consi<strong>de</strong>rada a principal transmissora da<br />

leptospirose para o homem. O rato <strong>de</strong> telha<strong>do</strong> vive nas partes altas das construções,<br />

em forros, telha<strong>do</strong>s e sótãos; locomove-se por fios, cabos e galhos <strong>de</strong> árvores. O<br />

camun<strong>do</strong>ngo, a menor das três espécies, vive no interior das edificações<br />

representan<strong>do</strong> menor risco a população quanto à transmissão da leptospirose.<br />

No município <strong>de</strong> São Paulo é realiza<strong>do</strong> o <strong>Manejo</strong> Integra<strong>do</strong> <strong>de</strong> Roe<strong>do</strong>res, o qual<br />

compreen<strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> antiratização (conjunto <strong>de</strong> medidas preventivas e corretivas<br />

a<strong>do</strong>tadas no meio ambiente que visam impedir e/ou dificultar a implantação e<br />

expansão <strong>de</strong> novas colônias <strong>de</strong> roe<strong>do</strong>res) e <strong>de</strong> controle químico (<strong>de</strong>sratização).<br />

Segun<strong>do</strong> a Instrução Normativa <strong>do</strong> IBAMA nº 109, <strong>de</strong> 3 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2006, que<br />

regulamenta o controle e o manejo ambiental da fauna sinantrópica nociva e <strong>de</strong> seu<br />

manejo, os roe<strong>do</strong>res urbanos, observada a legislação e as <strong>de</strong>mais regulamentações<br />

vigentes, são espécies passíveis <strong>de</strong> controle por órgãos <strong>de</strong> governo da Saú<strong>de</strong>, da<br />

Agricultura e <strong>do</strong> <strong>Meio</strong> <strong>Ambiente</strong>, sem a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> autorização <strong>do</strong> órgão<br />

ambiental competente.<br />

Os roe<strong>do</strong>res silvestres vivem no meio silvestre geralmente longe <strong>do</strong> contato com o<br />

homem. Contu<strong>do</strong> em função das modificações ambientais <strong>de</strong>correntes <strong>do</strong>s processos<br />

<strong>de</strong> urbanização e <strong>de</strong> transformação <strong>de</strong> ecossistemas naturais em áreas <strong>de</strong> plantio estes<br />

roe<strong>do</strong>res acabam expandin<strong>do</strong> suas colônias ao re<strong>do</strong>r <strong>de</strong> parques, plantações e<br />

instalações no peri<strong>do</strong>micílio e intra<strong>do</strong>micílio em busca <strong>de</strong> alimentos.<br />

Este fato amplia o contato <strong>do</strong> homem e roe<strong>do</strong>r silvestre e aumenta o risco <strong>de</strong><br />

transferência <strong>de</strong> agentes infecciosos <strong>de</strong>ssas espécies para os roe<strong>do</strong>res urbanos. Muitas<br />

<strong>de</strong>las são reservatórios <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças como: leptospirose, peste, tularemia, so<strong>do</strong>quiose,<br />

leishmaniose, <strong>do</strong>ença <strong>de</strong> Chagas, esquistossomose, febres hemorrágicas, hantaviroses<br />

e outras.<br />

Roe<strong>do</strong>res silvestres, apesar <strong>de</strong> serem reservatórios <strong>de</strong> leptospiras não são<br />

consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s fonte <strong>de</strong> infecção relevante da transmissão <strong>de</strong> leptospirose na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

São Paulo. Segun<strong>do</strong> Instrução Normativa referida anteriormente, o manejo e controle<br />

<strong>de</strong> roe<strong>do</strong>res silvestres somente serão permiti<strong>do</strong>s mediante aprovação e autorização<br />

expressa <strong>do</strong> IBAMA. Desta forma, as principais medidas indicadas para o controle <strong>de</strong><br />

Avaliação <strong>do</strong> <strong>Meio</strong> Antrópico 211

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