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Plano de Manejo Completo - Secretaria do Meio Ambiente ...

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O ro<strong>do</strong>anel, mesmo sen<strong>do</strong> uma ro<strong>do</strong>via “classe zero” 10 , vem se configuran<strong>do</strong> como<br />

um elemento indutor <strong>de</strong> ocupação urbana ao longo <strong>de</strong> seu traça<strong>do</strong> e acessos, tanto<br />

pela quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> novas instalações industriais e <strong>de</strong> empresas <strong>de</strong> logística –<br />

especialmente nos entroncamentos das ro<strong>do</strong>vias – como pelo surgimento <strong>de</strong> novos<br />

assentamentos habitacionais e pela expansão <strong>do</strong>s assentamentos existentes causa<strong>do</strong>s<br />

por esses empreendimentos.<br />

É sabi<strong>do</strong> que as vias estruturais <strong>de</strong> transporte constituem um elemento indutor <strong>de</strong><br />

expansão urbana, por isso esse impacto foi previsto no próprio Estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> Impacto<br />

Ambiental (EIA) <strong>do</strong> ro<strong>do</strong>anel. E, para controlar a fragmentação <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> urbano e a<br />

expansão <strong>de</strong> assentamentos informais, foram propostas algumas ações mitiga<strong>do</strong>ras,<br />

dirigidas para 1) manutenção das vias existentes por meio da construção <strong>de</strong> viadutos<br />

ou passagens subterrâneas – sem conexões com o ro<strong>do</strong>anel –, visan<strong>do</strong> à ligação<br />

<strong>de</strong>sses fragmentos urbanos e 2) a construção <strong>de</strong> passarelas para pe<strong>de</strong>stres para<br />

favorecer a flui<strong>de</strong>z e a mobilida<strong>de</strong> urbana entre esses fragmentos. Ambas as ações<br />

foram pautadas principalmente no controle da expansão <strong>de</strong>ssas áreas.<br />

Para evitar a expansão <strong>de</strong> novos assentamentos informais ao longo da ro<strong>do</strong>via, foram<br />

previstos também instrumentos <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> da DERSA como,<br />

por exemplo: fiscalização e construção <strong>de</strong> barreiras físicas <strong>de</strong> <strong>de</strong>marcação <strong>de</strong> sua área<br />

<strong>de</strong> jurisdição – área <strong>do</strong> leito da ro<strong>do</strong>via e a faixa <strong>de</strong> <strong>do</strong>mínio ou faixa non aedificandi –<br />

e também notificação aos municípios da ocorrência <strong>de</strong> novas ocupações informais em<br />

terrenos <strong>de</strong> seu entorno.<br />

Com relação aos assentamentos habitacionais, foi previsto que a DERSA assumiria<br />

<strong>do</strong>is compromissos: a in<strong>de</strong>nização <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res e o seu reassentamento por meio<br />

da criação da Cooperativa Habitacional Ro<strong>do</strong>anel – formada pelos mora<strong>do</strong>res<br />

afeta<strong>do</strong>s pela obra – em parceria com o CDHU. Em ambos os casos, os resulta<strong>do</strong>s<br />

são sempre insuficientes. No que se refere à in<strong>de</strong>nização, os valores não são<br />

suficientes para a aquisição <strong>de</strong> uma nova moradia, resultan<strong>do</strong> quase sempre em um<br />

incentivo vela<strong>do</strong> para novas ocupações informais, contraditoriamente aos objetivos<br />

iniciais. Quanto ao reassentamento, é sabi<strong>do</strong> que o tempo entre a <strong>de</strong>sapropriação e a<br />

produção <strong>de</strong> novas moradias não é o mesmo. Esse lapso <strong>de</strong> tempo induz a novas<br />

ocupações informais, também em contraposição aos objetivos iniciais.<br />

Mesmo consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> a existência <strong>de</strong> assentamentos informais antes da construção <strong>do</strong><br />

ro<strong>do</strong>anel e levan<strong>do</strong> em conta o estímulo indireto <strong>do</strong> ro<strong>do</strong>anel à expansão <strong>de</strong>sses<br />

assentamentos, verificou-se, até o momento, o surgimento <strong>de</strong> um número pequeno<br />

<strong>de</strong> novos assentamentos após a construção da ro<strong>do</strong>via. Conclui-se que ainda é pouco<br />

o tempo da implantação <strong>do</strong> anel viário para afirmar que no trecho oeste a dinâmica <strong>de</strong><br />

expansão urbana se restringirá a pequenos e novos núcleos, pois a tendência é o<br />

crescimento, especialmente se projetada a <strong>de</strong>manda populacional que os<br />

empreendimentos industrial e <strong>de</strong> logística po<strong>de</strong>m vir a atrair.<br />

10<br />

A <strong>de</strong>nominação ro<strong>do</strong>via “classe zero” quer dizer que se trata <strong>de</strong> uma via fechada, com controle total <strong>de</strong><br />

acessos.<br />

154 Avaliação <strong>do</strong> <strong>Meio</strong> Antrópico

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